quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

DESCONSTRUINDO UMA MENTIRA – Haddad tenta fazer de conta que o MEC não conhecia o conteúdo do “kit gay”. É falso! E eu provo! Ou: A heterofobia da turma de Haddad


O virtual candidato do PT à Prefeitura e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, escora-se em duas muletas para tentar explicar os absurdos contidos no kit gay: a) tenta associar os críticos à homofobia, como se só homofóbicos pudessem combater aquelas bobagens; b) afirma que o material não havia ainda sido aprovado pelo MEC, que ele mesmo não sabia de nada.
Bem, meus caros, eu desmenti de forma cabal e insofismável as desculpas de Haddad no dia 19 de maio de 2011. Vale a pena relembrar o texto. Sim, o MEC sabia de tudo. Os filmes foram debatidos em conferências. A única dúvida da turma era até onde uma língua poderia entrar na outra boca num beijo lésbico. Isso à parte, eles consideravam que tudo estava certo. Afinal, as tais conferências eram realizadas apenas por militantes homossexuais.
FAZ OU NÃO FAZ SENTIDO? Mais de 90% dos jovens estudantes são, com certeza, heterossexuais, mas o material voltado para a sua educação sexual passa a ser uma tarefa da militância gay… Tenham paciência!
Releiam aquele texto. Acho que vale a pena. Vejam quais são as entidades que Haddad chamou para cuidar dos filminhos. Prestem atenção à fala do representante do MEC.
*
O ministro Fernando Haddad, da Educação, encontrou-se ontem com deputados católicos e evangélicos para conversar sobre o kit gay — também chamado “anti-homofobia” — que o governo federal pretende distribuir nas escolas. Uma comissão de parlamentares será formada para examinar o material. É a primeira vez que brasileiros não-gays estão sendo chamados a debater o assunto. Até havia pouco, a questão estava entregue apenas a ONGs estrangeiras e à militância gay, como se o público-alvo do programa não fosse o conjunto dos estudantes. Seja para discutir floresta, seja para discutir sexo, o Brasil parece um laboratório de teses de organizações estrangeiras, que se comportam como legítimas representantes do povo, embora não tenham sido eleitas por ninguém. Curiosamente, em seus países de origem, não conseguem aprovar algumas das propostas que tentam ver implementadas aqui - na floresta ou no sexo…
Haddad, um dos pré-candidatos do PT à Prefeitura de São Paulo, parece ter descoberto que precisa de voto caso seja o escolhido do partido para disputar o cargo, conforme gostaria Lula. Só com a simpatia dos meios de comunicação e dos homossexuais militantes, talvez não logre o seu intento. Aos congressistas, assegurou que filmes e cartilhas que circulam por aí ainda não são de responsabilidade do Ministério. Teria vazado das organizações contratadas para produzir o material. Conversa mole, e ele sabe disso muito bem. Pode ainda não ser o produto final, mas tudo foi elaborado sob o comando do governo federal.
Quem coordenou os trabalhos foi a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), órgão ligado ao MEC, mas quem se encarregou da produção propriamente foram a Global Alliance for LGBT Education (Gale), uma fundação holandesa; a Pathfinder do Brasil, associada à Pathfinder Iternational, dos EUA; a Reprolatina, entidade brasileira que trabalha em parceria com a Universidade de Michigan, e duas outras ONGs ligadas à miitância homossexual: a Ecos - Comunicação em Sexualidade e a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Perceberam? A sexualidade das crianças brasileiras seria assunto importante demais para ficar sob o cuidado dos nativos - a menos que sejam gays. Isso lhes parece razoável? Infelizmente, Haddad está contando o oposto da verdade. O material vazou, sim, mas o MEC acompanhou tudo no detalhe. E é fácil provar.
No dia 31 de março [de 2011], publiquei aqui  o vídeo que segue abaixo. Reproduz parte da sessão da Comissão de Legislação Participativa da Câmara, ocorrida no dia 23 de novembro de 2010. Apresentou-se ali o tal material didático sobre homossexualidade. O destaque da sessão é a intervenção de André Lázaro, então secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC. Ao discutir um dos filmes que o ministério pretende exibir nas escolas, ele deixa claro que houve uma certa hesitação da equipe: “Até onde entrava a língua” num beijo lésbico. Essa era a única dúvida. As palavras são dele, como vocês podem ver, não minhas. Lázaro não está mais no Ministério da Educação. Agora ele é secretário executivo de Direitos Humanos da Presidência da República. Na sessão, também foi apresentado o filme em que um adolescente chamado José Ricardo diz ser, na verdade, “Bianca”. O vídeo é bem ruim, mas é bastante ilustrativo. ISSO PROVA A VERDADE DAS PALAVRAS DE HADDAD.


Haddad tenta se livrar da própria obra e volta a associar a oposição ao kit gay à homofobia. Uma ova! Continua a ofender as pessoas de bom senso

Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e virtual candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, já está doidinho para se livrar da própria obra. Como um bom petista, resolve, então, contar a história pelo avesso e, ora vejam!, atacar adversários, invertendo o ônus de suas próprias escolhas.
Em sua gestão, o MEC preparou filminhos para ser exibidos nas escolas de suposto combate à homofobia. Eles não foram preparados por educadores que conhecem a sala de aula. A tarefa ficou a cargo de ONGs e militantes, como de costume. Em um deles, a bissexualidade era apresentada como uma vantagem na comparação com a heterossexualidade. Se você quiser relembrar, segue abaixo. Volto depois.

Escrevi sobre essa coleção de absurdos no dia 25 de maior de 2011. Leiam este trecho que transcrevo do filmete:
“Foi copiando a lição de probabilidade, que Leonardo teve um estalo: por que precisaria decidir ficar só com garotas ou só com garotos se ele se interessava pelos dois? E ele não era de ficar com qualquer um. Mas, quando ele gostava, não importava se era garoto ou garota. E, gostando dos dois, a probabilidade de encontrar alguém por quem sentisse atração era quase 50% maior. Tinha duas vezes mais chance de encontrar alguém (…)!
A mensagem geral é a seguinte: qualquer um que assiste ao filme, qualquer dos estudantes, pode, a exemplo de Leonardo, ser gay e não saber — ou, no caso, bissexual. Implicitamente, incita-se a experimentação. Se não tentar, como sabê-lo, não é mesmo? A tese é, obviamente furada, basta vocês procurarem qualquer pessoa que estude o assunto a sério. Agora a matemática.
 Não! Se Leonardo, antes, colhia os seus namoros em apenas 50% do público namorável — as meninas — e poderia, descoberta a sua bissexualidade, fazer a coleta também nos outros 50%, então a probabilidade de encontrar alguém por quem sentisse atração “era 100% maior”, não 50%. Erro de matemática. Bando de ignorantes! O professor que ensinou probabilidade para o Leonardo deveria ser um craque em homoafetividade, mas um estúpido na sua disciplina. Há outro erro, este de matemática e de língua. Se eu tenho uma laranja e você tem duas laranjas, você não tem “duas vezes mais laranja do que eu”, mas apenas uma. Quando a chance de alguém dobra, ela aumentou uma vez, não duas.
Os filmes preparados pelo MEC de Haddad são moral e matematicamente indigentes. Um outro vídeo, como sabem, defende o “direito” que um aluno “transgênero” teria de usar  o banheiro feminino e de não ser chamado pelos professores pelo seu verdadeiro nome. Um terceiro trata do lebianismo, também numa linguagem que beira a apologia.
Ora, quem deu a Haddad o direito de se imiscuir, assim, na organização das famílias? Com que preparo especial e com que competência específica professores exibiriam esses filmes nas milhares de escolas brasileiras? O governo chegou a hesitar em algum momento, a ter dúvida? Só em um: até onde a língua de uma garota deveria entrar na boca de outra num beijo lésbico. Trato do assunto em outro post.
O tema voltou a ser debatido. Leio na Folha Online o que segue. Volto em seguida:
Na mira de líderes evangélicos por causa do chamado kit anti-homofobia, o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (15) que o uso político do tema estimula a violência contra homossexuais. O ex-ministro afirmou que exploração eleitoral do tema “indiretamente acaba incitando” casos de agressão e se disse preocupado com incitação de “forças obscurantistas” no país. “O que me preocupa é que muitas vezes o indivíduo pode entender que é um fato a ser explorado [na campanha] sem considerar que isso indiretamente acaba incitando a violência”, disse Haddad. “Muitas vezes, ao não abordar corretamente a questão dos direitos humanos, você acaba sem querer promovendo uma violência que é crescente no país contra pessoas que têm outra orientação sexual.”
O petista disse ter “certeza” de que os líderes evangélicos que o criticam não pretendem promover a violência, mas afirmou que o uso político do tema “libera em alguns indivíduos forças obscurantistas” contra os gays. Haddad disse não temer ataques por causa do tema. Em entrevista publicada na Folha nesta quarta-feira, Marcos Pereira, presidente do PRB e bispo da Igreja Universal, afirmou que o assunto fará o petista “sofrer” na campanha. “A verdade vai prevalecer sobre a mentira. A verdade prevalecendo, não há o que temer”, afirmou o petista. “Estou absolutamente seguro quanto às decisões que tomei.”
(…)
Voltei
Como é que é? Quer dizer que, se gays sofrerem alguma forma de violência, a responsabilidade poderia recair também sobre as costas daqueles que acham os vídeos preparados por Haddad e sua equipe inadequados? Esse material, e coisa ainda pior, só não foi distribuído em larga escala nas escolas porque a sociedade reagiu. São Paulo, cidade que Haddad pretende administrar, tem milhares de alunos em escolas municipais. É com esse cuidado que ele pretende tratar do assunto?
É uma vigarice intelectual e moral associar os críticos às barbaridades contidas naqueles vídeos à homofobia. O que a sociedade não aceita é que o estado se meta dessa forma na organização das famílias. Mais: há uma diferença nada ligeira entre combater o preconceito à homossexualidade e a linguagem que beira a apologia.
No próximo post, relembro o nível de delinqüência intelectual a que chegou o MEC, o que desmente a farsa de que Haddad não sabia de nada.
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA


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