Matheus Viana - Revista Profecia
Três milhões e seiscentos mil reais. Este é o montante que o PT espera arrecadar no primeiro ano do governo Dilma Rousseff, de acordo com a previsão feita pelo tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a receita é oriunda de contribuições de parlamentares e ocupantes de cargos de confiança filiados ao partido. O porcentual, que varia de 2 a 20%, é cobrado de acordo com o cargo e o valor do salário.
Esta espécie de “pedágio partidário” é contestada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2005. Conforme informa o Estado, o TSE considera ilegal a contribuição por parte de ocupantes de cargos de confiança no serviço público. Mesmo assim o estatuto do PT a descreve como obrigatória. A reportagem ainda informa que a arrecadação deste ano aumentou em aproximadamente 700% em relação ao ano de 2002, primeiro ano do mandato do PT.
Erro de digitação? Claro que não. Embora exorbitante, o dado é real. A “contribuição”, além do caráter obrigatório, determina que os inadimplentes estão sujeitos à expulsão do partido. É a comprovação de que a política não passa de um rentável e lucrativo negócio. Eleger candidatos e nomear militantes não é nada diferente de vender um produto – literalmente falando.
Não seria isso uma espécie de mensalão? Ah, não! O “papa” do PT, quando era presidente da República, não sabia nada sobre isto. Dar um caráter “mensaleiro” à “contribuição” petista é considerado heresia. Pois é...
Algo importante a ser observado é o modo soviético de arrecadação: contribui ou é expulso do partido. Uso do método comunista em que o partido faz o papel do Estado, a cúpula faz o papel de seus artífices, e os militantes que ocupam cargos públicos dos comunas. Quem verdadeiramente ganha com todo isso? A cúpula partidária. O restante é apenas massa de manobra, embora pense que desempenha um papel importante na estratégia. Na verdade não deixa de ser. Como diz meu avô: é a existência do bobo que garante a sobrevivência do malandro.
Agora podemos entender um pouco do embate entre o PT e o PMDB por pastas ministeriais e cargos na bancada. Menos cargos, menos renda. Além, é claro, do esforço para aumentar os salários dos parlamentares em quase 62%. Isso me faz lembrar da citação que li certa vez: "O que está escrito na porta do inferno é "It's all about money" [É tudo pelo dinheiro]”. Verdadeira ou falsa, esta afirmação define o Congresso Nacional e a política brasileira como um todo. Algo que comprova a veracidade das Sagradas Escrituras quando diz: “O coração do homem é enganoso, desesperadamente corrupto, quem o conhecerá”. (Jeremias 17:9).
Por mais que pensemos ter noção da corrupção engendrada no âmago da política, não temos a mínima. O que ocorre em seus bastidores está a anos-luz de distância de nosso conhecimento, mas basta alguns fragmentos para nos indignarmos e a desesperança vir à tona. Todavia, em ano eleitoral tudo isso cai no esquecimento da população e, como brada Lula, “a luta continua”.
Peguei esta do LIBERTATUM.
Peguei esta do LIBERTATUM.
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