domingo, 14 de outubro de 2018
"O segundo turno deverá provocar o fim do PT como força política. Aos
brasileiros respeitáveis não restará alternativa senão derrotá-lo, ainda
que o remédio a alguns possa parecer amargo. Diante da urna eletrônica
não nos esqueçamos de que o PT nunca se alinhou com países democráticos.
As alianças que celebrou foram com Cuba de Fidel Castro, a Venezuela de
Chaves e Maduro, a Bolívia de Evo Morales e ditaduras africanas
corruptas". O alerta é do ex-ministro Almir Pazzianotto, em artigo
publicado pelo Diário do Poder:
A disputa no segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad,
advogado e porta-voz de Lula, ou entre a sobrevivência da Constituição
democrática e a ditadura petista, não permite ao cidadão consciente
ocultar-se atrás de cortina de neutralidade. As pessoas do bem, os
democratas por formação e convicção, devem assumir a defesa dos
princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade,
ignorados no catecismo petista.
Sabemos que a vitória de Fernando Haddad trará, como imediata
consequência, a libertação de Lula por horda enfurecida, mobilizada para
arrancá-lo do prédio da Polícia Federal e carregá-lo em triunfo pelas
ruas de Curitiba. Ato contínuo, serão libertados outros condenados pelo
juiz Sérgio Moro por crimes apurados na operação lava jato.
O Brasil suportou longos anos de regime petista e os brasileiros
sabem o que isso significa. A economia foi destruída, a política
desacreditada, o País desindustrializado, o Tesouro Nacional, o BNDES, o
Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, a Petrobrás e os fundos de
pensão saqueados. Rios de dinheiro foram canalizados para apoiar
ditaduras africanas e latino-americanas. Não satisfeito o PT usou e
abusou da corrupção e do aparelhamento do Estado para se consolidar no
governo, ao qual procura retornar a fim de arrebatar definitivamente o
poder.
Dilma Roussef, um dos postes fincados por Lula na Praça dos Três
Poderes, foi destituída da presidência da República pelo Congresso
Nacional, graças à iniciativa do falecido Dr. Hélio Bicudo, fundador
arrependido do PT, de Miguel Reale Júnior e de Janaína Paschoal. O
processo de impeachment só não foi perfeito porque artifício de última
hora, no Senado, lhe poupou os direitos políticos. Rejeitada no Rio
Grande do Sul transferiu-se para Minas Gerais, onde acaba de sofrer
humilhante derrota na tentativa de se eleger senadora.
O apego do PT ao crime pode ser avaliado pelo refúgio concedido ao
terrorista italiano Cesare Batistti durante o governo do presidente
Lula. Na ocasião escrevi dois artigos, publicados pela imprensa e
reproduzidos em meu livro O Ponto e a Curva (Loqüi Editora, SP, 2013). O
primeiro tem o título Terroristas, e o segundo O Caso Cesare Battisti.
Relembro que o facínora, natural de Sermoneta na Itália, onde nasceu em
1954, depois de preso como ladrão e prática de outros crimes, em 1976
passou a integrar o grupo terrorista PAC – Proletários Armados do
Comunismo surgido das Brigadas Vermelhas. Acusado de assassinar quatro
pessoas: Antonio Santoro, agente penitenciário; Pierluigi Torregiani,
joalheiro; Lívio Sabatini, açougueiro; e o policial Andrea Campagna,
deixando o filho deste último paraplégico em cadeira de rodas, foi
processado e condenado à prisão perpétua pela Justiça italiana. O
processo correu à revelia, em virtude do desaparecimento de Battisti.
Após se esconder em outros países, foi preso no Brasil em 2007.
Antecipando-se à decisão do pedido de extradição no Supremo Tribunal
Federal, formulado pelo governo italiano, o Ministro da Justiça Tarso
Genro conferiu ao criminoso de alta periculosidade o benefício de
asilado político, deferido por Lula.
Não pertenço às fileiras do partido de Jair Bolsonaro. Sei pouco a
respeito da sua personalidade e das alianças que o elegeram. Conheço,
entretanto, o PT desde a gestação em São Bernardo do Campo. Foi fundado
com o objetivo de conquistar a hegemonia política no Brasil, para
implantar ditadura radical esquerdista, se necessário com violência e
rasgando a Constituição.
O recente livro Como as Repúblicas Morrem, de Steven Levitsky &
Daniel Ziblat (Jorge Zahar Editor, RJ, 2017), nos traz a seguinte
advertência: Uma das grandes ironias de como as democracias morrem é que
a própria defesa da democracia é muitas vezes usada como pretexto para a
subversão” (pág. 94). A Constituição de 1988 é vítima da prolixidade.
Não deixa de ser, todavia, a que temos e devemos preservar. Rejeito a
proposta de lipoaspiração sugerida pelo ex-Ministro Nelson Jobim; de se
entregar a grupo de juristas a redação de texto base, destinado a ser
submetido a referendo popular; de convocação de assembleia constituinte
exclusiva. Qualquer tentativa de derrubar a 8ª Constituição da República
deverá ser encarada, nas atuais circunstâncias, como conspiração
golpista, de imediato barrada pelo Supremo Tribunal Federal, a quem
compete a defesa precípua da Lei Fundamental.
Segundo o professor Jairo Nicolau, “estamos atravessando desde 2013
um momento turbulento que nos faz ter a sensação de que algo está fora
de ordem em nossa democracia” (Como Morrem as Democracias, prefácio,
pág. 11). A responsabilidade por nos encontramos fora de ordem pertence
ao PT e seus aliados, como resultado de ruinosa administração da
presidente Dilma Roussef, fanática petista que aprofundou os problemas
gerados por Lula em dois mandatos. Se as finanças públicas estão
desarrumadas, se a Previdência Social está arruinada, se a educação, a
saúde e a segurança estão falidas, se temos 13 milhões de desempregados e
outros 30 ou 50 milhões vivendo abaixo da linha da miséria, a
responsabilidade recai sobre Lula e Dilma, seus ministros e todos
aqueles que lhes deram apoio. Pesa, também, nas costas daqueles que lhe
não fizeram oposição viril, combativa, constante e atuante, que é o caso
do PSDB.
O segundo turno deverá provocar o fim do PT como força política. Aos
brasileiros respeitáveis não restará alternativa senão derrotá-lo, ainda
que o remédio a alguns possa parecer amargo. Diante da urna eletrônica
não nos esqueçamos de que o PT nunca se alinhou com países democráticos.
As alianças que celebrou foram com Cuba de Fidel Castro, a Venezuela de
Chaves e Maduro, a Bolívia de Evo Morales e ditaduras africanas
corruptas. DO O.TAMBOSI
Almir Pazzianotto Pinto é advogado. Foi Ministro do Trabalho e presidente do Tribunal Superior do Trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário