segunda-feira, 27 de junho de 2011

Fome dois ponto zero

Quem achava que o conto de fadas do filho do Brasil e da primeira presidenta já tinha chegado ao seu final feliz, enganou-se.

Essa história emocionante não para de nos proporcionar desfechos surpreendentes.

A reabilitação política do nosso Delúbio, o heróico sobrevivente do mensalão, não foi nada. A FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação, acaba de anunciar seu novo diretor-geral: o brasileiro José Graziano.

Graziano ficou conhecido como uma das figuras mais badaladas do início do governo Lula. Era o responsável pela implantação do famoso programa Fome Zero, idealizado para ser o carro-chefe do governo popular.
O programa foi muito bem sucedido na missão de fazer chegar a todos os brasileiros o slogan Fome Zero.

O único problema do genial plano de José Graziano foi a constatação de que ele era inexeqüível.

Talvez por esse detalhe, Graziano tomou posse com Lula em 2003 e em 2004 já não era mais ministro.

E não foi mais nada nos oito anos de governo Lula, continuando a não ser nada no nascente governo Dilma. Como se vê, as credenciais do professor Graziano com seu Fome Zero permaneceram decisivas ao longo dos anos. Nem o Ministério da Pesca lhe foi oferecido.

E eis que a FAO elege José Graziano seu diretor-geral. Quem destacou as razões da escolha, em nota oficial, foi sua própria madrinha, Dilma Rousseff. Eis o atributo principal:

“Sua reconhecida contribuição na formulação da bem-sucedida estratégia governamental de assegurar o direito dos povos à alimentação”.
Ou seja: José Graziano vai dirigir o braço da ONU para a alimentação do mundo com base na experiência do Fome Zero – o programa imaginário que o próprio Lula jamais ousou voltar a mencionar em seus inúmeros palanques.

Moral da história: companheiro que está no sereno – não perca as esperanças! O governo popular trabalha, dia e noite, por uma boquinha para você.
Ou até, quem sabe, uma bocarra.

E viva o grande banquete das Nações Unidas, onde os amigos dos amigos nunca passam fome. 

DO B. RESISTENCIA DEMOCRATICA

Nenhum comentário:

Postar um comentário