sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Tempos de Guerra e/ou Morte!

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
É inaceitável, lamentável e imperdoável que alguns ministros do Supremo Tribunal Federal sejam os responsáveis diretos pelo desgaste de imagem da mais alta Corte do Brasil. O Judiciário como um todo acaba desmoralizado por erros básicos de comunicação, posturas e decisões judiciais controversas de magistrados escolhidos politicamente e sem controle direto de cidadãos eleitos e capacitados juridicamente para fiscalizar a ação do Judiciário. Por que não?...
Apesar do problema visível – ministros são criticados publicamente, pessoalmene e nas redes sociais -, é fundamental chamar a atenção para a causa real do fenômeno. A culpa ou dolo não podem ser atribuídas diretamente ao comportamento equivocado dos ministros - por melhores ou piores que eles sejam ou possam parecer. Importantíssimo é compreender que tem raiz estrutural a Crise institucional que redunda na guerra de todos contra todos.
Ministros do Supremo e demais magistrados brasileiros julgam com base em uma Constituição que já teve, desde 1988, nada menos que 106 emendas, sendo 99 do tipo ordinário. Pior ainda? Tramitam no Congresso Nacional mais de 1500 propostas de emendas constitucionais. Quer piorar a bagaça jurídica? O Brasil tem cerca de 200 mil normas legais em vigor. Milhares delas se conflitam com as outras.
Tudo isso, combinado ou misturado, causa a hedionda insegurança jurídica. Impunidade, julgamentos equivocados, infinidade de recursos judiciais e rigor seletivo (pune um e perdoa outro por motivos parecidíssimos) formam o caos que gera insegurança do Direito (o contrário da Democracia) e empodera a organização criminosa que usa a máquina estatal contra o cidadão, gerador de emprego e empreendedor.
Não adianta apenas criticar magistrados individualmente. O modelo estatal Capimunista rentista e o sistema institucional, com insegurança do Direito, são instrumentos de controle e dominação usados para manter o Brasil em estágio de subdesenvolvimento, com pobreza, violência irracional, criminalidade descontrolada e muita corrupção. Tudo isso é conseqüência – e não causa – da barbárie estrutural. O problema original só encontrará solução verdadeira através de um inédito pacto cidadão que promova o debate e a execução prática de um Projeto Estratégico de Nação.
Vivemos tempos de Guerra e Morte! A novidade (nada boa) é que o problema tende a se agravar. O duro combate ao Crime Institucionalizado – conforme sinaliza o Governo Federal que assume a partir de 1º janeiro – terá como efeito direto (e espera-se momentâneo) uma explosão de violência pela repressão legítima dos aparelhos repressivos estatais. Na verdade, também será uma guerra de comunicação. Bandidos posarão de “vítimas” da sociedade, das Forças Armadas e Auxiliares e da Polícia, mas também do Ministério Público e do Judiciário.
A constatação assustadora é que o aparato repressivo estatal não conta com suficiente e imprescindível segurança do Direito para cumprir a missão de combater o Crime que só se organiza com a participação do “Mecanismo” estatal. Resolver tamanha contradição estrutural não será fácil. Existe risco real de agravamento dos abusos de autoridade e do rigor seletivo - na punição, impunidade ou perdão.
Os autoproclamados “defensores dos direitos humanos” – na verdade, “dos manos” – devem ganhar holofotes midiáticos mais que sempre. Na tática de propaganda criminosa, os legítimos agentes da repressão correm risco de desmoralização imediata. Curiosamente, a maioria do eleitorado que deseja paz, justiça, segurança e prosperidade econômica é o mesmo segmento social seduzível pelo discurso fácil dos bem pagos defensores dos criminosos.
Não é fácil se preparar para tamanha guerra – já em andamento há muito tempo e que tende a se agravar a partir do instante em que a equipe liderada por Sérgio Moro começar um inédito combate ao Crime Institucionalizado. Os mafiosos, naturalmente, reagirão. Usarão seus tentáculos na máquina estatal para sabotar o trabalho. Também devem intensificar a violência ilegal e ilegítima para causar ainda mais medo na população já apavorada, seja nos bolsões de pobreza ou nas áreas que ostentam “riqueza”.
O jogo de guerra é brutíssimo. É Guerra e Morte! Trata-se de uma missão para estrategistas. É trabalho para águias, e não para pombos. É tarefa para samurais, e não gueixas. Não depende apenas da capacidade dos militares, mas precisa contar com amplo apoio da maioria da população – aquela mesma que acaba sendo influenciável pelo discurso fácil dos supostos “direitos” e da visão corrompida de “liberdade” para criminosos de toda espécie – políticos ou não.            
Resumindo: O desafio de combater o Crime Institucionalizado é gigantesco. O “Mecanismo” usará seus agentes conscientes e inconscientes para nada mudar. O esquema criminoso, certamente por inspiração política, já tentou assassinar Jair Bolsonaro durante a campanha. Imagina o que pode fazer quando ele assumir a Presidência da República. O Crime ultrapassou todos os limites? Talvez, ainda não...
Por isso, é fundamental um impressionante – e talvez inédito – pacto nacional não só contra o Crime (que é um instrumento de controle social). Fundamental é a defesa do aprimoramento institucional, com base na Honestidade, na transparência e no controle direto de cidadãos sobre a máquina estatal, para a construção de uma Democracia que nunca tivemos de verdade no Brasil.
A “seleção de craques” de Jair Bolsonaro não pode perder tempo com vaidosas intrigas internas. O inimigo segue atento para dar o bote na hora que for realmente atacado de maneira ostensiva. A maioria da população precisa ser – e estar – preparada para tempos de guerra e morte. Militares estão prontos por dever profissional. O “povão”, ainda não... Talvez, nunca esteja... Eis o problema de complexa solução...
Barradas no Cárcere
A senadora Gleisi Hoffmann (deputada federal eleita) e a ex-Presidenta Dilma Rousseff (candidata derrotada ao Senado e provável futura ré em ações da Lava Jato) reclamam que foram barradas nas espetaculosas visitas ao Presodentro Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba.

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