Os
petistas financiados, disfarçados de jornalistas, estão doidinhos para
tentar emplacar na imprensa uma, como dizer?, pauta alternativa. Querem
que o noticiário mude de foco. Tentam criar uma intriga entre os tucanos
José Serra e Geraldo Alckmin. Segundo essa versão assalariada, o
candidato à do PSDB Prefeitura estaria bravo com o governador,
culpando-o por não ter fechado o acordo com Maluf.
Agora os
fatos: nem Alckmin nem Serra aceitaram entrar no leilão que Maluf tentou
promover. Do governador, ele queria mais espaço no estado; de Serra, o
compromisso de nomear desde já alguns aliados. De um, ouviu um “não”; do
outro, também. O PT, como se viu, fez um pagamento antecipado — a
nomeação de Oswaldo Garcia para a Secretaria Nacional de Saneamento
Ambiental do Ministério das Cidades — e ainda garantiu que a área de
habitação da Prefeitura fica com os malufistas caso Haddad se eleja.
É assim que
Maluf negocia. Política tem preço. Lula decidiu pagar. De fato, Maluf
havia prometido apoio à candidatura de Serra, mas estava inconformado
com o fato de que não estava sendo devidamente recompensado. E resolveu
reabrir o leilão. Como os tucanos não se sensibilizaram, avançou na
negociação com o PT.
Alckmin
estava nos EUA. A mensagem que recebeu de Serra foi bem distinta daquela
que está sendo veiculada pelos petralhas: não vale a pena se esforçar
para tentar “reconquistar” Maluf. Ao contrário: o esforço poderia ser
contraproducente qualquer que fosse o resultado. Traria junto o desgaste
do leilão que ele promoveu.
O encontro
de Lula e Maluf, assim, consagra o entendimento que ambos têm da
política: um queria vender, e outro queria comprar. É, assim, uma
espécie de versão argentária do franciscanismo: é pagando que se recebe.
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