Marco Guedes e Tony Chastinet, da Record TV
O consultor de informática Carlos Augusto de Moraes Afonso, de 45 anos, admitiu neste sábado (24) ser o dono da página Ceticismo Político, acusada de disseminar fake news sobre as causas da morte da vereadora Marielle Franco. Afonso, que operava nas redes sociais com o pseudônimo “Luciano Ayan”, é sócio de Pedro D’Eyrot, líder e um dos fundadores do MBL (Movimento Brasil Livre) em uma consultoria. Até o início deste mês, ele também era sócio, em outro negócio, de Rafael Rizzo, coordenador de comunicação do MBL.A página Ceticismo Político foi retirada do ar neste sábado pelo Facebook, porque constatou que o perfil “Luciano Ayan”, que administrava a página, era falso. A página
Ceticismo Político foi apontada em estudo da Universidade Federal do Espírito Santo como a grande impulsionadora das falsas acusações contra a vereadora do PSOL que tomaram conta das redes sociais horas após o assassinato de Marielle.Com a retirada da página da rede, o consultor de informática revelou a sua real identidade. Em nota publicada no site, rebateu as acusações de que dissemina fake news e assumiu a ligação com o MBL que sempre negou qualquer vínculo direto com Luciano Ayan e a página Ceticismo Político.Afonso é sócio de Pedro Augusto Ferreira Deiro, nome verdadeiro do também rapper Pedro D’Eyrot, na empresa Yey Inteligência, criada em setembro de 2017. Na Receita Federal, consta que a Yey é uma consultoria com sede no Centro de São Paulo. A empresa tem capital social de R$ 30 mil, sendo que o dirigente do MBL possui 75% das cotas.Outra empresa do consultor ligada a lideranças do MBL é a Itframing Serviços de TI que foi criada em 12 de julho de 2016, três meses depois do afastamento da então presidente Dilma Rousseff em meio ao processo de impeachment.A empresa informou aosórgãos oficiais que atua no segmento de tecnologia da informação. Até 5 de março deste ano, o sócio de Afonso era Rafael Almeida Rizzo, que tinha 10% do capital social da empresa. Rizzo é o coordenador de comunicação do MBLGuerra PolíticaEm conversa com o R7, Carlos Afonso disse que usava um pseudônimo para não misturar as atividades profissionais com a página de política no Facebook. “Comecei um site muito focado em métodos de guerra política. Era para ficar entre amigos”.Segundo Afonso, a decisão de revelar que era Luciano Ayan aconteceu devido à repercussão que a postagem sobre Marielle alcançou. “Quando grupos internos começaram a fazer chantagens, eu fui lá e mostrei mesmo. Até porque é normal. Não tenho nada a esconder”.O consultor ressalta que a ligação com o MBL se dá mais por afinidade ideológica. Ele fala pouco sobre os negócios com integrantes do movimento, mas confirma a sociedade na empresa com Pedro D’Eyrot, um dos fundadores do MBL. “Existe, sim. Tá lá, né? O registro, o meu nome e o do Pedro. Isso nunca foi negado, não”.
Documento mostra que Carlos e Pedro são sócios
ReproduçãoAfonso ratifica que o MBL desde sempre compartilhou o material publicado no site Ceticismo Político por concordar com as análises feitas por ele. “Existe uma relação de parceria, porque o movimento desde o início compartilhou o meu material, concordou com as minhas análises de guerra política e muitas das estratégias que publiquei foram adotadas”.Outro LadoO R7 não localizou Rafael Rizzo e Pedro D’Eyrot para comentar a sociedade com Carlos Afonso. Renan Santos, um dos coordenadores nacionais do MBL, disse por telefone que não podia falar. Foi enviado e-mail para a assessoria do movimento, que não respondeu até o momento.
Documento mostra que Carlos e Pedro são sócios
Reprodução
Afonso ratifica que o MBL desde sempre compartilhou o material publicado no site Ceticismo Político por concordar com as análises feitas por ele. “Existe uma relação de parceria, porque o movimento desde o início compartilhou o meu material, concordou com as minhas análises de guerra política e muitas das estratégias que publiquei foram adotadas”.
Outro Lado
O R7 não localizou Rafael Rizzo e Pedro D’Eyrot para comentar a sociedade com Carlos Afonso. Renan Santos, um dos coordenadores nacionais do MBL, disse por telefone que não podia falar. Foi enviado e-mail para a assessoria do movimento, que não respondeu até o momento.
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