quinta-feira, 7 de abril de 2011

Você viu o furacão por aí? Destruição de ponta a ponta...

O Piauí não sofreu um terremoto seguido de um tsunami, como o que arrasou recentemente o Japão, mas andou bem perto. Quem conheceu o Estado há dez anos não terá dificuldade em identificar que um verdadeiro furacão passou por aqui, deixando um rastro de destruição de ponta a ponta.

Em Teresina, foram destruídos, por exemplo, o Parque Poticabana e o Centro de Convenções. O ginásio de esportes Verdão está interditado, bem assim o Theatro 4 de Setembro. A Cidade Detran, em torno do Albertão, virou uma Cidade Fantasma. E por falar em Albertão, o estádio também foi interditado, só sendo reaberto recentemente, depois de passar por uma reforma meia-sola.

O Piauí registrou em 2009 a maior tragédia de sua história, o rompimento da barragem de Algodões, em Cocal. A barragem rompeu em decorrência do descaso do governo, provocando terror, mortes, destruição e muitos prejuízos. Ninguém foi punido ou responsabilizado pela tragédia que poderia ter sido evitada.

De Norte a Sul do Estado, os apagões se sucedem diariamente, com incalculáveis prejuízos para a população. A má qualidade da energia vem atravancando o desenvolvimento do Piauí. Qual é a empresa de grande porte que se interessa em se instalar em um Estado que não possui sequer energia elétrica?

E as estradas? Muitos quilômetros foram feitos, nos últimos oito anos, apenas com objetivos eleitoreiros. A maioria dessas estradas já está em petição de miséria, cheia de buracos, oferecendo perigos constantes para os motoristas. Em muitas delas, as obras de recuperação foram abandonadas antes da conclusão dos trabalhos.

E o que dizer da rede estadual de saúde? Os hospitais do interior, em sua esmagadora maioria, estão em situação caótica, conforme atestam auditorias do próprio Ministério da Saúde e inspeções feitas in loco pelas entidades médicas. E as escolas? E a Uespi? E a segurança pública? Em muitas delegacias, a polícia não dispõe nem de telefone para suas operações.

Não bastasse, o Governo do Estado deve uma fábula a empreiteiros, fornecedores e prestadores de serviço. Se tudo isso não tem a dimensão dos danos provocados por um terremoto, ou por um tsunami, com certeza se assemelham aos estragos provocados por um furacão.

Não foi sem razão que servidores estaduais preferiram passar os últimos anos fora do Piauí, no exterior, recebendo seus salários sem trabalhar...
ZÓZIMO TAVARES-180GRAUS-PI

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