quarta-feira, 9 de novembro de 2011

para ex-mulher para saber do filho, ele procurou deputado do PT e Jornal Hoje. Suplicy já tinha comprado a causa…

As agruras de um pai trotskista: antes de liga

Escrevi um post, como vocês leram, demonstrando como um militante de uma organização trotskista, Heitor Cláudio Silva, usou a TV Globo para espalhar a acusação falsa de que a Polícia Militar de São Paulo teria dado sumiço no seu filho, Carlos Henrique, estudante de história, morador do Crusp e diretor da UNE.  Está lá, tudo documentado. Ele até avisa que vai usar a imprensa…
Vocês já devem estar sabendo, mas reitero: o bebezão revolucionário estava na casa da… mâmi!!! O pai diz ter ligado para os seus “dois celulares” — ah, essa burguesia esquerdista surgida com as privatizações!!! — sem sucesso. Estavam desligados. Então ele teve uma idéia: acusar a PM!!! Mobilizou a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia, e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) já havia abraçado a causa. Estou falando sério. Só depois ele teve a idéia, diz, de ligar para a mãe do rapaz.
O seu bebê revolucionário estava protegido, com casa, comida e roupa lavada.
Que bom! Não acuso, mas digo o que parece. Fica parecendo que se tentou forjar um caso de “desaparecimento”. Aí alguém lembrou que a PM dispõe de métodos bastante eficientes para descobrir a farsa. Seria uma desmoralização absoluta! E ficou o dito pelo não-dito.
Vamos ver. Então um pai dá conta do “sumiço” de um filho e não liga para a mãe imediatamente? Procura antes o deputado Adriano Diogo? Ocorre-lhe a idéia de dar um simples telefonema à ex-mulher mais de 24 horas depois, só depois de falar com o Jornal Hoje? É difícil imaginar um pai assim, mesmo sendo trotskista, né?
PS - Conheci alguns chefões revolucionários na USP, à frente de organizações de extrema esquerda até hoje. É uma profissão. Há 30 anos, eles também não invadiam reitoria ou prédio de moradia. O que quero dizer? Nunca estavam na linha de frente, da borrachada. Mandavam a arraia-miúda. Assim fez o nosso valente do Crusp e da UNE. Enquanto os coitados e coitadas com roupas esquisitas e cabelos ensebados enfrentavam a “repressão”, ele comia sucrilho e tomava toddynho.
PS2 - O Crusp, a moradia da USP, não é para aluno carente? Carente com dois celulares? Eu sei que o capitalismo barateou bastante o produto, mas dois? Eu, um burguês rematado, tenho um só. E pago as minhas contas. Na verdade, por meio de impostos, pago também a “deles”…
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

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