Daniela Lima - Folha.com
No ataque mais duro que fez ao
partido adversário desde o início desta campanha, o candidato do PSDB à
Prefeitura de São Paulo, José Serra, acusou o PT de ter tradição em
espionagem, fabricação de dossiês, violação de sigilo e pancadaria.
Em entrevista, Serra disse ainda que os petistas usam "blogs sujos" para atacá-lo na internet.
"A SA nazista hoje tem outra configuração no Brasil, que é na internet, a tropa da internet", afirmou.
Serra deu as declarações na tarde desta sexta-feira (20), em evento com candidatos a vereador por sua coligação.
Sua fala foi considerada uma
resposta às críticas que petistas fizeram a um ato organizado por
manifestantes tucanos durante uma agenda do candidato do PT, Fernando
Haddad.
Com cartazes nas mãos e sem se
identificar como militantes tucanos, quatro jovens pediram explicações a
Haddad sobre as greves nas universidades federais.
O coordenador da campanha de
Haddad, vereador Antonio Donado, chegou a dizer ontem que os
manifestantes tucanos eram "fascistas".
Serra falava sobre precauções que
os candidatos deveriam tomar ao fazer o enfrentamento com o PT no
debate político e usou o texto como gancho para os ataques.
"Há uma outra coisa que é a
questão da violência e da baixaria. Eles têm tradição nisso. Fizeram
espionagem. Em 2006, o dossiê dos aloprados e, em 2010, a violação de
sigilos, além de pancadaria."
Ainda durante a fala no palanque, Serra lembrou um episódio que, segundo ele, ocorreu após um debate na campanha de 2006.
"Eu, pessoalmente, sofri
pancadaria. No dia que houve o debate da Canção Nova, das TVs católicas,
na saída, tinha uma tropa do Mercadante [então candidato do PT, Aloizio
Mercadante, hoje ministro da Educação] que veio para o tapa mesmo. Veio
brigar", afirmou.
Após as críticas, Serra fez uma
espécie de defesa dos supostos estudantes tucanos que, sem se
identificar, armaram um protesto durante agenda de Haddad.
"Quando alguém do PSDB levanta
uma cartolina, veja bem, uma cartolina, sem violência, o pessoal nosso
fica constrangido. O problema deles não é cartolina, o problema deles é
pancadaria", disse.
Após os ataques, o tucano baixou o tom e disse que queria centrar a campanha no debate de propostas.
"Tudo o que eu quero é que o
debate fique centrado nos problemas da cidade, no diagnóstico que foi
feito. e isso é o que alguns dos candidatos vão resistir a fazer até o
final."
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