segunda-feira, 18 de junho de 2012

Herança maldita de Haddad - Governo cancela reunião com professores de federais

Professores em greve e alunos da Universidade Federal de Sao Paulo (Unifesp) fazem passeata na Av. Paulista no dia 28 de maio contra o "jeitinho brasileiro" de fazer universidade (Foto: Nelson Antoine / Fotoarena)
Professores em greve e alunos da Unifesp fazem passeata na Av. Paulista no dia 28 de maio contra o "jeitinho brasileiro" de fazer universidade (Foto: Nelson Antoine / Fotoarena)
Na VEJA Online:
O governo federal cancelou, nesta segunda-feira, a reunião agendada para terça-feira entre representantes do Ministério do Planejamento, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e outros representantes dos professores de universidades federais. O encontro havia sido marcado na semana passada e poderia pôr fim à greve dos docentes de instituições federais de ensino superior, que já completou um mês.

Uma nova data deve ser divulgada pelo governo. De acordo com o Andes, os representantes do governo federal alegaram que ainda não tiveram tempo para elaborar uma nova proposta que atenda às demandas dos professores. A previsão é que a reunião seja realizada na próxima semana.
Na última terça-feira, o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, pediu uma trégua de vinte dias aos docentes para que fosse apresentado um plano efetivo de reestruturação da carreira. A proposta foi recusada pelos sindicalistas. Mendonça propôs, então, a reunião agora cancelada.
A greve dos professores foi deflagrada no dia 17 de maio, com adesão de 29 instituições. De acordo com o último balanço do sindicato, o número já chega a 55. Eles reivindicam um plano de reestruturação da carreira docente, que teria sido prometido pelo governo federal para março deste ano. Isso inclui o estabelecimento de 13 níveis de remuneração (atualmente são 17), variação salarial de 5% entre eles e piso para a carreira de 2.329,35 reais referente a 20 horas semanais de trabalho (atualmente, o valor é de 1.597,92 reais).
Os professores alegam ainda que as universidades federais têm vivido um processo de “precarização”, consequência da política de “expansão desordenada” iniciada pelo Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) - criado pelo governo federal em 2007. Nesta segunda-feira, 32 das 38 institutos federais de educação superior anunciaram uma paralisação por tempo indeterminado.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

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