Os adversários do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) continuam a fazer uma espécie de propaganda política gratuita pra ele
Por Reinaldo Azevedo
Já escrevi um texto a respeito. Num discurso contra os chamados “kits gays” criados pelo Ministério da Educação — de fato, eram puro lixo pedagógico —, Bolsonaro sugeriu que a presidente Dilma pudesse ser homossexual. Ela não é, e todo mundo sabe disso. Leiam o que informa o Estadão Online. Volto depois.
*O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), condenou hoje as declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que questionou a sexualidade da presidente Dilma Rousseff na quinta-feira, 24, em plenário. “Ele não pode extrapolar da forma que ele extrapolou desta vez e mais uma vez”, criticou o petista.
Maia avisou que se o processo por quebra de decoro parlamentar contra Bolsonaro chegar às suas mãos será encaminhado para a Corregedoria da Casa.
Bolsonaro criou nova polêmica ao falar sobre a inclusão do combate à homofobia nos currículos escolares e acrescentar no discurso que “o kit gay não foi sepultado ainda.
Dilma Rousseff, pare de mentir.
Se gosta de homossexual, assume.
Se o teu negócio é amor com homossexual, assuma.
Mas não deixe que essa covardia entre nas escolas de 1º grau”.
Durante almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo, Maia defendeu que o homem público tenha “o direito de falar o que pensa, mas cabe sempre passar o bom exemplo”.
“Precisamos ter uma atuação afirmativa para termos boas práticas de convivência social. Toda prática de segregação tem que ser banida. E ele extrapolou e tem sido desrespeitoso com as pessoas, e agora com a presidenta Dilma Rousseff”.
Voltei
Estamos diante do que eu chamaria “Paradoxo do Orgulho Gay”.
Se Dilma fosse, Bolsonaro não estaria dizendo, então, nenhum absurdo; como ela não é, resta a suposição de que ele, ao fazer tal ilação, tentou degradá-la.
Mas os que vêem tal viés na fala do parlamentar são os mesmos que se dizem defensores dos gays, reafirmando justamente a sua condição não-degradante, causa de orgulho.
Qual seria a saída para “punir” Bolsonaro?
Crime de calúnia, ele não cometeu. Ser gay não é ilegal e, pois, o deputado não inferiu que a presidente teria cometido um crime.
Restaria “injúria” ou “difamação”, mas, nesse caso, o único discurso possível para condenar Bolsonaro é essencialmente hipócrita:
“Nós achamos que ser gay não rebaixa ninguém, mas sabemos que Bolsonaro acha que sim! Pedimos, então, que ele seja punido em nome dos seus próprios valores, não em nome dos nossos. Afinal, somos aqueles que consideram que ser gay é motivo de orgulho”.
É o samba-do-politicamente-correto-doido.
É provável que a própria presidente Dilma esteja a pensar: “Quanta bobagem!”
PS - Ah, sim: havendo falha lógica no que escrevo, gotaria de ser infomado. Apenas me insultar não muda os fatos.
DO RESIST.DEMOCRATICA
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