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O bicheiro Carlinhos Cachoeira, durante sessão da
CPI em maio (Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa arquivou
nesta quinta-feira (28) pedido de soltura apresentado pela defesa do
bicheiro Carlinhos Cachoeira. Os advogados do contraventor tentavam
reverter decisão que cassou habeas corpus que beneficiava o goiano.
Cachoeira foi preso em 29 de fevereiro, sob acusação de explorar jogos
ilegais e corrupção.CPI em maio (Foto: Lia de Paula/Agência Senado)
Na última quinta-feira (21), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp havia suspendido os efeitos de uma liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que determinava a liberdade do bicheiro. No entanto, Cachoeira não foi solto porque havia outro mandado de prisão contra ele.
O desembargador Tourinho Neto, relator do processo no TRF-1, havia estendido para Cachoeira o benefício de um habeas impetrado pela defesa de José Olímpio de Queiroga Neto, suspeito de integrar a organização criminosa que operava jogos ilegais em Goiás. Após a decisão, o MPF ingressou com uma reclamação no STJ para tentar reverter a ordem de soltura.
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Barbosa sequer chegou a analisar o mérito da solicitação da defesa do
bicheiro. O ministro invocou um argumento técnico para desconsiderar o
recurso impetrado pelos advogados. Em seu despacho, o magistrado
argumentou que uma súmula do Supremo impede a apreciação de habeas
quando o mérito do pedido ainda não foi julgado por uma corte inferior.O ministro também afirmou no documento que, mesmo que não houvesse o impedimento técnico, "melhor sorte não adviria à impetração". Segundo Barbosa, Dipp considerou que a decisão de Tourinho de estender a Cachoeira os efeitos da liminar concedida a outro acusado havia se baseado em "argumentos opostos" aos adotados pela Sexta Turma do STJ no julgamento do habeas impetrado a favor do contraventor.
Apesar da ordem de Tourinho para soltar o contraventor, Cachoeira foi mantido preso em razão de um segundo mandado de prisão contra ele referente à Operação Saint-Michel, que investigou a atuação da quadrilha goiana no Distrito Federal.
A defesa do contraventor tentou derrubar essa ordem de prisão, porém, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) negou a soltura do contraventor no dia 21. Na quarta (27), Dipp avalizou o entendimento da Justiça do DF e manteve a prisão.
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