Pois é a partir desse dia que a Rede Globo, titular da esmagadora audiência de TV aberta que sabemos, passará a conceder tempos iguais de cobertura de 1 minuto e meio no Jornal Nacional para cada um dos três principais candidatos à Presidência da República — a presidente Dilma Rousseff (PT e mais uma montanha de partidos), o senador Aécio Neves (PSDB) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).
Será uma enorme novidade por igualar, na emissora de maior audiência do país, a exposição dos três candidatos.
Obviamente, por ocupar o cargo público mais importante do Brasil, a presidente Dilma recebe muito mais exposição da Globo — como de resto dos demais veículos de todo tipo — do que os outros candidatos.
Há algum tempo, publiquei aqui o resultado de um levantamento realizado pela assessoria do senador Aécio Neves mostrando que, àquela altura, embora o ex-governador de Minas Gerais já fosse o presidente do principal partido de oposição, a Globo o mostrava em seus noticiários 1 minuto para cada 40 minutos em que Dilma aparecia.
Aécio ainda é desconhecido por boa parte do eleitorado, e Eduardo Campos, por fatia maior ainda.
O tempo de 1 minuto e meio por dia no Jornal Nacional pode não parecer nada, mas, em matéria eleitoral, é uma enormidade. Não se pode dizer que o eleitor passará a “conhecer” os candidatos sobre os quais tem pouca informação, mas saberá 1) que eles existem e 2) algo do que eles pensam.
Com a proximidade do dia do primeiro turno da eleição presidencial, 5 de outubro, a Globo deverá, como costuma fazer, aumentar esse 1 minuto e meio diário para os candidatos. E o horário eleitoral obrigatório terá início no dia 19 próximo, uma terça-feira.
Aí, sim, as coisas deverão mudar consideravelmente.
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