domingo, 27 de novembro de 2011

Extrema esquerda da USP perde o que restava de vergonha na cara e dá mais um golpe, com a ajuda da direção derrotada do “XI de Agosto”, o que enxovalha a São Francisco! Cadê aquele professor Safatle para explicar? Alunos da FEA, hora de reagir! Por que não um outro DCE?

Os interventores do DCE da USP perderam a vergonha na cara de vez! Como vocês sabem, os golpistas suspenderam as eleições porque perceberam que seriam derrotados pela chapa “Reação”, formada por alunos de verdade. Sabem que a maioria silenciosa começa a se manifestar nas universidades públicas. Os estudantes que estudam(!) estão com o saco cheio deles. A UnB e a UFMG já se libertaram.

Realizou-se ontem um Conselho de Centros Acadêmicos para formar a comissão que vai comandar o DCE até que se realizem eleições, sabe-se lá quando. Eu já havia comentado aqui um textinho do tal PCO em que aqueles valentes “revolucionários” defendem que se faça “qualquer coisa” para que a esquerda não seja derrotada. “Qualquer coisa” implica mandar a lei às favas.
Pois bem! Os extremistas da USP decidiram fazer o tal Conselho e simplesmente vetaram a presença do Centro Acadêmico Visconde de Cairu (CAVC), da FEA (Faculdade de Economia e Administração) na tal comissão. É que o CAVC não lhes parece “revolucionário” o bastante, entendem? Conforme o relato que vocês lerão abaixo,  o Fórum de Esquerda, que ainda está no comando do XI de Agosto, centro acadêmico da Faculdade Direito, teve papel decisivo na violência institucional. O que diria aquele professor Safatle?
Que os alunos da FEA jamais se esqueçam do golpe dentro do golpe. Se e quando houver eleições, que a resposta seja dada nas urnas. Mas me parece que é chegada a hora de começar a pensar com ainda mais liberdade e ousadia. Por que as faculdades que rejeitam claramente esses lunáticos têm de se subordinar a um DCE ilegítimo, que não as representam?
TALVEZ SEJA CHEGADA A HORA DE CONVOCAR ALGUNS JURISTAS PARA DEBATER A POSSIBILIDADE DE CRIAR UM NOVO DCE NA USP: O DOS ESTUDANTES QUE ESTUDAM! QUE OS MALUCOS FIQUEM COM O VELHO, DISCUTINDO O SOCIALISMO NA RÚSSIA DE 1917!!!
Segue comunicação oficial do Centro Acadêmico Visconde de Cairu
UM DIA PARA SE LAMENTAR
Na tarde de ontem, na Faculdade de Saúde Pública, ocorreu uma reunião do Conselho de Centros Acadêmicos da Universidade de São Paulo. Entre os diversos temas em pauta, debateu-se o adiamento das eleições do DCE e o futuro dessa entidade.
O que se notou, logo no começo desse encontro, era que havia um quórum histórico: por uma série de razões, diversos Centros Acadêmicos dos campi do interior estavam presentes.
Também passaram pelo CCA quase todos os Centros Acadêmicos da Escola da Politécnica e, como sempre, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu. Os debates, como de costume, se estenderam por algumas horas, e diversos grupos tiveram espaço para levantar suas bandeiras. Após votação, porém, definiu se que, a partir do dia 11 de dezembro - quando termina o mandato da atual gestão do Diretório Central dos Estudantes -, essa entidade geral seria interinamente gerida por uma comissão de Centros Acadêmicos eleitos pelo CCA. A discórdia surgiu, entretanto, no momento em que a composição dessa comissão passou a ser debatida. A proposta inicialmente aprovada - com oposição do CAVC - seria que a Comissão Gestora fosse constituída nos moldes da Comissão Eleitoral. Em linhas gerais, pois, o grupo que estaria à frente do DCE interinamente teria pelo menos um representante de cada campus, um representante de Centro Acadêmico da área de “Biológicas”, dois representantes de Centros Acadêmicos da área de “Exatas” e dois dos Centros Acadêmicos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. A FEA USP, por não se encaixar em qualquer dessas categorias, estaria necessariamente fora desse conjunto.
É bom, porém, deixar algo claro: no encontro do Conselho de Centros Acadêmicos realizado no dia 8 de outubro, no qual se constituiu a atual Comissão Eleitoral, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu decidira não participar da organização dessas eleições porque, naquele momento, o calendário de votações do DCE coincidia com o período de troca de gestões dentro da FEA-USP. Tendo sido adiado o pleito para o Diretório Central dos Estudantes, contudo, esse impedimento não mais se fazia presente.
Com efeito, sempre se pautando pela via do diálogo, da tolerância e do respeito às instituições, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu expressou seu desejo de estar representado na Comissão Gestora. Foi inesperado, entretanto, quando um conjunto de Centros Acadêmicos levantou-se contra a representação da FEA-USP. Afirmaram que não havia lugar para o CAVC na gestão interina e acusaram-no de não estar comprometido com o Movimento Estudantil - algo sabidamente inverídico. No último ano, o CAVC esteve presente a todos os fóruns de reunião dos estudantes e, mesmo discordando de certas pautas, nunca negou aos alunos da USP o direito de defender seus interesses.
Após certa pressão, o Conselho de Centros Acadêmicos passou a um processo de votação no qual, inacreditavelmente, se configurou um empate: enquanto doze Centros Acadêmicos defendiam a presença do alunos da FEA-USP na gestão interina do Diretório Central do Estudantes, outras doze entidades decidiram que nossa faculdade não era digna de participação. Dado o impasse, veio a desagradável surpresa. O Centro Acadêmico XI de Agosto, entidade com a qual o CAVC sempre teve a mais fraternal das relações, decidiu alterar o voto que havia dado: se, antes, declarava abstenção, agora se alinhava à intolerância.
Dessa maneira, em um CCA já esvaziado, o Centro Acadêmico Visconde de Cairu foi ofendido. Só se pode lamentar que, exatamente quando é chegada a hora do diálogo, uma porta seja fechada.
A FEA-USP, é preciso lembrar, tem mais de três mil alunos. Da mesma forma, foi por conta de uma tragédia que se abateu sobre a comunidade de nossa faculdade que todo o debate sobre a segurança nos campi entrou na ordem do dia. É triste constatar que, quando a discussão se tornava mais frutífera, o Conselho de Centros Acadêmicos tenha decidido regredir. No momento em que a busca por consensos se colocava como o único caminho, o que se viu foi um abandono dos princípios democráticos mais fundamentais. O CAVC sempre propôs a união do corpo discente. Separados, os alunos da USP não chegarão a lugar algum. Calar um setor dos estudantes é se descolar da base que se pretende representar; é perder legitimidade.
A atual Diretoria questiona, agora, se ainda vale a pena participar de um fórum que a ela se fechou. Independentemente do que se decida, porém, o CAVC segue e seguirá firme. Os alunos da FEA-USP sempre serão bem-representados.
Centro Acadêmico Visconde de Cairu
Por Reinaldo Azevedo
REV VEJA

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