por Valmir Fonseca Azevedo Pereira
A decisão do TJ de São Paulo ao negar o
recurso da denúncia contra o Cel. Ustra e reconhecê-lo como torturador
está sendo comemorada como uma estupenda vitória.
Pobres militares que apenas sentem
comiseração pelo “pobre coitado”, e se limitam a pensar no “azar” do
Coronel, sumariamente tachado de “um dos mais notórios assassinos da
ditadura militar”.
Lastimáveis ingênuos.
À época, qualquer militar de reconhecida
capacidade profissional poderia ser convidado ou escolhido para a
difícil missão de fazer parte ou compor um órgão voltado para o combate
ao crime, à subversão, à quebra da lei e da ordem.
Era uma árdua missão. Não ganhavam mais
pelas noites insones, pelas horas extras, nem havia a perspectiva de
uma promoção, de ocupar algum cargo público de destaque ou bem
remunerado. Era apenas uma difícil, pesada e extremamente responsável
missão.
Todos que aceitaram a árdua tarefa estavam convictos de que se
empenhariam por um Brasil melhor, e que empregariam os seus esforços
para coibir as ações dos inimigos do Estado brasileiro.
Desventurados, quem mandou que fossem profissionais dedicados?
Hoje, os ataques ao Cel. Ustra são exacerbados, são como uma avalanche
de acusações, um conluio de grandes proporções, um dilúvio de
injustiças, de maquiavélicas dimensões, contudo, muitos militares, cegamente, acreditam que o alvo é o cidadão Ustra. Pobres tolos.
Ao que parece os canalhas já sabiam de decisão do TJ, tanto que logo
após inundaram a internet com um cartaz com a foto do Coronel com
destaque para a torpe acusação de torturador.
Patrocinam o vil ataque e assumem os
custos do virulento cartaz, o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e
Justiça, a CUT, a OAB de São Paulo e diversos grupos e sindicatos, enfim
uma turba disposta a banquetear-se num festim diabólico em honra à
injustiça.
É, meus amigos, quis o destino que por várias razões não fôssemos
convidados para trabalhar em órgãos de repressão aos subversivos, alguns
assaltantes, sequestradores e terroristas.
Se tivéssemos, temos a certeza de que precisaríamos ser tão fortes, tão
nobres em nossos sentimentos para suportar como a família Ustra tantas
lutas, tantas infâmias.
Sim, que desta triste estória, aprendamos
com o Cel. Ustra a ter dignidade, a ter fé, a acreditar em nossa
justiça, pois somente um grande homem mantém a fronte erguida, diante de
tamanha perseguição, de tanto revanchismo e de tantas calunias.
Ao tripudiarem sobre o cidadão,
enxovalham a sua profissão, a sua Instituição, aos amigos que o conhecem
e respeitam, mas os tolos não enxergam, e se contentam em lamentar
pesarosos, “pobre Ustra”.
Há muito, lemos que a honra seria como
um cálice de cristal, que qualquer sopro deixaria anuviado, neste caso, a
escória não se limita a enodoar o cálice, ela cospe nele.
Brasília, DF, 14 de agosto de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Fonte: Ternuma
COMENTO: o abandono a que o Coronel Ustra foi relegado pela
Instituição responsável pelas ordens que ele cumpriu são um terrível
alerta aos militares da ativa quanto ao "cumprimento de ordens" e à
famosa e sempre lembrada em momentos críticos "confiança nos chefes".
Percebe-se que uma atitude mal vista em tempos passados, o cumprimento
de ordens somente no caso de serem expedidas "por escrito", é hoje a
única garantia de uma velhice tranquila.
DO MUJAHDIN CUCARACHA
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