A Itália pediu ontem às autoridades brasileiras que ativem uma Comissão de Conciliação, prevista nos acordos bilaterais entre os dois países, para examinar a discussão em torno da recusa do Brasil de extraditar o militante Cesare Battisti. "Por ordem do ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, a embaixada da Itália em Brasília pediu formalmente às autoridades brasileiras a ativação da comissão permanente de conciliação", indicou o ministério italiano. A comissão terá três opções: tentar encontrar uma solução por via diplomática, empreender um processo de conciliação ou, em última instância, recorrer ao Tribunal Internacional de Justiça de Haia, encarregado de resolver conflitos entre Estados.
Em seu comunicado, a chancelaria italiana recorda que Roma está decidida a "empreender todas as iniciativas suscetíveis de obter uma revisão da decisão tomada [pelo Brasil] de confirmar a negativa de extraditar Cesare Battisti". No último dia 10, depois da decisão da Justiça brasileira de libertar o terrorista, a Itália convocou para consulta seu embaixador no Brasil. Battisti foi condenado, na Itália, por quatro assassinatos. O caso se arrastava nos tribunais brasileiros desde que ele foi detido no Rio, em março de 2007.
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