sábado, 6 de agosto de 2011

Uma sombra atrás de Lula.

Não, Lula não é uma sombra atrás de Dilma. É exatamente o contrário. A sombra é Dilma. A foto que ilustra a capa do Estadão foi feita ontem, logo após a demissão de mais um ministro, de uma crise abortada junto aos militares e de sinais muito claros de que a base aliada está rachada. A foto é emblemática e repete a mesma estratégia da campanha que elegeu o poste: Dilma é Lula e nada mais. O jogo que está sendo jogado não diferencia mais oposição de base aliada, ou vice-versa. Se trata de tornar o PT um partido hegemônico. Lula volta em 2014 para ficar até 2022. E para, depois, colocar no seu lugar quem ele bem entender e que será, obviamente, um político fabricado do PT, um PT cada vez mais dono dos postos-chave do estado brasileiro. A nomeação de Celso Amorim para o Ministério da Defesa é um sinal muito claro de que quem manda é Lula. Que Dilma é apenas uma sombra atrás dele. Se os políticos brasileiros querem essa realidade para o Brasil, que continuem pensando o país pelo varejinho das conveniências. Assim como Nelson Jobim e como Alfredo Nascimento, chegará a hora de cada um levar um pontapé nos fundilhos. A capa do Estadão não deixa dúvida. O Brasil não precisará dos políticos por muito tempo. Lula volta para ficar até 2022. A não ser que oposição e base aliada se unam para quebrar a espinha do monstro. A hora é agora. Depois será tarde demais, pois só haverá espaço para os que estiverem com ele ou contra o país. Já não foi assim? 
DO B. DO CEL

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