quinta-feira, 29 de março de 2018

Objetivo de busca em empresa portuária é coletar provas de corrupção, diz ministro Luís Roberto Barroso em mandado


Ele é relator do inquérito no STF que investiga se presidente Michel Temer beneficiou empresa Rodrimar em troca de propina. Ministro mandou PF apreender documentos, arquivos e dinheiro.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou à Polícia Federal fazer busca e apreensão de documentos, arquivos eletrônicos, objetos e valores em espécie em seis empresas do grupo Rodrimar, empresa com atividades no porto de Santos. A ação foi executada nesta quinta-feira (29), dentro da Operação Skala, da PF, que também incluiu prisões em São Paulo e no Rio de Janeiro.
A ordem consta de mandado de busca e apreensão emitido no último dia 27 pelo ministro no âmbito do inquérito que investiga se o presidente Michel Temer, por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento de propina. Barroso é o relator do inquérito no STF.
De acordo com o texto do mandado, o objetivo foi coletar provas "referentes ao possível cometimento de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa/organização criminosa e ilícitos a eles correlatos".
O ministro autorizou os agentes da PF a apreender:
  • registros e livros contáveis e fiscais, ordens de pagamento, documentos de movimentação de contas bancárias, contratos, notas fiscais, recibos
  • HDs, laptops, notebooks, pendrives, CDs, DVDs, aparelhos de telefone celular, agendas eletrônicas
  • valores em reais ou moeda estrangeira superiores a R$ 20 mil que não tenham comprovação de origem lícita
  • objetos suspeitos de serem produto de lavagem de dinheiro.
No documento, Barroso determinou que a ação fosse efetuada "com discrição", a fim de se evitar a "desnecessária exposição dos investigados e das testemunhas".
Por Andréia Sadi

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