quarta-feira, 6 de julho de 2011

Obras públicas 45% mais caras que o valor originalmente contratado turbinam os mensalões


O crime organizado, parceria entre corruptos e servidores do Estado, comanda as empreitadas públicas. Todas as 250 grandes obras realizadas no País tiveram um aumento de preço médio de 45% em relação ao orçamento originalmente contratado – que já pode estar superfaturado, na maioria dos casos. A constatação foi da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. Os chamados “termos aditivos aos contratos”, sejam de obras ou de serviços, são as fontes do manjado mensalão.

O novo alvo das falcatruas são as obras de infraestrutura aeroviária para a Copa da FIFA de 2014 e a Olimpíada de 2016. O governo Dilma Rousseff – cuja marketagem tenta pintar como uma paladina anti-corrupção - pretende estender a todos os aeroportos do país as regras diferenciadas de licitações. Todo os esquemas ligados a aeroportos, há anos, são coordenados pelo ex-ministro Antônio Palocci Filho – que agora atua nas sombras do governo. O PMDB – e as empreiteiras amigas – são parceiros no esquema.

Dilma deve enviar ao Congresso uma MP específica para as obras aeroportuárias. A intenção é arranjar uma maneira de esconder do público os valores que o governo pretende gastar em cada obra até o final do processo de licitação. No caso dos aeroportos, as obras esconderiam o dinheiro público que será investido para prepará-los para uma posterior concessão ou privatização.

O esquema é altamente lucrativo para o crime organizado. As empreiteiras ganham nas obras antes. Faturam depois mais ainda, com os consórcios formados para as concessões. E repassa uma “participação” nos negócios aos políticos, de duas formas. Ou na campanha eleitoral, via doações legalizadas. Ou na forma de contratações de consultorias fajutas, nas quais “laranjas” são usados para remunerar os políticos.
DO ALERTA TOTAL

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