As declarações foram dadas no seminário Sustentar 21, promovido pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O evento, que é parte das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), discutiu, além das políticas de saneamento, outras medidas para o desenvolvimento sustentável no País.
De acordo com o consultor, a expectativa de investimento na área de saneamento hoje fica limitada às obras do PAC. “Praticamente não existem recursos das empresas de saneamento estatais estaduais e municipais para o investimento no setor”, informou. Segundo ele, a preocupação dessas companhias hoje está em manter a máquina administrativa. “Nenhuma delas têm capacidade de investir na ampliação das redes”, disse.
Chieli defende que sejam utilizados mecanismos previstos na Lei 11.445/07, que estabelece diretrizes básicas para o saneamento básico, para buscar alternativas locais de investimento. A lei prevê a formulação do Plano de Saneamento Básico e a universalização do acesso. O consultor disse que o Produto Interno Brasileiro poderia aumentar em R$ 2 bilhões, caso essa universalização se concretizasse.
Porém, Chieli destacou que, após quatro anos de aprovação da Lei 11.445/07, ainda está sendo iniciada a sua implementação efetiva. “As premissas legais básicas ainda não estão sendo cumpridas”, disse. Conforme o consultor, os municípios começam a elaborar planos municipais de saneamento.
O especialista defende a criação de agências reguladoras municipais para o setor, para fiscalizar o setor em âmbito local e dialogar diretamente com a comunidade. Além disso, ele considera necessária a elaboração de planos estaduais de saneamento, para prever o uso das bacias hidrográficas. “Precisamos enquadrar a gestão de cada município no plano estadual de uso das bacias”, afirmou.
Situação atual
Segundo Chieli, 57% da população brasileira ainda não possui coleta de esgoto (dado de 2008). Ele acrescentou que 25% a 30% dos municípios brasileiros não têm sistemas de coleta, captação e distribuição de água. Além disso, o Brasil é o 9º colocado no ranking mundial “da vergonha”, com 13 milhões de habitantes sem acesso a banheiro (dado da OMS/Unicef). “A cobertura de saneamento no Brasil não condiz com um País que aspira ter um destaque global”, destacou.O consultor nota, porém, que hoje as comunidades carentes estão mais conscientes sobre a importância das políticas de saneamento. Segundo ele, aos poucos está sendo mudada a visão de que obras de saneamento não dão voto aos políticos. “As políticas para o saneamento são parte essencial das políticas para a saúde, consideradas prioritárias pela população.”
O presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Giovani Cherini (PDT-RS) considerou a questão grave. Mas, para o parlamentar, a principal tarefa hoje, na área de meio ambiente, é a educação ambiental. Ele informou que 70% dos municípios brasileiros não separam o lixo.
Segundo o deputado, isso piora a situação dos trabalhadores que vivem do lixo. “No Brasil, são 300 mil brasileiros que vivem no lixo e do lixo”, destacou. Cherini lembrou ainda que a usina nuclear de Angra 2 não tem licença ambiental. “Espero que alguém, com a competência devida, tome alguma iniciativa em relação a isso. Ninguém ainda teve coragem de fechar a usina.”
Economia sustentável
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, destacou que a prioridade do ministério é a construção uma economia de baixo carbono e sustentável. “Uma economia de baixo carbono significa uma revolução nos moldes da revolução industrial do século 19”, disse. Segundo ele, a agenda ambiental é estratégica para o desenvolvimento dos países. “Precisamos de marco regulatório que permita à economia fluir, mas com preocupação com a preservação do meio ambiente”, afirmou.Gaetani rechaçou dualidades como “preservação x desenvolvimento” e “preservação x erradicação da pobreza”. “O que mais preserva é o uso, o manejo, de forma sustentável”, ressaltou. De acordo com o secretário, é importante que a atividade de preservação ambiental trabalhe com políticas de incentivo para o sustento das populações. Mas, para isso, é necessário o uso das tecnologias adequadas e o trabalho de educação ambiental. “Preservação não significa intocabilidade”, completou.
DO UOL.NOTICIAS
Este é o pais dos sonhos do sebento 51, o pais do atraso, das drogas, da corrupçao, das estradas ferrovias aeroportos e portos sucateados, do kit gay, da matemática 10-7=4 e 16-8=6, de battisti, dos hospitais sem médicos e sem recursos materiais, do salario minimo de 545,00, de bombeiros presos e assassinos soltos, de incompetencia inercia e imoralidade.
ResponderExcluir