Preparando-se
para sair do Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles ingressa nesta
terça-feira nos quadros do (P)MDB. Transferirá para o sucessor Eduardo
Guardia a atribuição de gerir o rombo fiscal. E passará a se dedicar a
uma organização partidária com fins lucrativos, 100% financiada pelo
déficit público.
O objetivo de Meirelles é o de se tornar candidato da legenda à Presidência da República. Até a semana passada, enfrentava a hipotética concorrência de Michel Temer. Mas o inquérito sobre os portos vai corroendo o projeto eleitoral do presidente. O desafio seguinte será monetário.
Uma banda do PMDB prefere que o partido se abstenha de torrar dinheiro do fundo eleitoral com um candidato à Presidência, reforçando o caixa de candidatos à Câmara e ao Senado. Milionário, Meirelles talvez tenha de pagar do próprio bolso uma parte de sua eventual campanha presidencial.
Considerando-se que Meirelles ostenta nas pesquisas apenas 1% das intenções de voto, investir suas economias no autofinanciamento eleitoral tem tudo para ser um péssimo negócio. O quase-ex-ministro imagina que sua passagem pela pasta da Fazenda lhe renderá votos. Falta-lhe, porém, um Plano Real.
Ao domar a superinflação, o tucano Fernando Henrique Cardoso, que serve de modelo para Meirelles, saltou da Fazenda para o Planalto impulsionado por uma elevação automática do poder de compra dos brasileiros. Mas a interrupção do ciclo recessivo, principal obra de Meirelles, produz resultados mais lentamente. O índice de desemprego, por exemplo, ainda é estratosférico.
De resto, Meirelles terá de lidar com três deficiências: seu carisma de pedra de gelo, a bola de ferro em que se converteu o governo Temer e o déficit moral do PMDB, seu novo partido..
O objetivo de Meirelles é o de se tornar candidato da legenda à Presidência da República. Até a semana passada, enfrentava a hipotética concorrência de Michel Temer. Mas o inquérito sobre os portos vai corroendo o projeto eleitoral do presidente. O desafio seguinte será monetário.
Uma banda do PMDB prefere que o partido se abstenha de torrar dinheiro do fundo eleitoral com um candidato à Presidência, reforçando o caixa de candidatos à Câmara e ao Senado. Milionário, Meirelles talvez tenha de pagar do próprio bolso uma parte de sua eventual campanha presidencial.
Considerando-se que Meirelles ostenta nas pesquisas apenas 1% das intenções de voto, investir suas economias no autofinanciamento eleitoral tem tudo para ser um péssimo negócio. O quase-ex-ministro imagina que sua passagem pela pasta da Fazenda lhe renderá votos. Falta-lhe, porém, um Plano Real.
Ao domar a superinflação, o tucano Fernando Henrique Cardoso, que serve de modelo para Meirelles, saltou da Fazenda para o Planalto impulsionado por uma elevação automática do poder de compra dos brasileiros. Mas a interrupção do ciclo recessivo, principal obra de Meirelles, produz resultados mais lentamente. O índice de desemprego, por exemplo, ainda é estratosférico.
De resto, Meirelles terá de lidar com três deficiências: seu carisma de pedra de gelo, a bola de ferro em que se converteu o governo Temer e o déficit moral do PMDB, seu novo partido..
‘STF pode abrir a Caixa de Pandora das prisões’
Josias de Souza
Ailton
Benedito de Souza, chefe da Procuradoria da República em Goiás,
afirmou: “O Supremo Tribunal Federal abrirá a Caixa de Pandora das
cadeias se revisar a jurisprudência que vigora desde 2016 sobre a prisão
de condenados em segunda instância.” A revisão será esboçada se a
Suprema Corte deferir, nesta quarta-feira, o pedido de Lula para não ser
preso. Nessa hipótese, declarou o procurador, “a caixa será aberta sem
que ninguém tenha prestado atenção sobre os males que estão lá dentro e
sobre as consequências de uma liberação feita de afogadilho.”
Ailton de Souza disse que “há de tudo na Caixa de Pandora das prisões: corremos o risco de ter que soltar criminosos de alta periculosidade, envolvidos em corrupção, assassinato, roubo, latrocínio, estupro e toda sorte de crimes. É gente que cumpre pena depois de condenação na segunra instância e, por isonomia, pode ganhar a liberdade por conta de uma mudança de entendimento do Supremo.”
Ailton de Souza participou do grupo que coordenou a elaboração de manifesto em defesa da manutenção da regra sobre prisão. Concluído na quarta-feira da semana passada, o documento foi subscrito por mais de 5 mil procuradores, promotores e juízes de todo o país em cinco dias. O texto foi entregue na Suprema Corte nesta segunda-feira.
Ailton de Souza disse que “há de tudo na Caixa de Pandora das prisões: corremos o risco de ter que soltar criminosos de alta periculosidade, envolvidos em corrupção, assassinato, roubo, latrocínio, estupro e toda sorte de crimes. É gente que cumpre pena depois de condenação na segunra instância e, por isonomia, pode ganhar a liberdade por conta de uma mudança de entendimento do Supremo.”
Ailton de Souza participou do grupo que coordenou a elaboração de manifesto em defesa da manutenção da regra sobre prisão. Concluído na quarta-feira da semana passada, o documento foi subscrito por mais de 5 mil procuradores, promotores e juízes de todo o país em cinco dias. O texto foi entregue na Suprema Corte nesta segunda-feira.
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