Aconteceu com Lula, Dilma sucede a Lula, e agora começa a acontecer com ela também. A fórmula é muito simples e, se deu certo uma vez, pode dar certo de novo. Primeiro, você tenta manter a “agenda positiva”, criando através dos meios de comunicação um clima de euforia artificial. Se o PT fizer o que o PT sempre faz (e eles fizeram de novo), é só partir para a segunda etapa: esfregar na cara dos críticos a “popularidade” de Dilma, transformando a vida do país numa grande competição ao estilo Big Brother Brasil.
O governo Dilma começou em “alta” na mídia, o que era de se esperar: nada melhor do que carnaval para fazer negócios e ganhar dinheiro no Brasil. Dilma era, então, para boa parte da grande imprensa, dos jornais e da TV, “ainda melhor que Lula”: mais discreta, mais técnica, focada em gestão e ignorando disputas ideológicas sem sentido.
Funcionou bem até que as habituais ganância (Palocci), incompetência (inflação) e compromissos ideológicos (gays, Battisti, Chávez) colocaram o “prestígio” precoce abaixo.
Agora, os jornais alinhadíssimos com o governo (como a Folha de S.Paulo) lançam mão da mesma estratégia vitoriosa com Lula, alegando levianamente que não há incompetência e venalidade que possa bater o bom e velho populismo latino-americano.
A vergonha converte-se facilmente em cinismo: Não adianta falarem mal do governo, olha como a Dilma continua popular! É uma máquina perversa que se autoalimenta e transforma jornalistas em publicitários com um objetivo bem definido: quanto mais se fala da popularidade, mais ela cresce, até chegar aos 100% de aprovação.
Então, é bom nos acostumarmos – a Folha já deu a manchete que repetirá invariavelmente até 2014: Proximidade com Lula mantém aprovação de Dilma, revela Datafolha (http://www1.folha.uol.com.br/ multimidia/videocasts/928698- proximidade-com-lula-mantem- aprovacao-de-dilma-revela- datafolha.shtml). Vai ser assim até a próxima eleição presidencial.
Não importa a quantidade de vexames ou a profundidade do buraco no qual o PT pretende enfiar o país inteiro para manter seu projeto de poder e “fazer negócios” entre seus pares aqui e lá fora. A questão, definitivamernte, não é essa. Não é um jogo de certo e errado, e sim um jogo de esconder. Se o povo não sabe de nada, então está tudo bem. É a publicidade, estúpido.
No grande BBB em que a política se transformou, o verdadeiro “paredão” é reservado aos cidadãos comuns. Dilma – e o PT – têm imunidade, garantida pela imprensa. Vamos ver até onde o Brasil aguenta.
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