quarta-feira, 27 de abril de 2011

Que ética esperar desse conselho?




Veja Online
Após escapar de cinco representações com pedido de cassação em 2007, Renan Calheiros é um dos componentes do grupo que vai analisar decoro

O senador sem voto Gim Argello chegou ao Senado como suplente e assumiu a vaga de Joaquim Roriz, que renunciou para fugir à cassação. Como relator da mais poderosa comissão do Congresso, usou o Orçamento da União para mandar dinheiro público para a família. Depois de denunciado por VEJA, em novembro do ano passado, acabou renunciando ao cargo de relator - Moreira Mariz/Agência Senado

O senador João Alberto Souza (PMDB-MA) foi eleito presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado na tarde desta quarta-feira, tendo Jayme Campos (DEM-MT) como vice. Ele comandará um conselho composto por alguns figurões cuja imagem passa longe da ética e do decoro, como Renan Calheiros (PMDB-AL), amigo do novo presidente.

O colegiado estava incompleto há dois anos, quando o processo contra o atual presidente da casa, José Sarney, foi arquivado, e volta a funcionar com a possibilidade de analisar o caso do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que tomou o gravador de um repórter por ter se incomodado com suas perguntas.

Na lista de 15 titulares do grupo que tem como função “advertir, censurar, suspender ou determinar a perda de mandato por quebra de decoro dos parlamentares”, o que não falta é ficha suja. Renan Calheiros sai na frente. Em 2007, o conselho colecionou cinco representações contra ele. 

Um dos motivos foi a revelação, por VEJA, de que a amante dos enador, com quem ele tem uma filha, recebia mesada de uma empreiteira. Entre as outras denúncias, estão a de tráfico de influência e a compra de uma emissora de rádio no nome de um laranja. Quando Renan renunciou à presidência do Senado, as acusações foram esquecidas.

Outra figura nada inocente que consta na lista de conselheiros é Gim Argello (PTB-DF), que era cotado para a vice-presidência. Herdeiro da vaga de Joaquim Roriz, que renunciou para fugir de uma cassação, o petebista foi relator do Orçamento em 2010 e teve de sair pela porta dos fundos quando foi acusado de desviar verbas de emendas para entidades fantasmas.

O coeso grupo conta ainda com Romero Jucá (PMDB-RR), que, em 2005, renunciou ao Ministério da Previdência ao tornar-se suspeito de ter recebido propina, e Lobão Filho (PMDB-MA), que tem pai ministro de Minas e Energia e foi réu em processo por estar envolvido na criação de uma emissora de TV clandestina no Maranhão e acusado de ser sócio oculto de uma distribuidora de bebidas que sonegava impostos.
DO MOV. ORDEM VIG.CONTRA CORRUPÇÃO

Um comentário:

  1. Meu Deus!!! em que mundo estamos vivendo será que eles imaginam que o povo é burro não sabe de nada que acontece em torno dele ou esta gente é tão imoral que não importa de saber o que todos pensam deles...

    ResponderExcluir