domingo, 8 de janeiro de 2012

Quem se habilita para a sutura institucional?

O genial cientista britânico Stephen Hawking comemora neste domingo o milagre de completar 70 anos de vida. Apesar de sua gravíssima doença neurodegenerativa, o físico revelou à revista inglesa "New Scientist" qual o grande mistério que ainda não desvendou: entender as mulheres. “Elas são um mistério completo”. Eis a justificativa dele, um cara divorciado duas vezes e pai de três filhos.
Menos misteriosa que as mulheres é a revelação, reservadíssima, de uma ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, em recente conversa com amigos de elite. Ellen Gracie Northfleet expôs, sem meias palavras, os motivos por que se aposentou, prematuramente, do STF. Ela não agüentava mais as pressões de trabalho em um Supremo, segundo ela, “dividido”. Por isso, Ellen prefere praticar remo no Flamengo, seu hobby esportivo atual, em vez de remar contra as marés no Supremo.
O problema é pra lá de tsunâmico. A grave distonia entre os três poderes no Brasil vai redundar em ruptura institucional, mais cedo ou mais tarde. O Executivo e o Legislativo (mal ou bem, com todas as falhas) são republicanos. Por isso torna-se insustentável o constante choque deles com um Judiciário monárquico - com poderes divinos e muitas vezes absolutistas.
A vítima deste conflito constante é a Democracia. Afinal, Segurança do Direito, no Brasil, parece ficção científica. Nem o genial Stephen Hawking deve ser capaz de projetar uma resposta tão precisa para a questão fundamental: Quem vai segurar a bronca na hora que o “buraco negro” se abrir?. Tomara que os segmentos esclarecidos da sociedade tenham habilidade e possibilidade de agir antes do caos se tornar realidade.
Nossa situação institucional é como um copo que cai (ou seria “um corpo que cai”, parafraseando o filme famoso de Alfred Hitchcock?) As chances de quebrar são quase totais. O mistério é quem vai se habilitar a recolher os cacos e reconstruí-lo. O buraco (nigérrimo) é muito mais embaixo (ou em cima, dependendo de quem se dispõe a enxergá-lo). Nosso corpo institucional, praticamente semi-morto, está fedendo. E pode feder ainda mais...
Já que o risco é mortal, voltemos a falar do professor titular da cadeira de Isaac Newton na Universidade de Cambridge. Stephen Hawking já proclamou que não tem medo da morte. Até porque ele lida com o risco de morrer há 49 anos, desde os 21 anos de idade, quando foi diagnosticada sua esclerose lateral amiotrófica. Doença dos diabos!
Superando todas as previsões pessimistas, hoje movendo apenas suas bochechas, Hawking se comunica e nos fornece uma lição de esperança, fé e (acima de tudo) amor à vida: "Eu tenho vivido com a perspectiva de uma morte prematura há 49 anos. Não tenho medo da morte, mas não tenho pressa de morrer. Ainda há muita coisa para fazer".
Solta a frase, fora do contexto original, parece que Stephen Hawking fala da situação institucional brasileira. Ainda mais porque ele é um dos mais renomados especialistas em “buracos negros”. Aliás, o próprio Hawking tem a dignidade intelectual de admitir sua maior mancada, ao menos na ciência: "Pensava que a informação era destruída nos buracos negros".
Se nem os terríveis buracos negros podem destruir a informação, nós, simples mortais tupiniquins, temos o dever de fazer melhor uso dela. Aqui no Brasil, o pirão já desandou. A pimenta já arde nos olhos de muita gente. Uns, mais resistentes ou teimosos, encastelados no poder ou embriagados pelo comodismo, fingem que nada sentem. O certo é que a situação não pode ficar do jeito que está. A tendência é que não fique.
O “golpe” original já foi dado pelos meliantes. Os militantes do Governo do Crime Organizado podem estar com seus dias contados. Não interessa ao mundo - que precisa de saídas imediatas para a crise - um País totalmente dominado pela perversa associação entre servidores públicos e bandidos que se servem dos três poderes estatais.
Por isso, os controladores globalitários tendem a rever o sistema de exploração ao qual sempre submeteram historicamente o Brasil. Eis a chance – talvez única – que a nação terá para retomar seu rumo e redefinir seus objetivos estratégicos. A mobilização da sociedade ainda parece imperceptível aos menos atentos, mas ocorre a passos largos.
O contragolpe, desta vez, não é nem será militar. O movimento já em marcha (ainda sem coturnos, tanques e armas) usará, ainda mais, a ação psicológica contra o inimigo. Informações surgidas do nada e bem plantadas na mídia vão desmoralizar e inviabilizar, institucionalmente, cada componente criminoso, até jogá-lo, completamente, no “buraco negro”.
No cenário de desestruturação, os militares brasileiros devem ser ainda mais alvos de ataques covardes. O Núcleo do Crime Organizado fará de tudo para reforçar a desmoralização das Forças Armadas como Instituição. Na guerra psicológica pós-85, continuarão martelando, na mídia, a falsa imagem dos militares como “ditadores sempre prontos a dar um golpe, a qualquer momento”. Enquanto isso, prosseguirá o esquema para o desmonte e inoperância da Força, via “contingenciamento” de recursos.
Raciocínio simples, objetivo e direto para o que tende a acontecer. O mundo está em crise. Por sorte, o Brasil é uma das soluções para o problema. Portanto, não pode ser gerido pela autofágica incomPTência reinante. Para o bem e necessidade urgente da humanidade, nosso País não pode ser sacrificado pelo câncer que infesta, em metástase, com suas células criminosas, todos os três poderes em putrefação.
Nem precisa ser cientista para prever que a doença terá de ser curada por imposição da própria ordem mundial (velha ou nova) que comanda os destinos políticos e econômicos do Planeta. Por isso, aqueles que estão nos podres poderes andam tão tensos, ultimamente. Serão alvos de novos ataques de desmoralização até se tornarem peças inviáveis. Os mais espertos tentam se salvar. Talvez não consigam... O tempo urge e ruge...
A estrela companheira e seus comparsas do crime organizado já são tragados para o buraco negro que a tudo engole. Quando tal processo de fagia e autofagia se completar, e a araruta virar mingau, sobreviverá quem souber comer os inimigos pelas beiradas.
Terá sucesso – e salvação - quem souber ocupar o vácuo institucional em adiantada formação. Eis por que a formulação de um Projeto para o Brasil é urgente. Nunca valeu tanto o lema: “A selva não pertence ao mais forte, mas ao sóbrio, habilidoso e resistente”.
Como diria a safada Isaura, esposa traíra do escroque Agamenon Mendes Pedreira, “o silicone está estourando”...
Em português claro, e sem voltinhas: a ruptura institucional é inevitável.
A pergunta fundamental é: Quem se habilita para a sutura – com competência, honestidade e coragem?
DO ALERTA TOTAL

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