quarta-feira, 21 de novembro de 2018

“Quem ferrou o Brasil foram os economistas”


quarta-feira, 21 de novembro de 2018


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil
No Brasil, a verdade dói para quem não está acostumado a ouvi-la, principalmente quando sai da boca de autoridades com um mínimo de sinceridade e bom senso.
“Quem ferrou o Brasil foram os economistas”. A frase do futuro Presidente, Jair Messias Bolsonaro deixou muito tecnocrata pt da vida... Imediatamente, um alto conselheiro do setor energético do governo FHC disse, em entrevista, que “o novo governo não deve desviar a PETROBRÁS da sua missão de remunerar bem os acionistas”.
Esse mantra rentista vem sendo aplicado no Brasil nos últimos 30 anos e é o grande responsável pela convulsão social silenciosa que vivemos nos dias de hoje. Em que Planeta alguém em sã consciência afirma ser benéfico para uma Nação criar um MONOPÓLIO ESTATAL que tem como missão gerar lucro para acionistas?
Até na antiga União Soviética, as empresas estatais visavam ao bem estar da população. Afinal é para isto que serve uma estatal e muito mais ainda, um monopólio estatal. Remunerar especuladores através de monopólio estatal só é bom para a burocracia estatal criminosa que precisa ser expulsa do estado brasileiro.
De onde vem este Lucro que remunera maravilhosamente bem os acionistas deste monopólio? Não vem da Bolsa de valores. Vem, sim, do bolso das famílias... Vem do desemprego... Vem do elevadíssimo custo Brasil... Vem do péssimo crescimento do PIB brasileiro... Vem do modelo Capimunista Rentista e Corrupto que precisa ser superado e extinto.
É preciso que uma pessoa simples, de bom senso e que se elegeu o novo Presidente da República, para enxergar que os economistas, agentes conscientes ou inconscientes erraram e ferraram o Brasil? Sim, porque a burocracia brasileira e seus tecnocratas não querem ou não podem dizer isso. Nunca...
Os brasileiros pagam valores altíssimos pelo combustível que move a economia. E a função do monopólio da extração do petróleo é a de remunerar seus acionistas, ou melhor, seus rentistas? É essa dessa mentalidade equivocada que fala o Presidente eleito Bolsonaro. Curiosamente, quase não houve críticas ao discurso verdadeiro dele...
Os governos brasileiros, nos últimos 30 anos, priorizaram a criação de negócios particulares às custas da população e do Estado brasileiro.
Enquanto isso, os empresários “sem esquemas” ou “sem padrinhos” políticos enfrentaram a dura realidade criada por tantos monopólios, “cartórios” e oligopólios privados e públicos.
Por causa disso, nossos pedágios são absurdamente caros, mas não temos uma malha viária decente. Também por isso, a nossa energia (combustível, elétrica e outras) são tão caras. Tudo para viabilizar os ganhos das oligarquias que escravizam o Brasil.
E os economistas são os grandes maquiadores que mascaram essa nova modalidade de escravidão como se fosse a “modernidade”. O novo governo se elegeu pela sintonia com os anseios da população prejudicada pelo exceso e abuso de poder estatal.
Chega de economistas meramente rentistas! O Brasil não pode perder o timming das mudanças estruturais. Mais Brasil e Menos Brasília!
Que doideira!
Notícia assustadora para Jair Bolsonaro no Valor Econômico:
“Um relatório de riscos fiscais enviado pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que apenas 60 ações em curso na Justiça - que envolvem a União e cinco que envolvem autarquias e fundações - podem impactar em pelo menos R$ 510 bilhões para os cofres do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro”.
Até que ponto os “direitos” da burocracia são mais importantes que o interesse público e a sustentabilidade da própria administração pública?
Mais doideira!
O Estadão traz outra notícia desesperadora:
“O governo de Jair Bolsonaro dificilmente conseguirá zerar o déficit primário das contas públicas nos próximos quatro anos. A avaliação é do diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto, que descartou a possibilidade de se zerar o rombo federal em 2019, como já cogitou o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Nas contas do órgão, mesmo com a aprovação de reformas, as contas públicas só voltarão ao azul em 2023, já no governo seguinte”.
Haja rombo!
Mais uma terrível do Estadão:
“O governo de Jair Bolsonaro terá de cortar R$ 37,2 bilhões em despesas por ano até o fim do mandato para não descumprir a regra do teto de gastos, que proíbe que eles cresçam em ritmo superior à inflação. Em quatro anos, será necessário reduzir em R$ 148,8 bilhões as despesas primárias (que excluem o pagamento com juros) - o equivalente a um corte anual de 0,5 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB)”.
Resumindo: Pelo andar da carruagem, sempre à frente dos burros, tudo indica que Jair Bolsonaro ficará refém dos economistas...

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