A presidente Dilma Rousseff e ministros do governo se encontraram ontem com Antonio Palocci (Casa Civil) para ouvi-lo sobre o aumento de seu patrimônio e traçar estratégia para blindá-lo. A reunião foi no Palácio da Alvorada. Palocci, Guido Mantega (Fazenda) e José Eduardo Cardozo (Justiça) foram chamados para discutir a crise em torno do chefe da Casa Civil. A avaliação é que o episódio levou o governo a um desgaste que já dura seis dias. Motivo: o petista é o único articulador político com poder e acesso ilimitado ao gabinete presidencial. O ministro chegou ao palácio na manhã de ontem, só saindo de lá no início da noite. (Folha de São Paulo)
...............................................................................Opinião: Dilma Rousseff está trazendo, pela primeira vez, aberta e pessoalmente, este vergonhoso escândalo para dentro do seu governo. Ao fazer a gestão de uma crise que até então era pessoal de Palocci, a presidente da República sugere, com o seu gesto, que pode ter havido uma orientação de partido ou da campanha presidencial para as atividades secretas e suspeitas de Palocci . Conhecendo-se o PT, é dever de cada brasileiro desconfiar de que isso possa ter acontecido. Afinal de contas, o PT criou o Mensalão . O tesouro escondido do Palocci pode ser uma variação mais sofisticada de remuneração não mais de adversários, mas de membros da cúpula do partido. Uma espécie de Mensalão interno. O governo, a não ser por ser parte, não tem porque blindar Palocci. Ao contrário, Dilma Rousseff deveria exigir que ele desse explicações e comprovasse a origem do seu dinheiro, para não correr o risco de enlamear a sua gestão. Fazendo o contrário, Dilma e o seu governo podem estar sinalizando que são cúmplices de ilegalidades. Pior ainda: os mandantes. Estão permitindo que o país pense que existe uma quadrilha, muito pior do que a do Mensalão, assaltando os cofres públicos sob a proteção das autoridades.
DO BLOG DO CEL
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