sábado, 17 de março de 2012

Após encontro com Dilma, Blatter volta à Suíça levando apenas promessas e boas intenções

  • Pelé e Blatter observam foto na qual aparecem ao lado da presidente Dilma Rousseff. Sorrisos e sóPelé e Blatter observam foto na qual aparecem ao lado da presidente Dilma Rousseff. Sorrisos e só
O saldo final do encontro desta sexta-feira entre a presidente Dilma Rousseff e Joseph Blatter, presidente da Fifa, não foi muito além do êxito em retomar as conversações entre o governo brasileiro e a entidade máxima do futebol mundial. De prático, porém, tudo que Blatter vai levar de volta para a Suíça é a promessa de mais audiências com Dilma, e, ainda assim, sem data definida.
Após uma hora de conversa no Palácio do Planalto, Blatter não saiu com a garantia de que bebidas alcóolicas serão vendidas durante o Mundial, não diminuiu a desconfiança do governo brasileiro em relação à entidade esportiva e não eliminou as restrições a seu secretário-geral, que semanas atrás recomendou um nada diplomático “chute no traseiro” do Brasil por conta dos atrasos em obras relativas à Copa.
Quando será o próximo encontro? “Quando ela (a presidente Dilma) estiver na Europa, eu irei. Se estiver no Brasil, virei”, afirmou Blatter, após um almoço concedido pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS).
Mais cedo, logo após a conversa na sede do governo, o suíço tentou mostrar algum otimismo, com uma dose de cobrança por colaboração entre Fifa e Brasil. “Já era hora de o presidente da Fifa ter uma reunião com a presidente do Brasil”, disse o cartola, ao lado do embaixador da Copa, Pelé, e do ex-jogador Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local (COL). “Concluímos que precisamos trabalhar juntos, de mãos dadas.”
Ciente da antipatia de Dilma pelo ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira, o presidente da Fifa não o citou na conversa. Dedicou o mesmo tratamento a seu substituto, José Maria Marin, que nem sequer estava no encontro. O suposto novo homem forte do COL (Comitê Organizador Local da Copa) está na Argentina, onde se reúne com o presidente da associação de futebol local, Júlio Grondona. “Não discutimos detalhes”, justificou-se.
Confusão sobre a lei Geral
Nem os governistas sabem explicar se há ou não um acordo assinado com a Fifa para a venda de bebidas alcóolicas no Mundial. A visita de Blatter não serviu para colocar ponto final no assunto e várias saídas legislativas estão sendo cogitadas para resolver o assunto. Entre elas, uma solução fácil para o Palácio do Planalto e difícil para a entidade esportiva: não proibir nem autorizar a venda, de forma que os Estados-sede decidam o que farão.
FONTE: UOL

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