Documentos mostram que o Ministério do Esporte considerava irregular o projeto tocado pelo policial João Dias Ferreira, delator de esquema de desvios na pasta, quando o ministro Orlando Silva reduziu as contrapartidas para que ele fizesse um segundo convênio
FILIPE COUTINHO
FERNANDO MELLO
FOLHA DE BRASÍLIA
O ministério fez visita técnica ao projeto do João Dias em março de 2006, e conclui que as irregularidades não tornavam o programa "inviável", nas palavras da própria pasta. FERNANDO MELLO
FOLHA DE BRASÍLIA
"Entende-se pela inviabilidade de concessão de novo prazo de vigência, por não se vislumbrar possiblidade concreta de saneamento das impropriedades identificadas e do atendimento integral do objeto pactuado", escreveram os técnicos.
Em abril de 2006, a Secretaria de Esporte Educacional referenda a visita técnica e decide por indeferir o pedido de prorrogação da ONG de João Dias.
Em julho de 2006, Orlando Silva reduz a contrapartida para que a segunda ONG do policial participe do programa, o que viabilizou o convênio.
A parceria foi efetivada em outubro daquele ano.
Ou seja, o ministério já sabia que o policial havia desviado dinheiro quando o ministro Orlando reduziu as exigências para que ele fizesse um segundo convênio.
Segundo a assessoria de Orlando, o ministro seguiu a recomendação favorável da área técnica para reduzir a contrapartida.
Editoria de Arte/Folhapress
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