quarta-feira, 3 de abril de 2019
A Noruega é um dos países mais igualitários entre sexos e as escolhas de
homens e mulheres são hoje mais tradicionais do que no passado. Ou
seja, quanto mais livre é o país, maiores são as diferenças. Adeus,
ideologia de gênero. Segue texto de Cristina Miranda, publicada pelo Observador:
A Noruega é um dos países mais igualitários entre sexos. Ao fim de 15
anos um jornalista quis saber que resultados se obtiveram com políticas
que deram mais liberdade e igualdade entre géneros naquele país. E as
descobertas foram surpreendentes: verificou que as escolhas das pessoas
são hoje mais tradicionais do que no passado concluindo que quanto mais
livre é o país maiores são as diferenças. Porquê? Porque onde há
liberdade absoluta e não condicionada, as pessoas seguem apenas seus
gostos e as mulheres e homens têm gostos diferentes.
Nesta reportagem norueguesa, que nenhum canal de televisão mostrou pois não interessa aos lobbys da ideologia de género,
é desmontado um a um todos os “argumentos” da ideologia de género. Na
primeira parte, o jornalista questionou todos os defensores da dita
ideologia perguntando se havia ou não diferenças entre homens e
mulheres. Todos respondem o mesmo: que não há diferenças nenhumas, que o
género é uma construção social, que ninguém nasce homem ou mulher, que o
género pode mudar ao longo da vida, que as escolhas são influência do
meio social na forma como a criança é educada. Na segunda parte, o
jornalista coloca as mesmas questões aos defensores das diferenças
biológicas que determinam as escolhas, mas ao contrário dos anteriores,
estes fundamentam com factos.
O Prof. Lippa responsável por um estudo que envolveu 53 nações de
todo os cantos do mundo de diversas culturas, descobriu que os homens
interessam-se por engenharias e trabalhos técnicos e as mulheres por
trabalhos com pessoas e que essas diferenças ocorrem quer em países como
a Noruega quer em países como a Arábia Saudita,o que revela que existe
algo biológico nas escolhas.
Para o comprovar, o médico pediatra Trond Diseth fez inúmeras
experiências com crianças. Colocou brinquedos femininos, masculinos e
neutros numa sala com um bebé de 9 meses do sexo masculino e feminino.
Verificou que a menina interessou-se por brinquedos ditos de menina
enquanto o menino por brinquedos ditos de meninos. Os neutros foram
ignorados inicialmente por ambos. Dirão alguns cépticos que aos 9 meses
as crianças já têm influências do meio refutando estes resultados.
Acertei? Pois bem, para esses o Prof. Baron-Cohen responde: com apenas
um dia de vida, as meninas fazem contacto visual com pessoas; os meninos
seguem visualmente objectos mecânicos o que revela que à nascença os
cérebros já se comportam de maneira diferente. E a culpa é da
testosterona, uma hormona essencial na determinação dessas diferenças:
quando os níveis de testosterona são elevados, o indivíduo tem menos
empatia, linguagem mais atrasada na infância, mais dificuldade no
reconhecimento das emoções, menos contacto visual com pessoas, mais
interesse por objectos, mais interesse por sistemas e por entender como
funcionam. Os meninos têm por norma duas vezes mais testosterona que as
meninas.
No final o jornalista confronta as duas partes. Quando pergunta “qual
a base científica”. Os defensores da ideologia género respondem que a
base é teórica, que é o pensamento que vê diferenças. Que são hipóteses
que se sobrepõem à ciência. Os segundos afirmam que as diferenças estão
provadas na biologia embora não descartem que a cultura influencia a
personalidade (e não sexo) de cada um.
Compreende-se assim porque na Noruega, onde não há barreiras nem
condicionalismos entre géneros, passados 15 anos os hospitais estão
vazios de homens e as empresas de engenharia vazios de mulheres. Ou
seja, de forma natural, as mulheres quando são absolutamente livres nas
suas escolhas, procuram trabalhos de interacção com pessoas que não
obrigam a esforços físicos e os homens preferem áreas das ciências
exactas e tecnologias com ou sem esforços físicos.
Quando a igualdade é forçada por decreto-lei ou de certo modo imposta
por razões económicas, tanto as mulheres como homens acabam por fazer
trabalhos que não são da sua preferência. Logo não reflecte a realidade
sobre igualdade de géneros.
A verdade é que por muita lavagem cerebral que façam logo no
infantário, continuará a haver mulheres a preferir a casa e família à
carreira, continuarão a ser maioritárias na saúde, educação e justiça
mas deficitárias na construção civil, tecnologias, transportes de
mercadorias, pescas, agricultura, indústrias pesadas, defesa e política
a menos que imponham quotas.
Perguntaram-me porque havia poucas mulheres em liderança. Ora basta
dar uma vista de olhos ao PORDATA e constata-se que são os homens que
mais trabalham por conta própria como empregador. Portanto, a liderança
não é privilegiada pelas mulheres que optam mais por criar seu próprio
emprego em vez de liderar e assumir riscos (Fonte PORDATA): População empregada por situação na profissão – Mulheres e População empregada por situação na profissão – Homens.
Em conclusão, se houver uma educação neutra, não condicionada por
nenhuma ideologia ou cultura, a criança segue o seu apelo biológico de
acordo com os níveis de testosterona que recebeu em feto. Nenhum
decreto-lei muda isto.
Infelizmente o que acontece de facto neste momento é que, à conta da
doutrinação da ideologia de género há uma pressão na criança desde tenra
idade para contrariar sua própria natureza estimulando os meninos a
serem meninas, as meninas a serem meninos. Daí a razão pela qual a
“igualdade” forçada onde essa ideologia está a ser imposta continuará a
provocar desigualdades e indivíduos frustrados. Porque quanto mais
lutarmos contra a natureza humana, mais ela se encarrega de repor tudo
no lugar mais cedo ou mais tarde.
A natureza é perfeita. Se não concebeu a hipótese de dois homens ou
duas mulheres engravidarem é porque os sexos não são iguais. São
complementos. Não há voltas a dar. E os mentores desta ideologia parva
sabem muito bem que para estarem por cá a debitar esta ideologia
fraudulenta, foi preciso, para nascerem, um aóvulo de uma mulher e um
espermatozóide de um homem, que só estes dois sexos podem produzir. Como
podem alegar que as diferenças não são biológicas mas sim construídas
culturalmente?
Há limites para tanta desonestidade intelectual. DO O.TAMBOSI
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