Quem achava que o conto de fadas do filho do Brasil e da primeira presidenta já tinha chegado ao seu final feliz, enganou-se.
Essa história emocionante não para de nos proporcionar desfechos surpreendentes.
A reabilitação política do nosso Delúbio, o heróico sobrevivente do mensalão, não foi nada. A FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação, acaba de anunciar seu novo diretor-geral: o brasileiro José Graziano.
Graziano ficou conhecido como uma das figuras mais badaladas do início do governo Lula. Era o responsável pela implantação do famoso programa Fome Zero, idealizado para ser o carro-chefe do governo popular.
O programa foi muito bem sucedido na missão de fazer chegar a todos os brasileiros o slogan Fome Zero.
O único problema do genial plano de José Graziano foi a constatação de que ele era inexeqüível.
Talvez por esse detalhe, Graziano tomou posse com Lula em 2003 e em 2004 já não era mais ministro.
E não foi mais nada nos oito anos de governo Lula, continuando a não ser nada no nascente governo Dilma. Como se vê, as credenciais do professor Graziano com seu Fome Zero permaneceram decisivas ao longo dos anos. Nem o Ministério da Pesca lhe foi oferecido.
E eis que a FAO elege José Graziano seu diretor-geral. Quem destacou as razões da escolha, em nota oficial, foi sua própria madrinha, Dilma Rousseff. Eis o atributo principal:
“Sua reconhecida contribuição na formulação da bem-sucedida estratégia governamental de assegurar o direito dos povos à alimentação”.
Ou seja: José Graziano vai dirigir o braço da ONU para a alimentação do mundo com base na experiência do Fome Zero – o programa imaginário que o próprio Lula jamais ousou voltar a mencionar em seus inúmeros palanques.
Moral da história: companheiro que está no sereno – não perca as esperanças! O governo popular trabalha, dia e noite, por uma boquinha para você.
Ou até, quem sabe, uma bocarra.
E viva o grande banquete das Nações Unidas, onde os amigos dos amigos nunca passam fome.
DO B. RESISTENCIA DEMOCRATICA
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