quarta-feira, 9 de novembro de 2011

ASSIM FALAM OS ESTUDANTES DE VERDADE DA USP!!!

É claro que a USP não está em greve. A paralisação foi “decretada” numa assembléia que reuniu 2,2% dos 89 mil estudantes  segundo os próprios promotores. Pelo menos metade dos presentes votou contra. Como não dava para contar, então… greve! Amanhã, os esquerdopatas farão uma “assembléia” no Largo São Francisco, tentando colar a sua pauta à de alguns alunos e professores da Faculdade de Direito, opositores declarados do reitor João Grandino Rodas por motivos que nada têm a ver com o movimento de agora. É oportunismo dos mais vagabundos. Professores também realizarão assembléia para decidir se decretam greve ou não. A extrema esquerda e os petistas, claro!, querem “aproveitar o momento”. Já escrevi a respeito.

Hoje, o Centro Acadêmico dos cursos de Engenharia Elétrica emitiu uma nota exemplar — exemplarmente bem-escrita, diga-se! —, demonstrando como pensam alunos de verdade da USP. O texto é de uma clareza e de uma correção de envergonhar esses que se apresentam como representantes da FFLCH e que se pretendem “os intelectuais” (popdem gargalhar!) da universidade. Fica claro:
- eles não estão em greve;
- conforme votação anterior, são favoráveis à presença da PM no campus;
- opõem-se a invasões e depredações de instalações da universidade;
- repudiam a presença de elementos estranhos à USP nas deliberações estudantis;
- reivindicam que se faça um plebiscito ouvindo TODOS os estudantes sobre a presença da PM, o que o DCE se recua a fazer.
Vocês querem ver como falam os estudantes de verdade da USP? Assim!

CENTRO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Centro Acadêmico dos cursos de Engenharia Elétrica Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Nota pública sobre a greve geral e declaração unilateral de normalidade
São Paulo, 09 de novembro de 2011
Na manhã de hoje a diretoria do Centro de Engenharia Elétrica (CEE) tomou ciência da “greve geral e imediata” declarada ontem em assembleia realizada no prédio de História & Geografia, organizada e endossada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE).


Como explicitado anteriormente em nota expedida em 31 de outubro os estudantes da Escola Politécnica já se manifestaram democraticamente em plebiscito a favor da presença da Polícia Militar dentro do campus da USP, na condição de patrulhamento e prevenção de crimes comuns. Também foi posição deste Centro Acadêmico a condenação da invasão e depredação de prédios públicos, no entendimento que ações desta natureza não contribuem para a edificação de uma universidade pública gratuita e de qualidade. Lamentamos a invasão e depredação do prédio da Reitoria executadas pelos grupos de cunho anti-democrático minoritários no movimento estudantil da USP.


Também ressaltamos a presença nesta ocasião de elementos externos totalmente desvinculados à USP, que contribuíram para destruição do patrimônio de nossa Universidade. Em assembleias realizadas em 2007 e 2009 os politécnicos se posicionaram contra este tipo de ação, e no plebiscito de 2009 condenaram por maioria de ampla margem atitudes coercitivas como piquetes (realizado ontem na FFLCH-Letras) e interrupções de vias públicas.


Lamentamos profundamente a necessidade do uso de forças de segurança do Estado na ação de reintegração de posse do prédio da Reitoria. É deveras triste que um ambiente acadêmico seja alvo de atitudes criminosas que necessitem de tal resposta enérgica. Caso algum excesso tenha sido cometido pela PMSP na desocupação do prédio da Reitoria rogamos para que seja notificado imediatamente ao órgão competente: http://www.ouvidoria-policia.sp.gov.br/


Também lamentamos a recusa do DCE a realizar um plebiscito amplo e democrático sobre a PM no campus, como solicitado pelo CEE e o Grêmio Politécnico no último Conselho de Centros Acadêmicos (CCA). Lamentamos que nossa suposta entidade representativa máxima decide recorrer a assembleias com menos de 5% dos estudantes da USP para decidir em nome de outros 95%, lembrando que a comunidade politécnica está massivamente presente nesta segunda parcela.


Finalmente, é de entendimento deste Centro Acadêmico que os estudantes por ele representados discordam fundamentalmente da pauta e dos métodos utilizados pelos setores radicalizados pelo movimento progenitor desta greve. Portanto, assim como o Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC), indicamos que não haverá adesão e paralisação dentro do perímetro das instalações do prédio de Engenharia Elétrica da POLI-USP. Também advertimos que qualquer espécie de invasão ou tentativa de depredação deste prédio, como ocorrido na FEA, será tratado com todo rigor constante na Lei.

Sem mais no momento,
Centro de Engenharia Elétrica - CEE
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

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