sábado, 5 de abril de 2014

Datafolha: avaliação de Dilma vai de mal a pior. Desejo de mudança já alcança 72% dos brasileiros.


Avaliação da presidente desaba em dois meses.
63% dos brasileiros estão frustrados com Dilma.
Avaliação de Dilma só não é pior por causa do desempenho no Nordeste.
Em termos de renda, Dilma cai até mesmo nos mais pobres, em função de trazer de volta a inflação.
Desejo de mudança é praticamente igual ao enfrentado por FHC em 2002.
A inflação começa a ser percebida pela população e derruba avaliação de Dilma.

Os resultados da pesquisa não poderiam ser piores para Dilma. Ela desabou e os seus adversários não subiram. Não subiram porque não estão tendo a exposição semelhante a que ela tem, na mídia, não podendo, assim, apresentar as suas propostas. Nesta trajetória, com o início da propaganda eleitoral, o desejo de mudança e a péssima avaliação vão se transformar em intenção de voto. Nos seus adversários. Mesmo que a pesquisa não aponte segundo turno, exatamente por estes aspectos, ele virá. E dependendo da evolução da queda na atividade econômica e do aumento das denúncias de corrupção, Dilma poderá ter que lutar não para vencer no primeiro turno, mas por estar nele. Os gráficos acima são da Folha de São Paulo.

Datafolha: Dilma começa a derreter antes mesmo da campanha eleitoral.

Editoria de Arte/Folhapress
Num ambiente dominado por crescente pessimismo com a economia e forte desejo de mudança, as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff no principal cenário eleitoral caíram seis pontos desde o final de fevereiro.
Apesar disso, os principais adversários da petista, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), não cresceram. Assim, a pesquisa Datafolha de 2 e 3 de abril mostra que Dilma seria reeleita no primeiro turno com 38% dos votos. Aécio teria 16%. Campos, 10%. Candidatos de partidos menores somam 6%. Nos cinco cenários testados, a única candidata que forçaria um segundo turno seria a ex-senadora Marina Silva (PSB), com 27% dos votos, 4 pontos a mais que em fevereiro. Marina fica 12 pontos atrás de Dilma.
Com um desempenho melhor que o de Dilma, só o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu maior cabo eleitoral. Lula, que sempre repete não ter interesse em disputar neste ano, apresenta leve tendência de queda em relação às pesquisas anteriores, mas ainda lidera todos os cenários com grande vantagem.
A deterioração das expectativas com inflação, emprego e poder de compra dos salários também ajuda a explicar a queda na aprovação do governo. A atual pesquisa detectou uma disparada do sentimento de frustração com as realizações da presidente Dilma. Hoje, 63% dos brasileiros dizem que ela faz pelo país menos do que eles esperavam. Há pouco mais de um ano essa taxa era de 34%. (Folha Poder)

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