sábado, 1 de outubro de 2011

PM do Rio – “Abuso de autoridade, lesão corporal, constrangimento ilegal, prevaricação, maus-tratos, tortura, homicídio e violência à mulher”. Essa é a ficha de Oliveira. Mesmo assim, Beltrame e Duarte lhe deram um batalhão!!!

A VEJA desta semana não traz reportagem só sobre os “bandidos de toga”. Também trata dos “bandidos de farda” da Polícia do Rio de Janeiro. Na semana passada, Mário Sérgio Duarte, então comandante-geral da PM, pediu demissão. Sentiu-se a tanto compelido depois que Cláudio Silva de Oliveira, comandante do batalhão de São Gonçalo, foi preso como o mandante da morte da juíza Patrícia Acioli. Os dois foram companheiros no famoso Bope (Batalhão de Operações Especiais), que carrega a fama de incorruptível.
A notícia da demissão de Duarte transita num estranho limo. Ninguém o considera ligado a esquemas de corrupção — há até certa propensão para aplaudi-lo —, mas também não se consegue explicar logicamente a sua saída. Em carta, atuando para livrar a cara do secretário de Segurança, o midiático José Mariano Beltrame, o militar disse que deixava o cargo porque a promoção de Oliveira ao comando de São Gonçalo era de sua inteira responsabilidade.
Pois é… Leia reportagem de Leslie Leitão na VEJA desta semana, que teve acesso a detalhes da investigação da morte da juíza. Tanto Duarte, o que se demitiu, como Beltrame, o que ainda não se demitiu, receberam alentados informe da PM sobre as ações suspeitas de Cláudio Silva de Oliveira. Sua ficha não era das melhores: abuso de autoridade, lesão corporal, constrangimento ilegal, prevaricação, maus-tratos, tortura, homicídio e violência à mulher…
Mesmo assim, Duarte e Beltrame lhe deram o comando de um batalhão. Duarte saiu. Beltrame ficou. Se Duarte sai por bons motivos, lamento constatar que Beltrame fica por maus.
Por Reinaldo Azevedo

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