terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

José Agripino, o homem que construiu Dilma, pode destruir o DEM? Por um Aécio?


Dilma Rousseff surgiu no cenário político quando José Agripino Maia(DEM-RN) fez a observação infeliz no depoimento da atual presidente no Senado, na condição de gerente-geral da operação do dossiê contra Fernando Henrique Cardoso e Ruth Cardoso. Ao sugerir que Dilma estava mentindo como teria declarado que mentia em interrogatórios, o senador deu a oportunidade para que a ré virasse vítima e que uma ex-terrorista e ex-guerrilheira se transformasse em heroína. Ali Dilma pode sacramentar a estória sem testemunhas e sem marcas de que foi brutalmente torturada e blá blá blá, ante o silêncio constrangedor do senador. Está no youtube. 

Ontem o senador Agripino almoçou com Jorge Konder Bornhausen e Marco Maciel, fundadores do PFL e do DEM, que deram a ele uma última proposta para manter a unidade da sigla. Aceitam a sua indicação como presidente, desde que a Executiva do partido continue a mesma. Ou todos se desfiliam e seguem em frente.  Está na hora do senador Agripino colocar a mão na consciência e não colocar mais uma marca na sua biografia. Já construiu Dilma Rousseff, no momento mais infeliz da sua carreira política. Que não destrua o DEM. Não há Aécio que valha este preço.

Da Folha de São Paulo:

Aliados do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, deram ontem um ultimato ao comando do DEM.Um dia após jantar com o prefeito, fixaram o dia de amanhã como prazo para a costura de uma chapa única para a direção do partido. Do contrário, deixarão a sigla. Como o clima é de beligerância, o gesto foi recebido como sinal de que, diante do risco de derrota, o grupo prepara o desembarque. Em almoço em São Paulo, o ex-senador Jorge Bornhausen (SC) avisou ao líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), que se desfiliará se não prosperar o acordo. Ao seu lado, estava o ex-vice-presidente Marco Maciel.

"Minha contribuição [ao partido] acaba hoje. Se não construirmos um acordo até quarta [amanhã], encerro minha participação. Não adianta tentar por mais um mês", disse Bornhausen, cuja saída pavimentaria a adesão do governador Raimundo Colombo (SC) à base governista.Apoiado pela atual direção para a presidência do DEM, Agripino explica que o grupo pediu resposta já para avaliar seu futuro um mês antes da eleição do partido. O grupo apresentou uma proposta de difícil aceitação como condição de permanência. Pela ideia de Bornhausen, o grupo apoiaria a eleição de Agripino, abrindo mão do nome de Maciel, desde que a Executiva fosse mantida como está.

A proposta será submetida hoje ao líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), mas deverá ser vetada pelos 17 novos deputados que reivindicam espaço. "Propostas podem ser aprimoradas", justificou Agripino. O atual comando do DEM até admite compor com a ala kassabista, contanto que tenha garantia de que Kassab sairá sozinho do partido. "Vou lutar pela unidade", disse ACM Neto. Na véspera, no jantar, Kassab reafirmou a disposição de deixar o DEM. Mas manifestou hesitação sobre o melhor instrumento jurídico.

DO COTURNO NOTURNO

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