terça-feira, 21 de agosto de 2018

Petismo X Antipetismo

Os marqueteiros insistem que o eleitorado vai se dividir entre PT e PSDB.
A disputa, porém, é entre petismo e antipetismo.
Nesse campo, ninguém é páreo para Jair Bolsonaro, como mostra a análise de seu movimento nas redes sociais, feita por O Globo:
“No Facebook, o que mais beneficia Bolsonaro é o antipetismo. Foi durante a crise política que levou ao impeachment que ele mais conseguiu atrair novos seguidores. Na semana do dia 13 de março de 2016, que começou com uma manifestação que pedia a saída de Dilma Rousseff, foram 178 mil novas curtidas. O segundo melhor desempenho foi no mês seguinte, na semana do dia 17, após a votação do impeachment na Câmara, com 92 mil novas curtidas. Logo atrás, com 91 mil novos seguidores, vem a semana o dia 21 de janeiro de 2018, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Os dados de curtidas são semelhantes aos das interações (soma de curtidas, comentários e compartilhamentos nas publicações). As duas semanas com melhores números também foram em março e abril de 2016.”

O protesto fake

Lula e Dilma Rousseff sempre ignoraram os relatórios da ONU.
Diz Merval Pereira:
“A reação dos petistas à recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU relativa à candidatura de Lula nas próximas eleições é exemplar do dito popular ‘faça o que eu digo, não faça o que eu faço’.
Enquanto neste momento há um movimento articulado para espalhar que o governo brasileiro é obrigado a cumpri-la, liberando Lula para ser candidato à presidência da República, em outros o governo petista agiu justamente ao contrário, alegando que comitês tanto da ONU quanto da OEA não têm capacidade de intervenção em questões internas do país.
Assim como hoje, chefiado pelo tucano Aloysio Nunes Ferreira, o Itamaraty no tempo de Lula ou Dilma afirmava que as conclusões do comitê têm caráter de recomendação e não possuem efeito juridicamente vinculante.
Em 2011, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos recomendou a suspensão imediata da Hidrelétrica de Belo Monte (…).
O governo da presidente Dilma, em retaliação ao que considerou uma intromissão em assuntos internos, suspendeu o repasse de verba à entidade, de US$ 800 mil.
A diplomacia brasileira classificou a medida de ‘precipitada e injustificável’, e ainda chamou o embaixador brasileiro de volta, o que, em linguagem diplomática, significa um protesto em nível máximo”.

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