Por Isabel Braga e Adauri Antunes Barbosa, no Globo:
Após ser criticado por ter chamado, em sua biografia, o ex-deputado Ulysses Guimarães de “político menor”, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), voltou a ser alvo de condenações pelo artigo publicado nesta sexta-feira no jornal “Folha de S. Paulo”. No texto, Sarney diz que, sem o Plano Cruzado, teria sido deposto da Presidência. Também afirmou que o plano foi “a primeira grande redistribuição de renda do Brasil”. E que em seu governo o Plano Real já estava idealizado, mas não foi implementado por falta de “condições políticas”.
Após ser criticado por ter chamado, em sua biografia, o ex-deputado Ulysses Guimarães de “político menor”, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), voltou a ser alvo de condenações pelo artigo publicado nesta sexta-feira no jornal “Folha de S. Paulo”. No texto, Sarney diz que, sem o Plano Cruzado, teria sido deposto da Presidência. Também afirmou que o plano foi “a primeira grande redistribuição de renda do Brasil”. E que em seu governo o Plano Real já estava idealizado, mas não foi implementado por falta de “condições políticas”.
Para o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO), Sarney quer rever a História de um plano econômico terrível: “É uma tentativa revisionista. O Cruzado foi uma ilusão terrível, uma maneira que se encontrou de eleger governadores peemedebistas e políticos governistas. Encerradas as eleições, vieram os reajustes. Um plano equivocado, mal construído, um fiasco, um estelionato econômico e eleitoral contra a população e a nação brasileira”.
Tucano diz que plano Cruzado foi eleitoreiro
O líder do DEM afirmou que o Plano Cruzado dificultou a busca pela estabilidade econômica, e não o contrário, como defende Sarney no artigo: “Ele deveria é reconhecer que foi levado ao erro por economistas demagogos e não ficar enaltecendo um engodo. Para consertar o erro, foi preciso a política econômica feijão com arroz do Mailson da Nóbrega, que deu fundamentos para a estabilidade. Foi a parte responsável do governo Sarney.”
O líder do DEM afirmou que o Plano Cruzado dificultou a busca pela estabilidade econômica, e não o contrário, como defende Sarney no artigo: “Ele deveria é reconhecer que foi levado ao erro por economistas demagogos e não ficar enaltecendo um engodo. Para consertar o erro, foi preciso a política econômica feijão com arroz do Mailson da Nóbrega, que deu fundamentos para a estabilidade. Foi a parte responsável do governo Sarney.”
O líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), disse que o Cruzado foi um plano eleitoreiro:”Aquilo foi um estelionato eleitoral, serviu para eleger governadores do PMDB. Não tem a mínima comparação com o Real, nem na concepção, nem nos fundamentos econômicos e, sobretudo, nos resultados”.
Para especialista, Sarney tenta mudar História
O historiador Marco Antonio Villa, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), também criticou Sarney: “Sarney está criando um passado que não existe, criando um marimbondo de fogo histórico. Confesso que fiquei enojado com esse artigo. O artigo esconde o fracasso do Plano Cruzado e de seu governo porque tenta se apropriar do sucesso dos outros. É um estelionato histórico.” Para o professor da UFSCar, Sarney “delira” quando afirma que poderia ter sido deposto:”Isso não existe. É um delírio. Em 1986 não havia nenhuma mobilização, nenhum movimento militar. E um ano antes já havia sido convocada a Assembleia Nacional Constituinte. Não havia nenhum clima golpista.” Aqui
O historiador Marco Antonio Villa, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), também criticou Sarney: “Sarney está criando um passado que não existe, criando um marimbondo de fogo histórico. Confesso que fiquei enojado com esse artigo. O artigo esconde o fracasso do Plano Cruzado e de seu governo porque tenta se apropriar do sucesso dos outros. É um estelionato histórico.” Para o professor da UFSCar, Sarney “delira” quando afirma que poderia ter sido deposto:”Isso não existe. É um delírio. Em 1986 não havia nenhuma mobilização, nenhum movimento militar. E um ano antes já havia sido convocada a Assembleia Nacional Constituinte. Não havia nenhum clima golpista.” Aqui
REV. VEJA
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