sexta-feira, 22 de maio de 2020
Edição Atualizada do Alerta Total – www.alertatotal.net
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Muitos concordam que estamos no meio de uma crise montada de forma
maquiavélica e velhaca. O objetivo foi nos manter reféns do medo e da
incerteza, diante de uma situação caótica muito bem articulada. Tudo parece
preparado para que a insanidade e a insensatez reinem juntas, quase absolutas. A
decretação da calamidade, na emergência de uma pandemia mortal, abriu espaço
para que dirigentes públicos aproveitassem do regramento excessivo e da
insegurança judiciária para abusar do poder e atentar contra as liberdades e
direitos civis, com baixa e ineficaz reação do povo.
Os esplanadeiros celebraram como um “encontro histórico” a reunião meio
presencial e virtual de ontem entre o Presidente Jair Bolsonaro, os
governadores e os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. No entanto,
existem várias interpretações para o grande espetáculo teatral do poder, tendo
como pano de fundo a tragédia do coronavírus e a crise econômica decorrente da
maneira como nossos políticos lidaram com o problema, somada à desgraça
estrutural do Estado Capimunista brasileiro. O certo é que o horizonte nunca
esteve tão esquisito, com prognósticos nada otimistas.
Ontem se assistiu a uma composição política forçada pela gravidade dos
acontecimentos. A conflituosa instabilidade sinalizou para todos (na guerra
contra todos) que as disputas terminariam mal, com conseqüências desastrosas
para todos os envolvidos na guerra institucional. Sempre que se vislumbra que o
impasse vai dar merda, a oligarquia hegemônica movimenta seu Mecanismo para que
promova, com urgência, a famosa “conciliação”. Os “poderosos” foram
sensibilizados pelo risco de “estouro da boiada” – que não vai acontecer,
porque os potenciais revoltosos, na essência, são medrosos e têm medo psicológico
de uma repressão estatal violenta.
Executivo e Legislativo se viram forçados a promover uma trégua pragmática.
O Presidente da República e seus Generais concluíram o óbvio ululante: que não
governariam sem uma mínima base no Congresso Nacional. Quando ficou calara uma
aliança branca, não declarada, mas muito escancarada, do Poder Judiciário,
provocado sistematicamente pelos parlamentares e partidos políticos de oposição,
o Governo Federal foi obrigado a acordar, antes que sofresse um golpe político-constitucional
parecido com o aplicado contra a otária da Dilma Rousseff.
Para os próximos movimentos de avanço e recuo, ataque e defesa, na guerra
institucional pretensamente em trégua, é recomendável aguardar qual será a
atitude do Judiciário. A pancada que Bolsonaro ainda toma também liga o sinal
de alerta nos parlamentares. Afinal, eles também podem ser alvos fáceis da máquina
judasciária (que age com rigor ou perdão seletivos, conforme as conveniências).
Por isso, na aliança de momento entre Executivo e Legislativo pode ocorrer um
movimento para enquadrar os abusos de autoridade de alguns elementos do Judiciário.
Os militares, por exemplo, não querem dar um golpe, no estilo 1964.
Acontece que os Generais, também, não aceitam sofrer golpes judasciários que
atrapalhem a estratégia de poder que desenharam para tocar o Centro de Governo
até dezembro de 2022 ou além. Alguns “deuses” do Supremo Tribunal Federal –
qualquer bebê de colo sabe quais – insistem em agredir e confrontar o
Presidente com discursos politicamente ilegítimos no meio de seus votos. Nesta
toada, o pirão tem tudo para desandar.
Tudo pode acontecer – principalmente o inimaginável. A aparente “conciliação”
beneficia a hegemônica Turma do Mecanismo. O Crime Institucionalizado continua
no controle da situação, apesar da manifesta boa intenção do Capitão e seus
Generais. O medo do coronavírus e a bagunça econômica deixam o povo com um
misto de medo, insegurança e muita desconfiança.
Resumindo: Bolsonaro será atacado pelos inimigos de sempre, e será
extremamente cobrado por aqueles que o elegeram Presidente. É hora de
apresentar resultados concretos, objetivos, comprovados. Do contrário, vai
fazer papel de figurante nos palácios do Planalto e da Alvorada. Este é o
desejo do Mecanismo. Seria bom contrariá-lo...
Sexta Suprema
José Dias Toffoli palestra hoje, ao meio-dia, no LIDE Live – iniciativa do
Grupo Dória que reúne lideranças empresariais.
O Presidente do Supremo Tribunal Federal fará uma breve exposição sobre o
tema: "O papel do Judiciário no combate à crise e defesa da estabilidade
política".
Às 17 horas, o ministro Celso de Mello anunciará se libera ou não o
sigilo da reunião ministerial de 22 de abril, que Sérgio Moro considera como
prova de interferência do Presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.
Celso de Mello deveria
liberar geral, para a gente ver, na real, como vai ficar a confusão entre o
Judiciário e o Executivo.
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