sábado, 16 de março de 2019
Covardia mesmo transmitem os que insistem em dizer que somente com
políticas de desarmamento atos de terrorismo como esses não ocorreriam.
Artigo de Roberto Rachewsky, publicado pelo Instituto Liberal:
Medo, pavor e desespero perante a iminência de se tornarem vítimas de
um ataque imprevisto dominam as mentes e impossibilitam uma reação
coordenada para impedir que os criminosos tenham sucesso na sua
empreitada homicida. Obviamente, não se pode dizer que a falta de uma
atitude heroica é covardia porque não é.
O desejo de sobrevivência que mantemos no nosso subconsciente toma
conta da mente e a única coisa em que se pensa é deixar o local da
tragédia o mais rápido possível. É isso que se vê nas imagens tristes e
impressionantes.
Covardia mesmo transmitem os que insistem em dizer que somente com
políticas de desarmamento atos de terrorismo como esses não ocorreriam.
A covardia, nesses casos, diz respeito ao medo de pensar,
relaciona-se com o pavor de ter que enfrentar a realidade objetiva,
fatos e evidências, deriva do desespero por querer propagar soluções
fáceis que não encontram eco na racionalidade.
Armas para a defesa são as únicas formas de inibir as armas que atacam.
Vigias, professores e funcionários desarmados nada mais são do que vítimas em potencial de assassinos armados.
Vigias, professores e funcionários treinados e capacitados para
agirem com o intuito de retaliar contra ataques como esses são a única
maneira de evitar ou minimizar a perda de vidas preciosas.
Câmeras de vídeo, como as que expuseram o massacre, não servem de
segurança para eventos dessa natureza. O que elas proporcionam é um
espetáculo dantesco que choca, comove e irrita pela incompreensão das
autoridades quanto à necessidade de a população poder exercer o seu
legítimo direito de defesa tolhido pela arrogância dos mistificadores
estatólatras.
O governo, representado pelas forças policiais, não é onipresente nem
onipotente para estar em todos os lugares onde crimes como esse podem
ocorrer. O trabalho da polícia é complementar e visa mais remediar do
que prevenir atos desse tipo.
Há mais do que suficientes casos onde se viu e se sabe que, quando no
local onde se inicia uma ação violenta alguém porta uma arma com
chances de retaliar, os criminosos acabam sendo neutralizados.
Quando não se tem recursos de defesa porque as leis impedem os
cidadãos de se defenderem, aqueles que impõem essa situação são
coniventes com a ação violenta dos criminosos, fazendo com que os que
promovem as políticas de desarmamento tornem-se cúmplices daqueles que,
motivados sabe-se lá pelo quê, resolvem tirar a vida alheia.
O vídeo é chocante. Se você é a favor do desarmamento, recomendo que
você assista, porque talvez a realidade escancarada na sua frente
consiga te fazer ver que se uma pessoa de bem, apenas uma, pudesse
reagir, vidas perdidas poderiam ter sido salvas.
O direto à legítima defesa baseia-se na lei da causalidade e não em
políticas utilitaristas. Ou seja, ninguém deve ser obrigado a se armar
para salvar vidas, mas sim, ninguém pode ser impedido de se armar para
salvar a sua.
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