Se fosse uma invasão do MST, uma marcha da CUT ou um protesto GLTB, o Ministério Público Estadual de São Paulo não faria nada. Para impedir o povo de ver a decoração de natal da Avenida Paulista o MP do PT vai acabar processando o prefeito Kassab. Com todo o apoio da FSP do PT, que comanda a campanha "todos contra Kassab". Aliás, a Leiam abaixo.
Quem tentou atravessar a avenida Paulista de carro no fim de semana, após às 20h, foi surpreendido por bloqueios da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) feitos sem nenhum tipo de aviso prévio aos motoristas. Isso porque milhares de pessoas ocuparam a avenida símbolo de São Paulo para apreciar a decoração natalina de seus prédios e casas. Consequência: pedestres aproveitaram bem a noite quente, mas motoristas tiveram de usar de sua paciência. Já ontem à noite, o turismo natalino continuou fervilhando. Mas, diferentemente do fim de semana, não houve fechamento completo da via. Consequência: o trânsito fluía dentro do normal, mas os pedestres, que não cabiam nas calçadas, corriam o risco de serem atropelados.
Alguns atravessavam a avenida com carrinhos de bebê fora da faixa de segurança. Outros aglomeravam-se sobre o canteiro central para assistir a um coral de crianças.
"É um absurdo. A Paulista já deveria ter sido fechada. O trânsito que circule por outro lugar. Existem muitas alternativas por aqui", disse o advogado Adriano Lisboa, que trabalha na avenida Paulista. Não é, porém, o que pensa o Ministério Público Estadual. Após tomar conhecimentos dos bloqueios sem aviso prévio da CET, o promotor José Carlos Freitas comunicou à companhia de tráfego que o fechamento da Paulista, mesmo que só trechos dela, desrespeita um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) assinado pela prefeitura. O termo permite que apenas três grandes eventos do ano fechem a avenida: a Parada Gay, a Corrida de São Silvestre e a festa de Réveillon.
O promotor classificou de "ilegal" a operação que prevê o fechamento da Paulista por causa dos corais natalinos e das decorações de fachadas de bancos e de empresas do local, além da praça de Natal criada pela própria prefeitura próximo ao parque Trianon. A CET informou ontem que não iria se pronunciar sobre as afirmações do Ministério Público. A companhia disse que só fará isso na Justiça. Ressaltou, porém, que a operação que prevê o fechamento da Paulista está prevista desde o início deste mês. Antes da polêmica com o Ministério Público, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse ontem que a Paulista "é uma festa". Ele afirmou que seria ótimo se a cidade tivesse outros locais com o mesmo movimento.(Da Folha de São Paulo)
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