quinta-feira, 31 de julho de 2014

Nordeste: a preocupação de Dilma

Campanha petista tenta consolidar hegemonia em seu histórico reduto eleitoral, mas esbarra no crescimento da oposição e na insatisfação da população com promessas não cumpridas

Izabelle Torres (izabelle@istoe.com.br)

Depois de perder força no Sudeste, a campanha à reeleição de Dilma Rousseff (PT) preocupa-se agora em não abrir espaço para a oposição na região onde o PT historicamente registra seus maiores índices de aprovação. A presidenta lidera as pesquisas na região Nordeste, mas se vê diante de um cenário bem diferente de 2010, quando a então candidata conseguiu a adesão de quase 90% dos nordestinos na disputa contra o tucano José Serra. Agora, quatro anos depois, além de perder eleitores para a chapa encabeçada pelo pernambucano Eduardo Campos (PSB), Dilma sofre com a migração de integrantes da sua base aliada para campanhas dos opositores e vê o senador Aécio Neves (PSDB) celebrar alianças com puxadores de votos em Estados estratégicos como Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia.
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A CONTA
Produtores rurais e moradores que perderam plantações durante a seca
amargaram prejuízos financeiros estimados em R$ 15 bilhões
No domingo 20, ao participar da missa pelos 80 anos da morte de Padre Cícero, na cidade de Juazeiro do Norte (CE), Aécio Neves deu o tom da ofensiva do PSDB na região e anunciou que vai apresentar este mês um plano estratégico para o Nordeste, incluindo o aumento de repasses financeiros para municípios de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Na prática, atendeu a um pleito dos prefeitos nordestinos, que reclamam que são tratados de maneira desigual em relação às cidades mais ricas. “Será um conjunto de ideias que vai permitir o desenvolvimento do Nordeste”, disse ele. Já Eduardo Campos planeja intensificar a campanha na região na reta final das eleições. Ele acredita que a divulgação de suas realizações em Pernambuco, Estado que governou por oito anos, pode gerar uma identificação dos nordestinos com a candidatura socialista. “A campanha no Nordeste começa mais tarde. Temos certeza de que, à medida que ela avançar, nós teremos um cenário semelhante ao que ocorre no Sudeste: a migração de antigos aliados para candidaturas de oposição”, aposta.
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Outra preocupação no PT é com a lista de pendências do atual governo com a região. O Nordeste viveu a pior seca dos últimos 50 anos durante o mandato de Dilma Rousseff e o Executivo não conseguiu cumprir nem metade das promessas que fez a produtores rurais e aos moradores que perderam plantações, ficaram sem água e amargaram prejuízos financeiros estimados, por um estudo da Organização Mundial de Meteorologia, em R$ 15 bilhões. O governo do PT também não concluiu obras consideradas essenciais, como a transposição do rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina. A conta já começou a ser cobrada pelo eleitor.
Foto: Eraldo Peres/AP Photo 
DA ISTOÉ

A inútil irritação oficial com o mercado

EDITORIAL O GLOBO

Em vez de criticar banco, o FMI ou analistas, o governo deveria encarar a vida real e agir. Por exemplo, para o Brasil enfrentar o impacto da alta dos juros nos EUA
O governo enfrenta, nos últimos dias, uma crise no relacionamento com os fatos econômicos. A primeira grande rusga ocorreu em torno de uma análise feita no Santander para clientes preferenciais. O banco entrou na mira da artilharia oficial e da campanha à reeleição da presidente, por citar algo já conhecido: a bolsa tem subido quando saem pesquisas negativas para o projeto da reeleição, e vice-versa.
Essas oscilações relacionadas a sondagens eleitorais são interpretadas como reação de investidores em ações de empresas estatais que pagam alto preço devido ao intervencionismo característico da administração Dilma. A Petrobras é o exemplo mais evidente, forçada a acumular perdas majestosas por subsidiar o preço interno de combustíveis, e com isso adiar pressões sobre a inflação. O investidor em ações faz uma dedução lógica: se Dilma não se reeleger, a empresa deixará de perder dinheiro, e ele, acionista, receberá mais dividendos.
Logo em seguida, na terça, veio o desgosto, expresso pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o Fundo Monetário Internacional. Agora, devido a um relatório em que se alinham pontos críticos da economia brasileira. Também aqui, nada de novo. São questões que há tempos estão no mapeamento dos problemas brasileiros feito por analistas independentes.
Os técnicos do Fundo não veem como o Brasil voltará a crescer a taxas razoáveis - a última estimativa do FMI para este ano é de 1,3%, e 0,9% na projeção de analistas do setor financeiro do país -se não executar reformas estruturais. A própria gerente-geral do Fundo, a francesa Christine Lagarde, listou tarefas a serem executadas em Brasília: combater a inflação, os desequilíbrios fiscais, os déficits externos. Tudo também por demais conhecido.
Em vez de se crispar e responder no reflexo, de forma agressiva, a qualquer crítica sobre a economia, o governo deveria entender as análises, reconhecer que há mesmo problemas e tratar de manejar com esta realidade.
Não adianta praguejar contra o mercado. Subsidiar preços, comprimir inflação com tarifas atrasadas, dar subsídios fiscais pesados ao setor elétrico, na verdade um "esqueleto" em construção nas contas públicas, etc. apenas adiam problemas. E os agravam. É óbvio.
O tempo não para, e o mundo, por exemplo, precisa se preparar para o momento em que os Estados Unidos acabarão de vez com a política monetária expansionista e voltarão a elevar os juros. No segundo trimestre, soube-se ontem, os EUA cresceram à taxa anualizada de 4% - algo como quatro vezes mais rápido que o Brasil.
Em vez de criticar analista de banco, o FMI e o mercado, o Planalto precisa encarar a vida real. E agir. A economia brasileira sofrerá um impacto maior ou menor dessa guinada americana a depender de atitudes que o governo assumir agora diante de evidentes vulnerabilidades.
31 de julho de 2014DO R.DEMOCRATICA

Dilma na sabatina da CNI: a doutora em preço de gás diz que 13 menos 4 é igual a 7, viaja da Ucrânia para o Japão em menos de um minuto, confunde usina nuclear com furacão e submerge num tsunami


Até o colunista acharia que o título do post é coisa da elite golpista, gente que acorda e dorme debochando da presidente da República, se não pudesse apresentar como prova o vídeo que registra um trecho das considerações finais de Dilma Rousseff na sabatina da CNI. A candidata à reeleição começa discorrendo sobre as variações do preço do gás no mercado internacional, estaciona de novo em reticências bêbadas e diz o seguinte:
“Na Ucrânia pagam 13 dólares o… o milhão de BTU. Mas.. 4 pra 13 dá sete.. pagam… quanto é que paga? Depois do furacão.. (Uma alma caridosa na plateia corrige a maluquice aritmética: NOVE!). Aliás 4 pra 13 dá 9.. eu tô pensando no furacão Ka.. o furacão não.. em Fugujima  (sic)… Como é que chama.. no Japão.. O tsunami…”
Pena que o vídeo não tenha incluído o fecho recitado em dilmês erudito: “No Japão a diferença é aquela que eu disse”. O Japão jamais saberá que diferença é essa. Mas todos os japoneses sabem que Fukushima nunca foi “Fugujima” sempre foi Fukushima. E aprendem ainda na infância que 13 menos 4 jamais será igual a 7.
DO AUGUSTO NUNES-REV VEJA

Governo Dilma: de costas para a realidade.

O pachorrento Guido Mantega não faz outra coisa senão negar fatos que qualquer pessoa razoavelmente informada conhece. Merece este editorial do Estadão:
O Brasil estaria bem melhor, com maior crescimento, inflação menor, exportações bombando e contas públicas mais sólidas, se o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconhecesse os problemas e gastasse menos tempo negando fatos bem conhecidos por qualquer pessoa razoavelmente informada. Ele se envolveu em mais uma batalha desse tipo, nesta semana, em mais um esforço inútil para contestar avaliações apresentadas em relatórios do Fundo Monetário Internacional (FMI). No primeiro documento, sobre efeitos colaterais de mudanças na política dos países mais importantes, o Brasil é incluído na lista dos sete emergentes mais vulneráveis. Os outros são Rússia, Turquia, Indonésia, Índia, Argentina e África do Sul. No segundo, a situação das contas externas brasileiras é apresentada como "moderadamente frágil", com risco de rápida piora, em caso de forte desvalorização dos produtos básicos.
Segundo o ministro, o FMI repetiu, no primeiro estudo, um erro cometido há meses por outras instituições, quando incluíram o Brasil na lista dos países mais sujeitos a problemas, se as condições financeiras ficassem mais apertadas. O Brasil, segundo ele, enfrentou muito bem as dificuldades já ocasionadas pela mudança na política monetária americana. O câmbio, disse o ministro, está estabilizado e o País continua sendo um dos principais destinos do investimento estrangeiro direto.
Mas ele deixou de mencionar dois detalhe importantes. O real foi uma das moedas mais afetadas pelas mudanças nos mercados cambiais, no ano passado, e a instabilidade só foi contida graças a repetidas intervenções do Banco Central (BC). Essas intervenções foram mantidas neste ano, para impedir ou limitar o efeito inflacionário da depreciação do câmbio. Além disso, o investimento estrangeiro direto continua insuficiente - como já foi no ano anterior - para cobrir o déficit na conta corrente do balanço de pagamentos. Caiu, portanto, a qualidade do financiamento necessário ao fechamento das contas externas.
O esquecimento, ou negligência proposital, desses dois detalhes deixou na sombra um amplo conjunto de problemas. Nem o governo prevê para este ano um crescimento econômico superior a 1,8%, número apontado há poucas semanas pelo Ministério do Planejamento. No mercado, as projeções são inferiores a 1%. O FMI, em sua última revisão do panorama econômico mundial, baixou de 1,8% para 1,3% a estimativa de expansão do PIB brasileiro. Reduziu as projeções para outros países, também, mas os números previstos para o Brasil estão entre os piores, no cenário global, e desde o ano passado têm sido revistos para baixo.
O ministro da Fazenda está certo quanto a um ponto: o FMI tem errado em relação à economia brasileira. Mas tem errado por excesso de otimismo e por levar a sério, mais do que deveria, a política de Brasília.
O Brasil, como outros emergentes, perdeu dinamismo nos últimos anos e isso se deve, segundo a análise do FMI, mais a fatores estruturais do que à conjuntura internacional. São problemas internos: infraestrutura deficiente, contas públicas em mau estado, inflação elevada e contas externas em deterioração.
O câmbio valorizado é parte do problema, admitem os analistas do FMI. Mas eles poderiam acrescentar: esse problema persistirá enquanto a inflação for muito alta e o BC, para atenuar a alta de preços, intervier no mercado para conter a depreciação do real
Todos esses problemas têm sido extensamente discutidos por economistas brasileiros e estrangeiros. Mas o governo se recusa a enfrentá-los seriamente. As autoridades têm preferido maquiar as contas públicas e administrar os índices de inflação, contendo os preços de combustíveis, da eletricidade e do transporte público.
A situação "moderadamente frágil" das contas externas é um complemento previsível desse quadro. O País dispõe de reservas próximas de US$ 380 bilhões e isso proporciona alguma segurança. Mas a segurança efetiva e duradoura só poderia provir de um aumento da produtividade geral do País e da competitividade. Disso o governo tem cuidado muito mal.
DO ORLANDO TAMBOSI

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Situação de Dilma é preocupante no Sul e no Sudeste; institutos de pesquisa estudam antídoto

dilma_rousseff_429Descendo a ladeira – É cada vez mais complicada a situação da candidata Dilma Rousseff no Sul e no Sudeste, regiões do País que concentram o maior contingente de eleitores, os quais podem decidir a corrida ao Palácio do Planalto.
O temor que ronda o staff da campanha de Dilma é tamanho, que assessores, juntamente com a cúpula do PT, tentam costuras políticas em vários estados com o objetivo de reverter a desvantagem. É o caso de São Paulo e Paraná, onde Dilma tenta busca aproximação com os candidatos do PMDB, Paulo Skaf e Roberto Requião, respectivamente. Em ambos os estados, os candidatos do PT, Alexandre Padilha (SP) e Gleisi Hoffmann (PR), devem ser lançados ao mar pelos “companheiros”.
Nessas tentativas, a que tem mais chance de prosperar é com Requião, que já sinalizou que poderá abrir o seu palanque para a presidente. Em São Paulo, Skaf continua resistindo a essa aproximação, apesar de Michel Temer, vice-presidente da República e presidente do PMDB, já ter sido escalado por Dilma para reverter o quadro. Isso porque em São Paulo a situação de Dilma é de muita dificuldade.
O cenário eleitoral para Dilma Rousseff torna-se ainda mais complexo quando em cena surgem as análises de consultorias financeiras nacionais internacionais, que começam a apostar cada vez mais em uma vitória de Aécio Neves, presidenciável do PSDB.
Enquanto buscam lidar com os efeitos colaterais do quadro eleitoral, assessores da campanha petista aguardam os resultados de novas pesquisas de opinião, que também não são animadores. Em estados do Sul e do Sudeste, Dilma perde de forma preocupante para Aécio nas pesquisas de intenção de voto. Reverter essa situação não é fácil, mas quando tem-se nas mãos o maior dos clientes sempre há uma solução guardada no bolso do colete.
A estratégia para mascarar a verdade será promover pesquisas de opinião por telefone, pois assim perde-se a noção do todo. Essa manobra já foi decidida no Paraná, onde a desvantagem de Dilma tem tirado o sono dos palacianos.
do ucho.info

Presidente Dilma confirma e tira o Piauí do programa dos carros pipa; entenda!

CONFIRMADO: GOVERNO DO PIAUÍ EXCLUÍDO DO PROJETO CARRO-PIPA
O governo do Piauí foi mesmo excluído do projeto carro-pipa do governo federal. A confirmação é da secretária estadual de Defesa Civil, Simone Pereira. Ela esteve em Brasília, para onde foi chamada para tratar do assunto em dois ministérios. Primeiro foi com a assessora do ministro Ricardo Berzoini, das Relações Institucionais. Depois, esteve na Casa Civil. Nas duas reuniões ouviu sempre a mesma história: “o governo federal decidiu não mais injetar dinheiro para a seca nos governos estaduais. Daqui pra frente, a partir de 2014, tudo será feito diretamente pelo Exército com as prefeituras”, disse o assessor do planalto. A secretária perguntou se havia alguma comunicação por escrito em torno disso aos govenadores e prefeitos. A resposta lacônica foi: não. Em seguida, a reunião foi encerrada.
RETALIAÇÃO
Simone Pereira agora não tem mais dúvidas de que se trata realmente, de retaliação para com o governo do Piauí, pela posição política assumida pelo governador Zé Filho(PMDB) de apoiar o candidato do PSDB a presidência da República, senador mineiro Aécio Neves. A secretária justificou porque. Segundo ela, em 2014, os Estados do Ceará, Alagoas, Sergipe e Paraíba. foram comtemplados com verbas para carros-pipas que somam R$ 50 milhões.
CEARÁ
Simone montou um dossiê para comprovar o que diz. Ela tem uma pasta com cópias que está repassando a imprensa. O Ceará recebeu R$ 17.630.508.28. Dinheiro sacado no Bacen dia 14 de fevereiro de 2014.
PARAÍBA
O Estado da Paraíba recebeu dois aportes financeiros. O 1º no valor de R$ 10.311.992.61 no dia 18 de dezembro de 2013. Depois, mais R$ 511.468.00, dia 8 de janeiro de 2014, totalizando R$ 11.311.992.61.
ALAGOAS
Assim como os demais, o Estado de Alagoas recebeu R$ 10.000.000.00 (dez milhões de reais) para execução de ações de socorro, Assistência as vítimas da seca e restabelecimento de serviço essenciais, conforme processo nº 59050.00108/64. Esse pagamento foi efetuado dia 14 de fevereiro de 2014.
SERGIPE
Sergipe foi o que menos recebeu esse ano, de acordo com o levantamento feito pela Defesa Civil estadual nos sites Transparências e Contas Abertas. O governo sergipano sacou no Bacen R$ 5 milhões no dia 14 de fevereiro de 2014.
PIAUÍ DE FORA
No dossiê da secretária constam dois ofícios assinados pelo então secretário de Defesa Civil Ubiraci Carvalho e enviados ao General Adriano Pereira Júnior, Secretário nacional de Defesa Civil pedindo socorro financeiro R$ 18 milhões. O 1º datado de 14 de novembro de 2013. O 2º tem a data de 20 de janeiro de 2014. Ubiraci morreu pouco tempo depois de assinar o segundo ofício e o dinheiro não veio.
NÃO VAI MAIS
Ante o exposto, a secretária revelou que não vai mais Brasília porque se sentiu humilhada nos ministérios por onde andou. Vai tocar o programa carro-pipa com recurso do Estado. Para tanto já tem um Parecer favorável da Procuradoria Geral do Estado.
SÃO MAIS DE MIL CARROS
Ao todo o projeto carro pipa conta com mais de mil carros nos municípios castigados pela seca. A maioria terá atendimento do Exército com verba federal. Uma parcela de 300 carros será atendia apelo Estado com recursos próprios.
CADASTRAMENTO
Prefeito que desejar a operação do Exercito via 25º BC deve vir a Teresina para cadastrar seu município. O cadastro será enviado a Brasília para análise. O problema é a burocracia, pois, quem tem sede não pode esperar e quer beber.
TEMPORADA DE ADESÕES
Está aberta a temporada de adesões na campanha eleitoral de 2014 no Piauí. Primeiro foi o líder da prefeita de Luzilandia na Câmara, vereador Raimundinho Almeida(PTB) que aderiu a Zé Filho e companhia.
ADESÃO 1
Adesão de peso recebeu o candidato Welington Dias(PT) em Picos e região. Al, a adesão do ex-prefeito Gil Paraibano e seu grupo político tem um peso importante. Ele não aderiu sozinho. Gil inclusive mudou de partido, abandonando o PMDB.
ADESÃO 2
Nesta segunda-feira, foi anunciada a adesão do presidente da Câmara Municipal de Luzilandia, vereador Ronaldo Gomes(PTB) ao grupo liderado pelo ex-governador Wilson Martins e ao governador Zé Filho. Ronaldo não aderiu só, trouxe a mãe, dona Nazinha Gomes que também é vereadora junto como filho.
DIREITO DE RESPOSTA
A respeito da nota aqui veiculada sobre a possível venda Cepisa logo após a aleição, o Asssessor de Imprensa do órgão, jornalista e advogado Salomão nega que haja esse plano. Nega também, que o novo presidente da instituição, engenheiro Eletricista Marcelino Machado seja da Equatorial, empresa que comprou a Cemar. Diz Salomão que Marcelino veio para revitalizar a empresa e que, espera contar com o apoio dos piauienses.
NOTAS & NÓTULAS
*O River perdeu a chance de ganhar três pontos em Teresina ao empatar como Remo o Albertão por 1x1.
*Anotem para conferir: a classificação só vai acontecer no último jogo contra o Guarani de Sobral em Teresina. Quem viver, verá.
Publicado Por: Allisson Paixão-180graus

Demissão de analista do Santander é hipocrisia


A três meses da eleição presidencial, o mercado financeiro vive o seguinte drama: metade da equipe de analistas está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem mas sabe que ela está mentindo e prepara ajustes para o caso de ser reeleita. A outra metade da equipe de analistas está nervosa porque Dilma diz que a economia vai bem e sabe que ela acredita mesmo nisso e não preparou nenhum ajuste. E Dilma está nervosa porque não sabe se diz que fará ajustes que ainda não preparou ou se prepara os ajustes e não diz. Ou vice-versa.
Foi contra esse pano de fundo confuso que o Santander enviou aos seus correntistas endinheirados um boletim sustentando a tese segundo a qual o sucesso eleitoral de Dilma potencializará a deterioração da conjuntura econômica. A plateia não viu a cara do autor do texto. Mas o vazamento da análise fez dele —ou seria ela?— o fantasma mais execrado da República.
O presidente do PT, Rui Falcão, chamou o desconhecido de terrorista. Lula vestiu saia no hectoplasma: “Essa moça não entende porra nenhuma do Brasil”. E endereçou um conselho para Emilio Botín, presidente mundial do Santander: “Ô, Botín, é o seguinte, meu querido: manter uma mulher dessa num cargo de chefia, sinceramente… Pode mandar embora. E dá o bônus dela pra mim, que eu sei como falo.”
Dilma preferiu o timbre de ameaça. “É inaceitável”, ela disse. “É inadmissível”, vociferou. “Eu vou ter uma atitude bastante clara em relação ao banco.'' Emparedado, o companheiro Botín veio à boca do palco para informar que o Santander teria enviado ao olho da rua a pessoa que redigiu o tal informe. Absteve-se de dar pseudônimo aos bois. A sinceridade do gesto é tão confiável quanto o catolicismo do banqueiro que se persígna ao passar pela porta de uma igreja.
Sendo o percentual de admiração e bondade das casas bancárias e dos operadores do mercado muito reduzido, o melhor a fazer antes de sair por aí dando urros, patadas e destilando ódio contra um fantasma, é reparar no ridículo que permeia a cena. Ganha um cargo de direção no Santander e um troféu de ingenuidade quem acreditar que uma análise de conjuntura chegaria às mãos dos correntistas mais ricos de um dos maiores bancos do mundo com conteúdo alheio ao pensamento da casa.
Admita-se, para efeito de raciocínio, que a análise anti-Dilma seja obra solitária de um fantasma com CPF e RG. Nessa hipótese, seu crime teria sido o de deitar sobre o papel raciocínios econômicos sussurrados por onze de cada dez analistas de mercado. Seu propósito não seria o de influir no vaivém das pesquisas, mas o de orientar os investimentos da clientela bem-posta do Santander. Uma caciquia que frequenta a tribo dos que conservam algo como R$ 2 trilhões investidos em fundos mútuos no Brasil —o grosso alocado em títulos da dívida pública.
Essa gente não está interessada na opinião de Rui Falcão, de Lula ou de Dilma. Essa gente quer ganhar dinheiro. E os ganhos aumentam na proporção direta dos desacertos da política fiscal do governo. Funciona assim: o Tesouro gasta mais do que o fisco arrecada. Em vez de apertar o cinto, a Fazenda recorre à criatividade contábil.
Para cobrir suas despesas, Brasília endivida-se até a raiz dos seus cabelos, dos meus, dos nossos cabelos. Não resta ao Banco Central senão elevar a taxa de juros. E ao Tesouro, pagar a remuneração necessária para se manter solvente. Em vez de investir na produção de copos e palitos de fósforos, a tribo dos fundos mútuos investe no papelório do governo. E o PIB definha. Nesse ambiente, a tempestade produzida pela análise do fantasma do Santander surte o mesmo efeito de um tablete de Alkaseltzer: é tempestade num copo d’água. O máximo que pode produzir é a migração para outros bancos dos clientes que se julgarem mal aconselhados.
O que provoca a lipoaspiração dos índices de Dilma nas pesquisas não são as análises do mercado, mas os efeitos que a inflação exerce na rotina dos assalariados e dos beneficiários do Bolsa Família. Esse pedaço do eleitorado está interessado no café com leite, não nos boletins do Santander. Num país inflacionário, seu principal problema é que sobra cada vez mais mês no fim da remuneração.
Nesse contexto, a suposta demissão de um analista-fantasma do Santander é mera hipocrisia. Se a moda pega, haverá um desemprego em massa no mercado financeiro. Se Lula e o petismo querem mesmo socorrer Dilma, é melhor esquecer os fantasmas e tentar convencê-la de que atribuir todos os desacertos econômicos à crise financeira internacional é o caminho mais longo entre o projeto reeleitoral e sua realização.DO JOSIASDESOUZA-UOL

terça-feira, 29 de julho de 2014

Dilma perde credibilidade internacional. FMI rebaixa Brasil. Aécio diz que governo petista fracassou e comete desatinos.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, acusou nesta terça-feira (29) a presidente Dilma Rousseff de tentar politizar a crise econômica do país. Aécio disse que Dilma, ao afirmar que a crise é fruto de "especulações" da disputa eleitoral, comprova que o governo "perdeu a capacidade de inspirar credibilidade" no campo econômico.
"Não adianta transformar análise técnica em política, como ela tentou fazer. O governo fracassou. Essa avaliação negativa [da economia] está nos bancos, agências de risco, Fundo Monetário Internacional. Eu não sou o porta-voz dessas avaliações, elas são reais", disse Aécio.
Na sabatina realizada nesta segunda-feira pela Folha, Portal UOL, SBT e Rádio Jovem Pan com a candidata, Dilma disse que o clima de "pessimismo inadmissível" antes da Copa também se estendeu à economia, em um "jogo de especulação contra o país". Também classificou de "lamentável" o comunicado do banco Santander aos seus clientes mais ricos de que a sua reeleição poderia ter efeitos negativos sobre a economia.
Aécio disse que o governo não contestou a avaliação do banco –apenas agiu para que os responsáveis fossem demitidos. "O governo deveria estar muito mais preocupado em reagir positivamente do que punir um funcionário. O terrorismo foi o governo quem instalou no país. Ao invés de estimular a economia, pedem a punição."
Aécio ironizou membros do PT que acusaram o PSDB de estimular o comunicado do banco ao afirmar que a oposição não está "infiltrada" no Santander. "Se eles forem demitir todos que fazem avaliações negativas do governo, vão ter que demitir muita gente."
Para o tucano, a "resposta" do governo para o episódio deveria ser apresentar sua agenda para a economia do país. "Eu sempre disse que esse é um governo que está à beira de um ataque de nervos. Hoje eu digo que o governo já está vivendo um ataque de nervos", afirmou.
Aécio disse que a população rejeita o governo do PT pelo "conjunto da obra" e Dilma fará uma "campanha sitiada", presa ao Palácio do Planalto, contando apenas com o programa eleitoral no rádio e na TV. "Isso passa a impressão de um certo distanciamento das ruas", afirmou.
CARDOZO
Aécio também criticou pedido dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luiz Inácio Adams para adiar o julgamento, pelo TCU (Tribunal de Contas da União), do processo que apurava prejuízo na compra da Refinaria de Pasadena pela Petrobras. O caso foi revelado hoje pela Folha.
O PSDB estuda ingressar com ação contra os ministros por intercederem em favor de Dilma, que acabou inocentada pelo TCU. Na época da compra da refinaria, em 2006, a petista presidia o Conselho de Administração da Petrobras que avalizou o negócio. "É algo absolutamente grave. Estamos examinando se cabe uma ação jurídica. Essa campanha foi judicializada porque o PT não sabe separar o público do privado, porque a presidente não dá o exemplo lá de cima."
O pedido dos ministros ocorreu um dia antes do julgamento do caso. Cardozo acompanhou Adams, que tinha audiência previamente agendada com o presidente do órgão, ministro Augusto Nardes. A visita do ministro da Justiça não estava prevista. Adams alegou querer mais prazo para defender a Petrobras, mas o relator, ministro José Jorge, não atendeu o pedido e votou o processo na quarta-feira (23).
Aécio disse que o episódio reforça sua tese em defesa do fim da reeleição no país. "Essa coisa toda levou aos desatinos do PT nos últimos anos." O candidato passou a tarde em Brasília reunido com assessores, se preparando para sabatina que será realizada nesta quarta-feira (30) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) com os presidenciáveis. Além de Aécio, Dilma e Eduardo Campos (PSB) participam da sabatina. ( Folha Poder)
DO CELEAKS

ELEIÇÕES 2014: Vejam porque as pesquisas de intenção de voto vão ser mais importantes a partir da próxima 2ª feira

Os três candidatos: escolherão o modelo James Rodríguez de campanha eleitoral ou o modelo Zúñiga? (Foto publicada na coluna de Ricardo Noblat, em O Globo)
Aécio Neves, Eduardo Campos e Dilma Rousseff: a partir da próxima semana, com o mesmo tempo de exposição no noticiário do “Jornal Nacional”, as pesquisas de intenção de voto deverão sofrer considerável alteração. Os dois candidatos de oposição, por serem menos conhecidos do público em geral, poderão, teoricamente, ser beneficiados  (Foto publicada na coluna de Ricardo Noblat, em O Globo)
As pesquisas de intenção de voto serão mais importantes — e devem mudar significativamente — a partir da próxima segunda-feira, dia 4.
Pois é a partir desse dia que a Rede Globo, titular da esmagadora audiência de TV aberta que sabemos, passará a conceder tempos iguais de cobertura de 1 minuto e meio no Jornal Nacional para cada um dos três principais candidatos à Presidência da República — a presidente Dilma Rousseff (PT e mais uma montanha de partidos), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).
Será uma enorme novidade por igualar, na emissora de maior audiência do país, a exposição dos três candidatos.
Obviamente, por ocupar o cargo público mais importante do Brasil, a presidente Dilma recebe muito mais exposição da Globo — como de resto dos demais veículos de todo tipo — do que os outros candidatos.
Há algum tempo, publiquei aqui o resultado de um levantamento realizado pela assessoria do senador Aécio Neves mostrando que, àquela altura, embora o ex-governador de Minas Gerais já fosse o presidente do principal partido de oposição, a Globo o mostrava em seus noticiários 1 minuto para cada 40 minutos em que Dilma aparecia.
Aécio ainda é desconhecido por boa parte do eleitorado, e Eduardo Campos, por fatia maior ainda.
O tempo de 1 minuto e meio por dia no Jornal Nacional pode não parecer nada, mas, em matéria eleitoral, é uma enormidade. Não se pode dizer que o eleitor passará a “conhecer” os candidatos sobre os quais tem pouca informação, mas saberá 1) que eles existem e 2) algo do que eles pensam.
Com a proximidade do dia do primeiro turno da eleição presidencial, 5 de outubro, a Globo deverá, como costuma fazer, aumentar esse 1 minuto e meio diário para os candidatos. E o horário eleitoral obrigatório terá início no dia 19 próximo, uma terça-feira.
Aí, sim, as coisas deverão mudar consideravelmente.

FMI inclui o Brasil no grupo dos cinco países emergentes vulneráveis a uma nova crise. O PT vai querer censurar o Fundo também?

Ai, ai, ai…
“Quos volunt di perdere, dementant prius.” Eis um velho adágio latino. Podemos traduzi-lo assim: “Quando os deuses querem destruir alguém, começam por lhes tirar o juízo”. É o que me ocorreu ao saber que a presidente Dilma Rousseff afirmou, na sabatina a que se submeteu ontem, que as perspectivas negativas da economia são equiparáveis ao pessimismo pré-Copa. Ou por outra: seria tudo espuma sem fundamento. A presidente finge que os números não estão aí: juros de 11% ao ano, crescimento abaixo de 1% e inflação, hoje, acima do teto da meta, que é de 6,5%. No fim do ano, deve ficar pouco abaixo desse limite. Vale dizer: não estamos lidando com meras expectativas ou subjetivismos, mas com fatos realizados.
Nesta terça, veio o balde de água fria da realidade na cálida ilusão do palavrório. O FMI incluiu o Brasil no grupo das cinco economias mais frágeis entre os chamados países emergentes, na companhia de Índia, Turquia, Indonésia e África do Sul.
Segundo o Fundo, o Brasil pode ser afetado duramente pela retirada de estímulos à economia dos países ricos, com a consequente elevação da taxa de juros, e pelo crescimento abaixo do esperado dos emergentes. O Brasil pode ficar numa situação difícil, com queda do preço das commodities — o que seria péssimo para uma balança comercial já combalida —; dificuldades para contrair financiamento externo; redução de investimentos; queda no preço dos ativos em Bolsa e desvalorização cambial. O conjunto seria danoso para a expansão do Produto Interno Bruto.
Em agosto do ano passado, o banco americano Morgan Stanley já havia feito um alerta sobre as fragilidades desses cinco países. Por aqui, o governo deu de ombros, com a arrogância costumeira. Naquele caso, falava-se especificamente do fim do ciclo de estímulos à economia americana, que voltava a crescer. Foi batata! Nos meses seguintes, esses cinco países viram fuga de capitais e desvalorização de suas respectivas moedas. Ninguém, como o Brasil, sofreu tanto nesse processo.
É claro que não cabe a Dilma Rousseff, numa sabatina, admitir que a situação é muito difícil. Mas também é preciso tomar cuidado com a parvoíce e com o simplismo, que assustam ainda mais os agentes econômicos. Quando a presidente da República compara dificuldades reais da economia — para as quais o governo, até agora, não aponta respostas — com mero pessimismo sobre Copa do Mundo, dá evidentes sinais de alheamento da realidade.
Segundo o FMI, as principais dificuldades do país hoje são a baixa taxa de investimento e de poupança doméstica. O caminho seria atacar os gargalos de infraestrutura — especialmente no setor elétrico e de transportes —, adotar medidas que elevem a produtividade e a competitividade e mudar o rumo da prosa, não ancorando o crescimento apenas no consumo, como de fez nos últimos anos. Esse ciclo já se esgotou.
Ocorre, meus caros, que isso é tudo o que o governo tem demonstrado que não sabe fazer. Certo! Daqui a pouco, os propagandistas palacianos começam a atacar o FMI e, talvez, Lula venha a público com um palavrão novo — a exemplo do que fez ao contestar a avaliação negativa de um banco sobre a economia —, achando que resolve tudo no berro. Não resolve.
Há uma hora em que é preciso ter mais do que sorte e garganta; é preciso ter também competência. 
Por Reinaldo Azevedo

Epidemia de assassinatos no país. É a "omissão criminosa do governo Dilma".


Como já disse o candidato do PSDB Aécio Neves, o governo Dilma é  criminosamente omisso em relação à segurança pública:
Publicado em julho, o mais recente Mapa da Violência mostra que mais da metade dos municípios brasileiros com mais de 10 mil habitantes tem taxa de homicídios em nível epidêmico, segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) — mais de 10 homicídios para cada 100 mil habitantes. Dos 3058 municípios pesquisados, 1932 (63%) se enquadram nesse diagnóstico. (Impávido Colosso).
DO ORLANDO TAMBOSI

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Goleada da Alemanha sobre a Seleção Brasileira “bate” na imagem de Dilma nas redes sociais

(Ilustração: Lézio Junior)
(Ilustração: Lézio Junior)

GOLS CONTRA
Nota publicada na seção “Holofote” de edição impressa de VEJA
A Brandviewer, empresa de monitoramento de mídias sociais, concluiu que a derrota do Brasil por 7 a 1 na Copa teve, sim, impacto negativo sobre a imagem de Dilma Rousseff na internet.
Durante a semana que antecedeu o jogo, 55% do total de citações à presidente eram positivas. Após a goleada, o índice caiu para 32% — em apenas uma semana, ela perdeu 23 pontos porcentuais.
Ao mesmo tempo, os dados mostram que o número de citações negativas subiu de 27% oara 46%.
O levantamento foi feito no Twitter e no Facebook, de 2 a 7 de julho e, depois, de 8 a 13 do mesmo mês.
Entre um período e o outro, as citações sobre Dilma pularam de 273. 964 para 482.014.
DO R.SETTI

“Sou pago para falar o que penso”, diz analista de consultoria cerceada pelo PT

Por Ana Clara Costa, na VEJA.com:
Na última sexta-feira, toda a artilharia petista se armou contra o banco Santander depois que um relatório enviado a clientes de alta renda previa mais dificuldades para a economia brasileira se a presidente Dilma Rousseff se reeleger. Temendo represália, o banco enviou nota ao mercado desculpando-se pelo texto da equipe de análise e assegurando que medidas haviam sido tomadas em relação aos responsáveis. No mesmo dia, o partido silenciosamente protocolou uma representação contra a consultoria de investimentos Empiricus Research no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A justificativa foi a mesma que a usada pelo presidente do PT, Rui Falcão, para recriminar o banco Santander na sexta-feira: “terrorismo eleitoral”. Ou, de forma mais sofisticada, “fazer manifestações que interfiram na decisão de voto”.
Segundo a representação, a Empiricus estaria vinculada ao candidato tucano Aécio Neves, à coligação Muda Brasil e ao Google numa campanha com o intuito de manchar a imagem da presidente Dilma por meio de propaganda paga. A consultoria, conhecida no mercado pela forma dinâmica e descomplicada com que produz suas análises, anunciou alguns de seus textos por meio da ferramenta Google Ads. Ao longo do último mês, permaneceram em evidência no Google os anúncios mais clicados por leitores, que eram justamente os textos intitulados: Como se proteger de Dilma e E se Aécio ganhar. O ministro Admar Gonzaga, do TSE, acatou o pedido protocolado em nome de Dilma e concedeu liminar impedindo a Empiricus de propagandear suas análises no Google. O gigante da internet também foi alvo de representação, assim como o candidato do PSDB e sua coligação. Em entrevista ao site de VEJA, o autor dos textos, Felipe Miranda, afirmou que a medida não intimidará seu trabalho. “O que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento. Mas vamos continuar atuando da mesma forma. Não tenho rabo preso e sou pago pelos meus clientes para falar o que penso”, afirma. Confira trechos da conversa.
O TSE informou a consultoria sobre a representação do PT?
Não, ainda não recebemos nenhum comunicado oficial. Ficamos sabendo pela internet. Mas a situação é absurda, pois não há campanha eleitoral da nossa parte. Podem não gostar do que escrevemos, mas nos colocar ali é absurdo.
Estão impedidos de produzir análises com foco eleitoral?
Não. Há uma liminar que nos obriga a tirar aqueles textos do ar. Mas não existe a possibilidade de alguém nos proibir de fazer nossas análises críticas, pois aí seria censura explícita. Já seria um ato institucional contra a liberdade de expressão. Além disso, o que já vínhamos falando aos nossos clientes sobre a gestão do governo e a condução da política econômica só piorou com esse cerceamento. Mas vamos continuar atuando da mesma forma. Não tenho rabo preso e sou pago pelos meus clientes para falar o que penso.
Como o Google distribuiu os anúncios dos textos produzidos pela Empiricus?
Os dois textos são muito claros: tratam de uma tese econômica que não é nova e que mostra que a bolsa cai quando a Dilma sobe nas pesquisas, e sobe quando o Aécio melhora. O objetivo é simples: nossos clientes devem se proteger desses solavancos. Os anúncios dos textos chegam de forma idêntica ao Google, mas, de acordo com a métrica de distribuição desses anúncios, ficam mais expostos os que são mais clicados. Diante disso, podemos escolher tirar do Google Ads os anúncios menos rentáveis. O que não foi o caso dos anúncios sobre as perspectivas econômicas num cenário de vitória da Dilma e do Aécio.
A consultoria sofreu algum tipo de represália fora a representação no TSE?
Tirando esse clima de caça às bruxas, de perseguição, nada foi feito. Há, claro, a militância. Desde a semana passada recebo xingamentos e ameaças de toda a natureza por email e por meio das redes sociais. Nosso site já caiu várias vezes e tentaram invadir nossos emails.
Desde a repercussão do caso Santander, o mercado está mais amedrontado?
Não posso falar pelo mercado, pois não estou a par. Mas o que é certo é que estão tentando cercear nossa liberdade e nosso dever fiduciário de prover boas dicas. Nós estamos pessimistas em relação à economia e não posso ignorar isso em minhas análises. No caso do Santander, entendo que ficou feio para o banco ter de voltar atrás na opinião de um analista. Mas não me surpreende, pois os grandes bancos não querem romper relações com o governo. Mas nós somos independentes e só temos compromisso com nossos clientes.
Por Reinaldo Azevedo-Rev Veja

Padre Rodrigo Maria Detona o PT, a CNBB e os Católicos Que Votam em Socialistas/Comunistas


Computadores do Planalto foram usados para manipular páginas da Wikipédia

Uma reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta segunda-feira (28/7) afirma que 11 máquinas registradas em nome do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e da Presidência da República manipularam páginas da enciclopédia online Wikipédia.
De acordo com o levantamento do jornal, foram inseridas críticas e elogios em páginas como as do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT), do Movimento Passe Livre (MPL) e do ex-governador José Serra (PSDB-SP), entre 2008 e 2014.
Um dos exemplos aconteceu em dezembro do ano passado, quando um trecho sobre suspeitas de corrupção na Fundação Nacional da Saúde (Funasa) foi retirado e outro com elogio ao programa "Mais Médicos" foi inserido. À época, Alexandre Padilha era diretor do órgão. "Com o sucesso do Mais Médicos Padilha se torna um dos pré-candidatos petistas à disputa pelo governo de São Paulo em 2014", dizia o texto.
No caso do o ex-governador paulista José Serra (PSDB), em março de 2010, um computador do governo federal foi usado para incluir críticas ao então candidato à Presidência contra Dilma Rousseff (PT). Quanto ao MPL, em 10 de junho de 2013, em meio às manifestações, a edição publicou que grupo "se utiliza de protestos e, não raramente, depredação e violência para alavancar" reivindicações.
Segundo a matéria, as edições foram desfeitas por outros usuários, por infringirem regras de uso. A Presidência disse que não poderia comentar o assunto e sugeriu que a solicitação fosse feita pela Lei de Acesso à Informação.
DO PORTAL IMPRENSA

sábado, 26 de julho de 2014

Os gigantes do nanismo diplomático

À esq., o chanceler do Itamaraty; à dir., o chanceler do lulismo.
Meu caro amigo Paulo Roberto de Almeida escavou, na revista eletrônica Amálgama, um artigo do sociólogo Bolívar Lamounier sobre o pixotismo diplomático brasileiro na era petista. Ironiza Paulo, que também é diplomata: "parece que as expressões colaram. Mas como o Brasil é grande por sua própria natureza, cabe sempre acrescentar a expressão gigante". Portanto, também o nanismo diplomático brasileiro é gigantesco:

Messina é o estreito que separa a Sicília, uma ilha, da Calábria, na Itália continental. Há milênios, sua “estreiteza” tem dado ensejo a uma vasta mitologia sobre os riscos a que aí estariam sujeitos os navegantes. Na Eneida, por exemplo, Virgílio discorre sobre a ameaça que os rochedos de ambos os lados representavam para a frágil felicidade de Enéas. A origem dos perigos seriam Cila e Caríbdis, entidades do mal que habitavam as profundezas e de tudo faziam para arremessar de um lado ao outro os incautos marinheiros que viam se aproximar. Vem daí a expressão “viver entre Cila e Caríbdis”: viver entre perigos contrapostos, mas interligados, simultâneos e complementares.
Equivocados em praticamente tudo o que fazem, os “estadistas” do PT quiseram experimentar as emoções da travessia, mas perderam-se e foram parar em Israel. Em tese, tal desnorteio deveria tê-los deixado no lucro: mais vale bater-se contra figuras semânticas que contra os temíveis rochedos de Messina. Mas para eles, o barato saiu caro. Colhidos em cheio pelo revolto mar da ignorância, uma parte de sua expedição esborrachou na pedreira do ridículo; atirada ao lado oposto, foi a outra parar nas alturas da empáfia e da megalomania.
A malfadada embarcação que se espatifou no ridículo tinha no comando o então presidente Luís Inácio Lula da Silva. O fato ocorreu nos idos de março de 2010. Desprovido do mais elementar sentido de proporção, Lula se propôs, nem mais e nem menos, a produzir a tão desejada paz entre israelenses e palestinos. Não lhe ocorreu que um feito dessa ordem, se fosse possível, faria a glória dos chefes de Estado do planeta inteiro, a começar pelos das superpotências. Em questão de minutos, os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia e o “cumpanhero” Secretário Geral do PC chinês desembarcariam em Tel Aviv – de mãos dadas e saltitando e cantarolando como personagens de um filme de Doris Day.
Mas Lula não percebeu isso; não percebeu porque seu agigantado umbigo às vezes não lhe permite reconhecer a existência de um mundo real – um mundo “externo à consciência”, se posso aqui lembrar o Marx das Teses sobre Feuerbach. Não tendo ele mesmo se dado conta da atroz patetice que estava para encenar, teria havido entre os convidados a integrar a comitiva – ministros, assessores e puxa-sacos em geral – um pelo menos que o alertasse e tentasse demover de tamanho despropósito? Eu adoraria saber a resposta, mas deixo a questão para os estudiosos da diplomacia lulista. O desfecho, como não poderia deixar de ser, foi o único concebível. Querendo se fazer passar por um leão, o rato tudo o que conseguiu foi ficar rouco.
A segunda parte da história aconteceu na última quarta, e confesso que escrever sobre ela não me é menos penoso que rememorar o besteirol lulista de 2010. Tentei caracterizá-la como um caso de empáfia e megalomania, mas não sei se chego a apreendê-la em sua essência. Uma tragicomédia, talvez? Não, não.
Comecemos pelo cenário, no que ele tem de mais triste e assustador. De um lado o Hamas, em seus esconderijos na faixa de Gaza, disparando mísseis contra as cidades israelenses; do outro a aviação e o exército de Israel devolvendo a carga com juros e correção monetária. O número de vítimas palestinas – inclusive crianças – é muito maior que o de vítimas israelenses, mas quem em sã consciência apostaria no contrário? Deflagre-se mil vezes tal processo e mil vezes será esse o resultado, dada a desproporção entre as forças contendoras. O Hamas ignorava isso?
Voltemos porém à nossa história, quero dizer, a essa “apagada e vil tristeza” que tem sido a política externa brasileira na era petista. Depois do papelão (ou pastelão, se preferem) de 2010, já não tínhamos o direito de subestimar a ignorância das realidades internacionais por parte de Lula e seu partido – e não será agora, diante da pancada que Dilma Rousseff nos desferiu quarta-feira, que o vamos ter. A “presidenta” simplesmente mandou chamar o nosso embaixador em Israel. Para quê? Para protestar contra as ações militares do país nos últimos dias, obviamente.
No protocolo diplomático, é isso o que retirar o embaixador significa. Conto com a paciência do amigo leitor e da amiga leitora que hajam me acompanhado até aqui, sei que este meu ralentando pode ser irritante, mas não vejo saída. Tenho para mim que a missão pacificadora do Lula em 2010 é imbatível como candidata ao título de episódio mais ridículo da história diplomática brasileira. Pelos mesmos critérios, a retirada do embaixador por Dilma Rousseff époule de dez na disputa pelo título de mais idiota.
Pensemos juntos. Descontada a fanfarronice, a missão do Lula partia de uma premissa correta: quem não sobe ao palco não participa do espetáculo. Numa situação inacreditavelmente complexa e séria como a que no momento vivem israelenses e palestinos, é improvável que o Brasil possa ter um papel relevante, mas assumindo uma posição unilateral e retirando o embaixador, com certeza não terá papel algum. A chance de ganhar na loteria é infinitesimal, mas se você não joga, é zero. Queremos ter um papel, exercer alguma influência, participar de negociações? Com o parti pris ideológico demonstrado e sem um representante sur place, esqueça.
Não vem ao caso especular sobre se a decisão de ontem foi mesmo da doutora Dilma ou se ela, consciente (?) de suas limitações, aceitou o que lhe foi sugerido sabe Deus por quem. Fato é que a dura represália diplomática israelense foi mais que merecida. Sim, meus senhores e senhoras, já tivemos diplomacia de melhor calibre. O que temos hoje é patético. A nota israelense qualificou o Brasil como um “anão diplomático” – e não é? Dessa vergonha a doutora Dilma poderia ter se poupado, na física e na jurídica – e nos poupado, evidentemente, visto que na jurídica não tem jeito, estamos no mesmo barco.
DO ORLANDO TAMBOSI

O DESPUDOR DO LULOPETISMO


Por Nilson Borges Filho (*)
Duas notícias publicadas pela chamada grande imprensa merecem uma análise mais apurada, para, no mínimo, se colocar as coisas nos seus devidos lugares. O banco Santander, de bandeira espanhola, encaminhou aos clientes das agências Select uma informação que é de domínio público: se Dilma subir nas pesquisas haverá uma movimentação para baixo dos indicadores econômicos e, sendo assim, os investidores com aplicações no Santander Select devem procurar os gerentes de seus investimentos para um realinhamento.
Simples assim. Essa informação deve ser lida, considerando que: primeiro, o banco não fez uma declaração urbi et orbi, apenas alertou seus clientes, a quem deve fidelidade, o que o futuro reserva para os seus investimentos; segundo, o banco não especulou cenários possíveis, pois o que consta do comunicado do Santander são fatos reais e conhecidos por todos aqueles que têm o hábito da leitura de jornais e revistas ou pelos que acompanham noticiários das tevês
O banco Santander, como instituição privada e apartidária, tem todo o direito em preservar o dinheiro aplicado por seus clientes e avaliar o humor do mercado, oferecendo caminhos para minimizar eventuais perdas dos investimentos da clientela, em decorrência de pesquisas eleitorais. A bem da verdade, Lula já se utilizou de indicadores econômicos favoráveis para fazer proselitismo eleitoral, sem o mínimo pudor. Aliás, pudor é o tipo de comportamento que não agrega à personalidade do ex-presidente em exercício.
O que se viu, depois do comunicado do Santander, foi uma forte pressão sobre o banco com acusações rasteiras de que estaria promovendo campanha em favor de outros candidatos de oposição. O Santander soltou nota dizendo que não está em campanha por determinados candidatos em detrimento da candidatura oficial e que se desculpava com os clientes pelo mal entendido. Para dar certo sossego a si próprio, fez chegar a direção do PT  que havia demitido todos os funcionários envolvidos no episódio.
A rigor, a direção petista intimou o banco a cortar algumas cabeças. O presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, cheio de si, vibrou com a quantidade de cabeças que rolaram no Santander. Pura hipocrisia, senão veja-se: enquanto o banco Santander estava sendo defenestrado por “petistas éticos” por estar favorecendo candidatos da oposição, o Banco Central, instituição pública, informava urbi et orbi que estava colocando à disposição do setor bancário 30 bilhões de reais com impacto imediato no mercado de crédito. Ao longo do tempo as cifras podem chegar a 45 bilhões.
Com tal “bondade”, o Banco Central permite que aumente o crédito para que o populacho continue consumindo. Ora, não é necessário um diploma de economista para concluir que essa medida tomada pelo Banco Central tem uma conotação eleitoreira para favorecer a candidata Dilma Rousseff que, mal das pernas, desce ladeira abaixo nas intenções de votos, principalmente pela política econômica desastrada do seu governo.
Quer dizer: o Santander, ao querer preservar os investimentos dos seus clientes, segundo os petistas, estava em campanha para as candidaturas da oposição.  E o Banco Central, com a liberação de 30 bilhões de reais  dos contribuintes está fazendo o quê? A hipocrisia  do lulopetismo e a falta de pudor dos seus agentes são de embrulhar o estômago. É a política no nível do esgoto.
(*)  Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog.
DO ALUÍZIO AMORIM

Programa de humor de Israel satiriza Lula. Veja legendado...


Até quando Ministério Público Federal vai proteger Lula?


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Paulo Skaf foge de Dilma por medo de ‘contágio’

Alheio aos apelos do vice-presidente da República Michel Temer, Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de São Paulo, reiterou nesta sexta-feira que não cogita enganchar sua campanha à de Dilma Rousseff. “O PT tem uma candidatura própria no Estado. E, quando se fala em palanque duplo, você confunde a cabeça do eleitor. O PT escolheu e lançou um candidato, assim como o PMDB. São candidaturas independentes.''
Um dos operadores do comitê de Skaf explicou ao repórter o que está por trás da aversão de Skaf à companheira de chapa do correligionário Michel Temer:
“Segundo o Datafolha, 47% dos eleitores de São Paulo declaram que não votariam em Dilma nem pintada de ouro. O instituto também informa que, num eventual segundo turno, Dilma seria derrotada no Estado por Aécio Neves [50% a 31%] e até por Eduardo Campos [48% a 32%]. Por que deveríamos nos vincular a ela? Errar é humano. Mas nem o apreço que temos pelo Temer justifica escolher o erro em São Paulo só porque ele foi cuidadosamente planejado em Brasília.”
DO JOSIAS DE SOUZA

Com dois disparos pelo Twitter, Dilma assassina o sobrenome de Ariano Suassuna


Por Augusto Nunes
O ex-presidente Lula é atormentado pela azia quando tenta folhear jornais e nunca leu um livro. Sempre afinada com o chefe, como atesta o vídeo que registra um dos melhores-piores momentos de Dilma Rousseff, a sucessora é incapaz de lembrar o título e o autor do livro que jura estar lendo. É também capaz de errar nomes de escritores que até Lula consegue recitar sem tropeções.
Nesta quarta-feira, ao saber da morte de Ariano Suassuna, Dilma sacou o Twitter do coldre para homenageá-lo com três disparos de vogais e consoantes. Como informam os textos acima reproduzidos, dois atingiram na testa o sobrenome do homenageado. Enquanto o Brasil que pensa se despedia de Ariano Suassuna, o neurônio solitário derramava lágrimas de esguicho por um certo Ariano SUASSUANA. 
25/07/2014 
DO R.DEMOCRATICA

Brasil: um anão diplomático


POR AUGUSTO NUNES REV VEJA..

Sempre o mesmo bandido: Lula atuou para que decisão do TCU isentasse Dilma no caso Pasadena

Após a conversa com Lula, José Múcio procurou os colegas de TCU e ponderou que responsabilizar Dilma neste momento eleitoral seria politizar demais o caso


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comandou a operação do governo para evitar que a presidente Dilma Rousseff fosse responsabilizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por sua participação na compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás. Lula recebeu o ministro do TCU José Múcio Monteiro em um encontro na segunda-feira, em São Paulo, dois dias antes de o assunto entrar na pauta da corte de contas.
Leia também:
Ex-diretores cobram responsabilidade de Dilma e conselho por perdas de Pasadena
Múcio confirmou ao Estado o encontro, mas negou que tivesse tratado de Pasadena. "Eu estava em São Paulo, não via o ex-presidente Lula desde o ano passado e resolvi fazer uma visita a ele de cortesia. Somos amigos. Não falamos absolutamente em Pasadena, não sabia que estava em pauta. Se eu soubesse, era capaz até de eu ter tocado no assunto. Conversamos sobre política, eleição, Brasil, o governo dele, as perspectivas, blablabá, a vida dele, a minha… conversa de compadre, foi exatamente o que aconteceu", disse.
Após a conversa com Lula, porém, o ministro do TCU procurou os colegas e ponderou que responsabilizar Dilma neste momento eleitoral seria politizar demais o caso, além de repetir a defesa do governo de que a presidente votou a favor da compra da refinaria com base em resumo incompleto sobre o negócio.
Ex-ministro de Relações Institucionais no governo Lula e conterrâneo do ex-presidente, Múcio foi nomeado para o TCU pelo petista. Até o início da semana, havia a expectativa no governo e na campanha de Dilma de que o ministro José Jorge, um ex-pefelista que se transformou no ministro responsável por relatar o caso, iria indicar a responsabilidade dela por ter votado a favor da compra da refinaria como presidente do Conselho de Administração da Petrobrás. Ele responsabilizou o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, amigo de Lula, e os demais diretores da petroleira, mas decidiu excluir Dilma.
A interlocutores justificou que foi avisado de que, se incluísse a presidente, seu relatório seria todo rejeitado pela corte. Como havia divergência na área técnica sobre responsabilizar o conselho de administração, seria a justificativa para os votos contrários. Neste caso, optou por "salvar" o relatório. Assim, o assunto se mantém na pauta do tribunal e da imprensa, uma vez que se inicia a fase de defesa e há a possibilidade de os "punidos" resolverem contar o que não veio à tona até agora.
Estadão Online
DOABOBADO

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Israel reage a nota indigna do governo Dilma e diz que ela explica por que o Brasil é politicamente irrelevante. E está certo! Judeus brasileiros protestam contra Itamaraty

Nestes últimos 12 anos, o Brasil se acostumou à diplomacia de chanchada, à diplomacia circense, à diplomacia momesca. Um presidente brasileiro percorreu, por exemplo, ditaduras árabes e se abraçou a facínoras. Emprestou integral apoio a tiranos, enquanto o povo morria nas ruas. Flertou com aiatolás atômicos, negou-se a condenar homicidas em massa na ONU, apoiou e apoia protoditaduras latino-americanas. De A a Z, a política externa brasileira percorreu todos os verbetes da indignidade.
O auge da estupidez estava reservado para uma nota emitida nesta quarta. O Itamaraty publicou um verdadeiro repto contra Israel, hoje em guerra com o Hamas, e convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv. Para vergonha da história, o Ministério das Relações Exteriores emitiu a seguinte nota:
O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.
O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes.
Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje.
Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas.
Como já destaquei aqui, chamar de volta um embaixador é um ato hostil ao outro país. Observem que o governo do Brasil não censura, nessa nota, os ataques feitos pelo Hamas, tratando Israel como um mero estado agressor.
Os israelenses reagiram com dureza e fizeram muito bem. Um país que luta contra inimigos poderosos não tem tempo para palhaçadas. Disse a chancelaria de Israel: “O comportamento do Brasil ilustra por que esse gigante econômico permanece politicamente irrelevante”. Segundo aquele governo, o nosso país escolher “ser parte do problema em fez de integrar a solução”.
É uma reação à altura da indignidade da emitida pelo Brasil. Agora, Luiz Alberto Figueiredo, ministro das Relações Exteriores, tenta minimizar o mal-estar, afirmando que o discordância entre países amigos é rotina. Mas emenda: “O gesto que tinha que ser feito foi feito. O Brasil entende o direito de Israel de se defender, mas não está contente com a morte de mulheres e crianças”.
Não me diga! E quem está contente com a morte de mulheres e crianças? Se o Brasil entende o direito de Israel de se defender, deveria ter deixado isso claro na nota. Em vez disso, preferiu transformar o conflito numa luta entre o bem e o mal.
Judeus no Brasil também se manifestaram contra a estupidez. A Confederação Israelita do Brasil emitiu uma nota, que segue:
A Confederação Israelita do Brasil vem a público manifestar sua indignação com a nota divulgada nesta quarta-feira pelo nosso Ministério das Relações Exteriores, na qual se evidencia a abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas.
Representante da comunidade judaica brasileira, a Conib compartilha da preocupação do povo brasileiro e expressa profunda dor pelas mortes nos dois lados do conflito.Assim como o Itamaraty, esperamos um cessar-fogo imediato.
No entanto, a lamentável nota divulgada pela chancelaria exime o grupo terrorista Hamas de responsabilidade no cenário atual. Não há uma palavra sequer sobre os milhares de foguetes lançados contra solo israelense ou as seguidas negativas do Hamas em aceitar um cessar-fogo.
Ignorar a responsabilidade do Hamas pode ser entendido como um endosso à política de escudos humanos, claramente implementada pelo grupo terrorista e que constitui num flagrante crime de guerra, previsto em leis internacionais.
Fatos inquestionáveis demonstram os inúmeros crimes cometidos pelo Hamas, como utilização de escolas da ONU para armazenar foguetes, colocação de base de lançamentos de foguetes em áreas densamente povoadas e ao lado de hospitais e mesquitas.
Também exortamos o governo brasileiro a pressionar o Hamas para que se desarme e permita a normalização do cenário político palestino. Lamentamos ainda o silêncio do Itamaraty em relação à política do Hamas de construir túneis clandestinos, em vez de canalizar recursos para investir em educação, saúde e bem-estar da população na Faixa de Gaza.
A Conib também lamenta que, com uma abordagem que poupa de críticas um grupo que oprime a população de Gaza e persegue diversas minorias, o Brasil mine sua legítima aspiração de se credenciar como mediador no complexo conflito do Oriente Médio.
Uma nota como a divulgada nesta quarta-feira só faz aumentar a desconfiança com que importantes setores da sociedade israelense, de diversos campos políticos e ideológicos, enxergam a política externa brasileira.
Por falar em judeus brasileiros, a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e a Juventude Judaica Organizada (JJO)  promovem nesta quinta- feira, 24 de julho, às 19h30, na Praça Cinquentenário de Israel,  em Higienópolis, uma manifestação  em favor da paz e pelo direito de Israel de se defender.
Meus caros, política externa é coisa séria. Não pode estar entregue a prosélitos de quinta categoria; não pode ser fruto da ação de camarilhas ideológicas. Qualquer pessoa de bom senso defende o imediato cessar-fogo. Mas este tem de nascer de um entendimento entre as partes em conflito. A cada foguete, entre os milhares, que o Hamas lança contra Israel, numa prática cotidiana, o movimento terrorista investe na guerra, não na paz. E isso a delinquência da política externa brasileira não reconhece.
Por Reinaldo Azevedo

Aécio já bate Dilma nas apostas de duas consultorias financeiras

MCM Consultores e Nomura Securities acreditam que o candidato tucano tem mais chances de ser o próximo presidente da República
Fabio Alves - Estadão
Aécio Neves, do PSDB, ganha terreno nos prognósticos de consultores 
 
A MCM Consultores passou a atribuir uma probabilidade de 60% de derrota de Dilma Rousseff na eleição presidencial em outubro. Desde abril, a consultoria trabalhava com um cenário de probabilidade equivalente à reeleição e à vitória da oposição. Em relatório distribuído na quarta-feira, 23, os analistas da MCM rebaixaram as chances da presidente e agora trabalham com uma probabilidade de 60%-40% contra a reeleição.
A consultoria é a segunda instituição financeira a divulgar relatório a clientes apostando publicamente na derrota da presidente Dilma nas eleições presidenciais. A primeira instituição foi a corretora japonesa Nomura Securities, que na quarta-feira, após a pesuisa Ibope/Estadão, aumentou a probabilidade de vitória do candidato tucano Aécio Neves para 70%. No dia 11 de junho, a Nomura Securities já havia atribuído uma probabilidade de 60% de vitória do tucano num segundo turno da eleição presidencial.
“Não estamos declarando taxativamente, é bom esclarecer, que a presidente Dilma não se reelegerá. Longe disso. É muito cedo. A campanha ainda nem começou efetivamente”, escreveram os analistas da MCM na nota enviada a clientes ontem. “Contudo, a nosso juízo, já existem elementos suficientes para atribuir mais probabilidade de vitória à oposição do que à candidatura governista.”
Segundo a MCM, as últimas pesquisas Datafolha e Ibope representaram um ponto de virada (“turning point”) para o novo cenário, agora desfavorável à reeleição. “Ambas mostraram continuidade na tendência de encurtamento da vantagem de Dilma frente a Aécio Neves e
Eduardo Campos no segundo turno e aumento da diferença entre a rejeição à presidente e aos candidatos de oposição”, afirmaram os analistas.
Além das pesquisas, destacou a MCM, a mudança de cenário também levou em conta a piora do quadro econômico, “sintetizado pelo resultado decepcionante do último Caged (abertura de apenas 25 mil vagas de trabalho em junho), os sinais de forte rejeição ao PT no Sudeste – de maneira mais acentuada em São Paulo -, e a baixa competitividade das candidaturas petistas nos estados mais importantes do país, excetuando-se Minas Gerais, onde Fernando Pimentel lidera as pesquisas”.
Segundo a MCM, os fatores que beneficiam a candidatura Dilma não desapareceram, entre os quais mais tempo de propaganda no rádio e na televisão, forte apoio entre os eleitores mais pobres, possibilidade de explorar no horário eleitoral gratuito os programas federais voltados principalmente aos eleitores de baixa renda e o apoio do ex-presidente Lula.
“Considerando a evolução do quadro econômico e político e suas perspectivas futuras, avaliamos que, neste momento, os elementos favoráveis à presidente Dilma são insuficientes para atribuirmos à reeleição maior probabilidade de sucesso do que de fracasso”, escreveram os analistas da consultoria.

Israel chama Brasil de 'irrelevante' na política

Governo brasileiro convocou embaixador para 'consultas'

A decisão do governo brasileiro de retirar seu embaixador de Tel Aviv, em Israel, foi criticada pelo ministério do Exterior israelense nesta quinta-feira (24). "Esse tipo de conduta mostra porque o Brasil, grande potência cultural e econômica, fica irrelevante na arena mundial", emitiu em nota o ministério.
    A mensagem segue criticando a postura brasileira, afirmando que esse "ato revela um duplo comportamento do Brasil, que é parte do problema em vez de contribuir para uma solução".
    Na noite de ontem (23), o ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota em que convoca o embaixador brasileiro "para consultas". Essa postura é tomada sempre que um governo demonstra não estar de acordo com as atitudes tomadas pelo país em que o representante está. A decisão do Brasil foi baseada no fato de achar "inaceitável a escalada de violência entre Israel e Palestina".
    "Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças. O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes. Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema", explica o texto.
    Ainda ontem a ONU abriu uma investigação para verificar se os israelenses cometeram crimes contra a humanidade, ao atacar civis palestinos na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benyamin Netanyahu, classificou essa investigação de "piada". (ANSA)
DO JB

‘A própria Folha, que ‘descobriu’ a pista de pouso construída em terras da família de Aécio, traz explicações perfeitamente razoáveis sobre o caso’, por Ricardo Setti

Publicado na Coluna do Ricardo Setti
Pista de pouso (Foto: Alex de Jesus/Futura Press)
Pista de pouso construída na fazenda de um irmão da avó materna de Aécio Neves (Foto: Alex de Jesus/Futura Press)
RICARDO SETTI
Para o jornal Folha de S. Paulo, assuntos importantes de verdade não são o perigo de uma guerra de vastas proporções devido às mãos sujas de sangue do presidente russo Vladimir Putin no caso do avião civil da Malásia abatido por rebeldes nacionalistas ucranianos que têm seu apoio, nem o sangrento conflito entre Israel e palestinos, nem sequer a controvertida volta de Dunga ao comando da Seleção.
O assunto mais importante do planeta é, uma vez mais para o jornal, algo que a Folha “descobriu”: a pista de pouso de mil metros de comprimento — que o jornal insiste em chamar de “aeroporto”, quando basta ver foto do local para constatar do que efetivamente se trata — construída pelo governo de Minas, no segundo mandato do governador Aécio Neves (PSDB), na cidade de Cláudio, via desapropriação de terrenos que pertenciam a um irmão da avó materna do hoje presidenciável.

Enquanto nos títulos e subtítulos a Folha parece enxergar que o mundo está despencando por causa do fato, nos textos o próprio jornal apresenta explicações razoáveis para o ocorrido.
Vou usar, daqui para a frente, apenas textos transcritos na íntegra de reportagens que o jornal traz hoje. Alguns comentários serão escritos em itálico, entre colchetes.
“O aeroporto (sic) feito na cidade de Cláudio custou R$ 13,9 milhões aos cofres do Estado. O aeródromo fica a seis quilômetros de distância de uma fazenda que a família do tucano tem no município.”
“Aécio [no caso, a Secretaria de Obras do governo do Estado de Minas] desapropriou o terreno do tio-avô onde o empreendimento foi construído. O ex-proprietário e parente do tucano contesta na Justiça o valor oferecido pelo governo em troca das terras — R$ 1 milhão. [Ou seja, o "benefício à família" foi tão generoso que o parente resolveu brigar na Justiça, por não concordar com ele.]
“A desapropriação é irreversível, mas só após o fim do impasse o Estado poderá registrar o imóvel em seu nome”. [Em reportagem anterior, o jornal fez um escândalo ao mostrar que alguém da família detém as chaves de acesso à pista de pouso, embora as ceda para interessados. Detém as chaves, como se vê, porque o Estado ainda não é, juridicamente, dono dos terrenos.]
“Entre os documentos apresentados pela assessoria do tucano estão pareceres de dois ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto e Carlos Velloso, que dizem que a operação feita pelo governo do tucano para viabilizar a obra, incluindo a desapropriação da área, foi legal”.
“Além disso, o PSDB apresentou cópia do inquérito aberto pelo Ministério Público de Minas em 2009 para apurar a construção do aeroporto (sic) após uma denúncia anônima à ouvidoria”.
“Em relatório de quatro páginas, a promotora responsável pelo caso, Maria Elmira Evangelina do Amaral Dick, decidiu pelo arquivamento da investigação, dizendo ter considerado satisfatórias as informações prestadas pelo governo de Minas Gerais sobre a necessidade da obra”.
AGORA, O TEXTO É DO BLOG:
Há leitores me cobrando abordar o assunto, o que estou fazendo agora pela segunda vez, depois de publicar nota de O Globo a respeito. E há leitores, em maior número, criticando a exploração do fato pelos adversários de Aécio, como forma de tirar proveito do episódio na campanha em prol da reeleição da presidente Dilma.
(Por falar nisso, alguém tem dúvida de que foi a ANAC quem vazou o caso?)
Não tenho dificuldade alguma em comentar o fato. Para dizer que:
1. Se eu fosse governador, faria algo semelhante?
Nunca tive a pretensão de ocupar qualquer cargo eletivo, mas, na hipótese, minha resposta seria NÃO. Não faria e, se fosse o caso de algum subordinado querendo agradar ao chefe, impediria.
2. Há alguma ilegalidade no que foi feito?
A resposta, pelo que vocês leram acima, da lavra da Folha de S. Paulo, é NÃO. Dois respeitabilíssimos ministros aposentados do Supremo deram seu beneplácito à operação. E — importantíssimo — antes que a Folha achasse que “descobriu” o fato, há exatos 5 anos, o Ministério Público debruçou-se sobre o caso, para concluir que nada havia de irregular ali e mandar arquivá-lo.
3. Aécio beneficiou a família ao construir a pista de pouso?
A julgar pelo processo movido pelo parente CONTRA o Estado de Minas, inconformado com a indenização recebida, a resposta é NÃO. A pista foi construída entre 2009 e 2010, e a terra desapropriada em 2009. Há cinco anos, portanto, o parente de Aécio batalha na Justiça para receber o que considera justo — e até agora não recebeu 1 centavo. Como cabem vários recursos em processos desse tipo, poderá passar uma década ou mais sem embolsar nada.
4. O fato desqualifica Aécio como candidato à Presidência?
Só na cabeça de seus mais ferozes adversários.
Aécio foi presidente da Câmara dos Deputados em 2001 e 2001, período no qual, entre outros feitos, articulou com sucesso o fim da absurda e imoral imunidade parlamentar como existia até então, e que protegia, com o mandato, até assassinos. Elegeu-se e se reelegeu governador de Minas, o segundo maior Estado brasileiro, vencendo no primeiro turno, e deixou o governo com aprovação de 77% dos mineiros.
Tendo deixado o governo para concorrer ao Senado, elegeu-se com votação recorde na história eleitoral de Minas.
A meu ver, é preciso muito, mas muito mais do que uma pista de pouso de mil metros, cuja construção não violou lei alguma — embora, é lógico, possa ter sua oportunidade e conveniência contestadas e/ou censuradas –, para jogar na lama, como agora se pretende, a reputação de um político que ocupou importantes cargos na República e em seu Estado de forma correta e exitosa.
DO A.NUNES

Pasadena – Lula tentou interferir em julgamento do TCU. Até vaga no STF foi usada para pressionar ministros a aprovar operação; deu errado! US$ 792 milhões de prejuízo é apenas parte da herança maldita do PT na Petrobras

José Múcio: ministro do TCU foi chamado a SP por Lula para discutir Pasadena
José Múcio: ministro do TCU foi chamado a SP por Lula para discutir Pasadena
O julgamento do TCU sobre a compra da refinaria de Pasadena entrará para a história como um emblema da ação do PT na gestão ruinosa da Petrobras. Destaco mais uma vez: tratou-se da investigação de uma única operação numa única empresa. Prejuízo: US$ 792 milhões. Imaginem quando o país tiver condições de fazer a devida contabilidade do tamanho do estrago… Ainda chegará a vez de analisar a refinaria de Abreu e Lima, por exemplo.
E olhem que esse relatório do TCU foi negociado, com muitas idas e vindas. Há versões bem mais severas.  Mas já se falou bastante a respeito. O meu ponto agora é outro. Luiz Inácio Lula da Silva, ele mesmo!, tentou pessoalmente interferir no resultado do julgamento do TCU.
Chamou para uma conversa em São Paulo, no que foi atendido, o ministro Múcio Monteiro, que foi titular das Relações Institucionais em seu governo e está hoje no TCU. O chefão petista queria que o seu interlocutor fosse o portador de mensagem sobre a necessidade de não se condenar ninguém. Ele sabe o que disse a Múcio, e Múcio sabe a conversa que manteve com os seus pares de tribunal. Lula, no entanto, não logrou o seu intento.
Na tentativa de impedir a condenação da operação, acreditem!, até mesmo uma vaga no Supremo Tribunal Federal — vocês leram direito! — passou a circular como moeda de troca. O contemplado seria justamente alguém do TCU. Tivesse se realizado o negócio, creio que a nomeação entraria para o livro de recordes como a mais cara cadeira jamais entregue a um ministro de corte superior no Ocidente. Em reais: teria custado  R$ 1.758.240.000,00.
E esse foi apenas parte do jogo pesado. José Jorge, relator do caso no tribunal, passou a ser ameaçado de forma nada velada com uma avalanche de denúncias envolvendo o seu nome caso insistisse na condenação da operação. Resistiu. Os companheiros não brincam em serviço. Nunca! Também não aprendem nada nem esquecem nada. 
Por Reinaldo Azevedo