terça-feira, 4 de setembro de 2018
Para os liberticidas petistas, o partido não é obrigado a respeitar a
legislação eleitoral nem, muito menos, as decisões do Tribunal Superior
Eleitoral, assinala editorial do Estadão. Aliás, já passou da hora de
extinguir o partido mais antidemocrático da história brasileira:
A eleição de um presidente da República por meio do voto é expressão
inequívoca da soberania popular. Para o PT, contudo, não cabe ao povo
brasileiro estabelecer as regras de funcionamento desse processo.
Pouco importa se essas regras estão baseadas em leis livremente
pactuadas, aprovadas por seus representantes legítimos no Congresso
Nacional e cuja constitucionalidade é atestada pela mais alta instância
judicial, o Supremo Tribunal Federal. Segundo a patológica visão petista
de democracia, bastam duas assinaturas num pedaço de papel, em nome de
um comitê sem caráter deliberativo, vinculado a uma entidade
internacional sem jurisdição sobre as eleições no Brasil, para subtrair
do povo brasileiro – representado por suas instituições democráticas,
que funcionam de forma regular, em conformidade com a Constituição – a
autoridade para nortear a eleição presidencial.
Em seus já anunciados recursos contra a decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) de cassar a candidatura de Lula da Silva à Presidência
da República, a defesa do demiurgo petista, conforme relatou o PT em
nota oficial, vai insistir na tese segundo a qual o Brasil “tem a
obrigação de cumprir” a “determinação” do Comitê de Direitos Humanos da
ONU para “garantir os direitos políticos de Lula, inclusive o de ser
candidato”.
Há vários problemas nessas poucas palavras. Em primeiro lugar, o
Comitê de Direitos Humanos da ONU não “determinou” nada. O documento ao
qual o PT se refere é uma mera recomendação, assinada por apenas dois
dos 18 integrantes do tal comitê. Mas, ainda que fosse uma demanda
explícita, não teria qualquer valor jurídico no Brasil, porque o comitê
não tem competência jurisdicional, limitando-se a funções técnicas.
Trata-se de organismo que emite avaliações sobre alegadas violações de
direitos humanos de indivíduos, no âmbito do Protocolo Facultativo do
Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, ratificado no Brasil
por decreto legislativo de 2009. Esse Protocolo, contudo, não tem valor
jurídico no País porque não foi sancionado pelo presidente da República,
conforme determina o artigo 84 da Constituição.
Ou seja, nem Lula da Silva quando era presidente nem sua criatura e
sucessora, Dilma Rousseff, sancionaram a adesão do Brasil ao Protocolo
que agora o PT invoca em defesa de seu encarcerado líder. Ironicamente,
foi a assinatura de Lula da Silva que deu vida à Lei da Ficha Limpa,
base da impugnação de sua candidatura. Esta, sim, está em pleno vigor no
Brasil e impede que condenados por órgão judicial colegiado concorram a
cargos eletivos. É sempre bom lembrar que, ademais de ter respeitado
todos os trâmites democráticos, a Lei da Ficha Limpa nasceu de
iniciativa popular, com mais de 1,5 milhão de assinaturas. Ou seja, a
candidatura de Lula da Silva foi impugnada em respeito a leis e
instituições absolutamente regulares e em vigor no País.
Mas é claro que nada disso importa para os liberticidas petistas. Seu
objetivo não é nem nunca foi a manutenção da democracia, e sim sua
destruição. Julgando-se o único intérprete da vontade popular, o PT
argumenta que Lula tem o direito de ser candidato à Presidência porque é
isso o que o “povo” quer. Na visão petista, nem seria necessário
realizar a eleição, porque Lula já está eleito, restando apenas
entregar-lhe a faixa. Nessa narrativa, a prisão do petista por corrupção
e lavagem de dinheiro é apenas uma tentativa desesperada das “elites”
de impedir o Brasil de ser “feliz de novo”.
Por isso, o PT não se julga obrigado a respeitar a legislação
eleitoral nem, muito menos, as decisões do TSE. Logo depois da cassação
da candidatura de Lula, o chefão petista continuava a ser apresentado
pela propaganda petista, em desafio aberto ao ditado do Tribunal, como
postulante à Presidência. A propaganda eleitoral, bancada com dinheiro
público, continua a servir para o PT espicaçar o TSE, tumultuar o
processo eleitoral e fazer seu libelo contra o Estado.
Isso só terá um fim quando o partido for exemplarmente punido pelo
seu recorrente desrespeito às instituições democráticas, das quais agora
não reconhece nem mesmo seu caráter essencialmente soberano.
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