segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Isso é que é herança, o resto é resto!


Editado por Andréa Haddad em 17/01/2011 às 16:04 hs.
(Giulio Sanmartini) Os despautérios feitos e ditos por Luiz Inácio Lula da Silva não são somente resultado de sua crônica ebriedade, mas encerram uma forte dose de psicopatia, especialmente em relação ao seu desconhecimento de proporções. Ele teve a coragem de registrar em cartório um calhamaço onde estavam assentadas suas mirabolantes realizações, na sua quase totalidade inexistentes e mentirosas. Se quisesse registrar algo de real, deveria relacionar as patifarias que aconteceram no seu período de governo.
Mas o assunto é outro. Em 12 de novembro, o ainda presidente Lula levou a nova presidente eleita Dilma Rousseff para a reunião do G-20 na Coréia do Sul a fim de apresentá-la ao mundo. No último dia do encontro, ele não resistiu e, em entrevista, falou uma besteira: “A presidenta Dilma não vai fazer discurso algum dizendo que recebeu uma herança maldita do presidente Lula porque ela ajudou a construir tudo que nós fizemos até agora. O Obama recebeu uma herança maldita, que foi uma crise financeira sem precedentes. E eu recebi uma herança maldita, que era um país andando para trás. Nossa geração não terá herança maldita”.
Sem perder tempo, no dia 30 do mesmo mês e com a mesma falta de senso de ridículo de seu inventor, Dilma mandou ver numa fala de improviso em Tucuruí (PA): “Eu vou continuar essa herança bendita do presidente Lula, eu tenho a missão e a responsabilidade de dar continuidade…”
Em oito anos, a gestão Lula se caracterizou pela criação de cargos públicos, concursados e de confiança, e pela concessão de robustos reajustes para o funcionalismo. A herança deixada para a presidente Dilma Rousseff é uma folha de pessoal da União fixada em R$ 199,8 bilhões, um incremento de R$ 15,4 bilhões em relação aos R$ 184,4 bilhões de 2010.
Os funcionários civis do Executivo na ativa passaram de 485.741 em dezembro de 2002 para 568.490 em novembro de 2010. O maior aumento ocorreu na Advocacia Geral da União (AGU), que teve o quadro de servidores inchado em 334%, passando de 1.683 em 2002 para 7.820 em 2010.
A Presidência da República aparece em segundo lugar no ranking dos órgãos do governo em que o quadro de funcionários mais cresceu. O número de servidores passou de 3.147 para 7.820 funcionários, o que representa um aumento de 148%.
Se esta é uma “herança bendita” imaginem o que poderá ser a “maldita” que ainda está escondida, mas vem surgindo à brida solta.

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