Ai, ai…
Quando o texto começa assim, vem coisa! Lembram-se de Leandro Fortes? É um sedizente
repórter investigativo da Carta Capital, aquela revista que parece,
como diria Padre Vieira, sempre ocupada em duas coisas: em denunciar
falcatruas e em praticá-las. Fortes é uma das pessoas empenhadas em dar
aparência de reportagem aos delírios megalômanos de Mino Carta, aquele
que achava que era o golpe militar que legitimava o Congresso, não o
Congresso, o golpe. Uau!!!
Fortes, como
levá-lo a sério?, já tentou me atacar ao sair em defesa de Paulo
Henrique Amorim e dos textos racistas que aquele senhor escreveu contra o
jornalista Heraldo Pereira, da TV Globo. Chamou-me, em tom de
desqualificação de um elemento de culturas negras da África, de “Exu da
VEJA”. É claro que não reclamei porque não sou do tipo que recusa
elogios.
O Exu,
afinal, é “o orixá da comunicação, guardião das cidades, casas e do
axé, das coisas que são feitas e do comportamento humano. Ele é quem
deve receber as oferendas em primeiro lugar a fim de assegurar que tudo
corra bem e de garantir que sua função de mensageiro entre o Orun e o
Aiye, o mundo material e o mundo espiritual, seja plenamente realizada.
Na África na época das colonizações, o Exu foi sincretizado erroneamente
com o diabo cristão pelos colonizadores devido ao seu estilo
irreverente e brincalhão e à forma como é representado no culto
africano, um falo humano ereto, simbolizando a fertilidade.”
Na mosca! No que me diz respeito, as fontes de Fortes eram boas, embora um tanto indiscretas…
Abaixo,
reproduzo um texto do jornalista Márcio Chaer, publicado no site
Consultor Jurídico. Dá conta do cuidado com que Fortes e a Carta Capital
apuram as suas, digamos assim, “reportagens”. Tudo fartamente
financiado por anúncios oficiais e por estatais. É um troço vergonhoso. A
conclusão a que se pode chegar é o elogio máximo que se pode fazer a
Mino Carta, a pequena inteligência por trás de Leandro Fortes: ele tinha
mais talento para defender a ditadura do que tem para atacar a
democracia. Divirtam-se (os intertítulos são meus).
*
A revista Carta Capital desta semana publicou metade de uma reportagem sobre processo judicial, já encerrado, que acusa de falcatruas o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. O texto da revista menciona este site.
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A revista Carta Capital desta semana publicou metade de uma reportagem sobre processo judicial, já encerrado, que acusa de falcatruas o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. O texto da revista menciona este site.
A metade da
reportagem que a revista ficou devendo aos leitores é a que deveria
informar o lado da defesa no litígio. Textos apenas com acusação, sabem
os profissionais do ramo, são tão autênticos quanto um jogo de futebol
com um time só em campo ou uma luta de vale-tudo em que apenas um
lutador sobe ao ringue: já se tem o resultado antes da peleja.
As mentiras
No trecho que fala desta publicação, o jornalista investigativo da revista, em meio a um amontoado de insinuações criminosas, diz que detalhe importante da trama é que uma especialista em informática e administração que trabalhou no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do ministro, “é sobrinha de Márcio Chaer, diretor do site Consultor Jurídico”. O desmazelo apontado seria o seguinte: Gilmar Mendes “usou uma servidora pública contratada por ele, quando presidente do CNJ, para tocar um trabalho paralelo em sua empresa privada”.
No trecho que fala desta publicação, o jornalista investigativo da revista, em meio a um amontoado de insinuações criminosas, diz que detalhe importante da trama é que uma especialista em informática e administração que trabalhou no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do ministro, “é sobrinha de Márcio Chaer, diretor do site Consultor Jurídico”. O desmazelo apontado seria o seguinte: Gilmar Mendes “usou uma servidora pública contratada por ele, quando presidente do CNJ, para tocar um trabalho paralelo em sua empresa privada”.
Este redator
não tem sobrinha nenhuma em Brasília, não conhece a moça, seus pais ou
parentes - há apenas coincidência de sobrenome. Feita averiguação, o que
jornalistas profissionais fazem sem dificuldade, constatou-se: é fato, a
moça trabalhou no IDP até 2007 e quase 1 ano depois foi contratada no
Conselho Nacional de Justiça. Não acumulou funções, não foi contratada
pelo ministro e, é claro, não guarda nenhum parentesco com ninguém deste
site.
Sempre governista
O autor da lambança é Leandro Fortes, dono de um itinerário atípico na profissão. Ele foi da Aeronáutica no governo militar; na administração FHC era considerado aliado pelas hostes tucanas (quando trabalhou no jornal O Globo e na revista Época). Na era Lula foi trabalhar para o governo. Mas nem sempre se deu bem. Acabou demitido de O Globo e do jornal O Estado de S. Paulo “por inépcia”. Na Radiobrás respondeu ação por assédio moral. Nessa trajetória de adesão, CartaCapital veio a ser um desdobramento natural da carreira. Ali, seus talentos e suas características são valorizadas e bem aproveitadas para os propósitos da publicação.
O autor da lambança é Leandro Fortes, dono de um itinerário atípico na profissão. Ele foi da Aeronáutica no governo militar; na administração FHC era considerado aliado pelas hostes tucanas (quando trabalhou no jornal O Globo e na revista Época). Na era Lula foi trabalhar para o governo. Mas nem sempre se deu bem. Acabou demitido de O Globo e do jornal O Estado de S. Paulo “por inépcia”. Na Radiobrás respondeu ação por assédio moral. Nessa trajetória de adesão, CartaCapital veio a ser um desdobramento natural da carreira. Ali, seus talentos e suas características são valorizadas e bem aproveitadas para os propósitos da publicação.
Fugindo
Procurado para se manifestar, justificar sua conduta e explicar as áreas nebulosas de sua trajetória, Leandro Fortes parece ter se assustado. Gaguejou, silenciou e desligou o telefone abruptamente assim que este interlocutor se identificou. Nova tentativa. A ligação foi rejeitada. No recado, como costumam fazer jornalistas que querem fazer reportagens inteiras, ficaram gravadas as perguntas e um número de telefone para resposta, que não veio. Foram feitas mais duas tentativas. Em ambas o telefone foi desligado pelo não tão incisivo jornalista.
Procurado para se manifestar, justificar sua conduta e explicar as áreas nebulosas de sua trajetória, Leandro Fortes parece ter se assustado. Gaguejou, silenciou e desligou o telefone abruptamente assim que este interlocutor se identificou. Nova tentativa. A ligação foi rejeitada. No recado, como costumam fazer jornalistas que querem fazer reportagens inteiras, ficaram gravadas as perguntas e um número de telefone para resposta, que não veio. Foram feitas mais duas tentativas. Em ambas o telefone foi desligado pelo não tão incisivo jornalista.
Denunciado pelo MP
Leandro Fortes chegou a Brasília apresentando-se como sargento da Aeronáutica. Há dúvidas a respeito. Até onde se sabe, sua maior patente na Força Aérea foi de cadete na Escola Preparatória de Barbacena. Ele é lembrado nas redações por momentos emocionantes do jornalismo, como quando foram divulgadas como verdadeiras as falsidades do famoso “dossiê Cayman”. Fortes chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal por ataques contra os policiais federais que investigaram a origem do dossiê.
Leandro Fortes chegou a Brasília apresentando-se como sargento da Aeronáutica. Há dúvidas a respeito. Até onde se sabe, sua maior patente na Força Aérea foi de cadete na Escola Preparatória de Barbacena. Ele é lembrado nas redações por momentos emocionantes do jornalismo, como quando foram divulgadas como verdadeiras as falsidades do famoso “dossiê Cayman”. Fortes chegou a ser denunciado pelo Ministério Público Federal por ataques contra os policiais federais que investigaram a origem do dossiê.
Informação falsa
Precisão e acurácia não parecem ser características de seus textos. Entre um desmentido e outro, como quando levou a revista Época a publicar que uma reunião de trabalho no Palácio do Planalto tivera a participação de um torturador - o que não acontecera -, Fortes deixou de herança à revista uma condenação de R$ 40 mil, mais uma vez por notícia errada. Esta, contra o atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
Precisão e acurácia não parecem ser características de seus textos. Entre um desmentido e outro, como quando levou a revista Época a publicar que uma reunião de trabalho no Palácio do Planalto tivera a participação de um torturador - o que não acontecera -, Fortes deixou de herança à revista uma condenação de R$ 40 mil, mais uma vez por notícia errada. Esta, contra o atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
Ataque a jornalistas
Recentemente investiu contra três profissionais respeitáveis de Brasília: atacou o chefe da sucursal da revista Veja, Policarpo Júnior; o assessor de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho, Renato Parente; e o diretor da sucursal da revista Época, Eumano Silva, seu desafeto e a quem Fortes atacou, reconhecidamente, por vingança. Diferentemente de seu algoz, Eumano detém o respeito de dez em cada dez jornalistas de Brasília.
Recentemente investiu contra três profissionais respeitáveis de Brasília: atacou o chefe da sucursal da revista Veja, Policarpo Júnior; o assessor de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho, Renato Parente; e o diretor da sucursal da revista Época, Eumano Silva, seu desafeto e a quem Fortes atacou, reconhecidamente, por vingança. Diferentemente de seu algoz, Eumano detém o respeito de dez em cada dez jornalistas de Brasília.
Fraude
A fraude estampada na Carta Capital desta semana é um prodígio e pode ser resumida em três parágrafos. Gilmar Mendes, um dos três sócios do IDP, encomendou uma auditoria para entender o que acontecia com a escola. A conclusão foi que a administração precisava ser profissionalizada. O sócio-gerente não quis sair e recorreu à Justiça.
A fraude estampada na Carta Capital desta semana é um prodígio e pode ser resumida em três parágrafos. Gilmar Mendes, um dos três sócios do IDP, encomendou uma auditoria para entender o que acontecia com a escola. A conclusão foi que a administração precisava ser profissionalizada. O sócio-gerente não quis sair e recorreu à Justiça.
Escorou suas
razões justamente na auditoria que condenou sua gestão. Mas imputou a
Gilmar Mendes as mazelas pelas quais só quem tinha a caneta (o
administrador) poderia responder. O gestor, Inocêncio Mártires Coelho,
foi derrotado em todas as tentativas judiciais.
Sem
alternativa, vendeu sua parte por R$ 8 milhões - valor que os sócios
restantes tomaram emprestado em banco privado, que não hesitou aceitar a
garantia do prédio, avaliado em valor bem superior ao do empréstimo.
Para o atilado Leandro Fortes, hoje apelidado pelos muitos ex-amigos de
Brasília como “sargento Demóstenes”, isso tudo foi altamente suspeito.
Não foi difícil fazer parecer convincente, contando apenas metade da
história.
REV VEJA
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