O governo do PT vai privatizar dezenas de obras na área de infraestrutura, transferindo para a iniciativa privada estradas, hidrelétricas e aeroportos. Com isso, pretende angariar investimentos de quase R$ 100 bilhões para viabilizar os projetos. Durante os governos petistas, estima-se que mais de R$ 70 bilhões sumiram no ralo da corrupção. Estas privatizações, certamente, serão um novo foco de desvios de dinheiro público em ano eleitoral.
Em dezembro passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou o edital para concessão de exploração privada dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos. No entanto, teve que corrigir o valor dos investimentos. O governo do PT, favorecendo a iniciativa privada, havia subestimado os valores a serem investido, reduzindo o valor de outorga. Em Guarulhos, por exemplo, o TCU determinou que o valor mínimo da outorga deve subir de R$ 2,29 bilhões para R$ 3,8 bilhões, um aumento de 66,3%. Em Campinas, o valor calculado pela equipe técnica do TCU subiu de R$ 521 milhões para R$ 1,73 bilhão (234% de ajuste). Já em Brasília, o reajuste é o maior (907%) e o valor mínimo de outorga estabelecido em R$ 75,5 milhões deve passar para R$ 761 milhões.
No âmbito federal, dois importantes leilões ocorrem nas próximas semanas. Para o dia 18 de janeiro, está agendada a disputa do trecho de 476 quilômetros no Espírito Santo da BR-101, com investimento de R$ 2,1 bilhões nos 25 anos de contrato. Em 6 de fevereiro, haverá o leilão dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. A previsão é de investimentos de R$ 15,9 bilhões. Em março, estão previstos leilões de transmissão de energia, com projetos como o sistema de Teles Pires.
Depois, empreendimentos de monta podem ser licitados, embora aguardem definição: o porto de Manaus, com investimento de R$ 1,4 bilhão; os trechos mineiros das rodovias BR-040, BR-116 e BR-381; e a outorga de 70 áreas para uso das frequências de 3,5 GHz nas telecomunicações. A maior expectativa é sobre o desfecho do trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas, cujo edital deve sair até março, desta vez com uma licitação para o fornecimento da tecnologia e outra para a operação do empreendimento - e contratação das obras civis. (Com informações do Valor Econômico)
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