quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
A agenda cidadã de 2018 tem uma
prioridade muito mais relevante que o processo eleitoreiro obrigatório e
inconfiável, sem direito a recontagem de votos. Temos de investir seriamente
nos debates em torno de uma Nova Constituição para o Brasil. Este dever de casa
faz parte do processo inevitável de Intervenção Institucional. Eis o trabalho
de transformação, do alicerce ao telhado.
Detalhe fundamental: Essa nova CF tem
de ser escrita por nós, brasileiros, sem o dedo dos atuais congressistas. A
nova carta deve passar pelo *referendum* da população (sob grande mobilização
popular). Seu ponto fundamental é a implantação de um Estado
Liberal-Democrático. Seu texto deve servir de base para o Federalismo Pleno (sem
“tapa-buracos de revisão do pacto federativo”), a antunomia administrativa,
legal e política e a descentralização do poder político e de recursos
financeiros a partir dos municípios, onde nós moramos.
Vale insistir: O gargalo do Brasil é
o modelo estatal, Capimunista, Rentista e Corrupto. Romper com ele e mudá-lo é
a prioridade das prioridades. Sem esta transformação estrutural não existe
solução concreta. Não basta reformar. É urgente romper com o intervencionismo
estatal consagrado pela Constituição-Vilã de 1988. O Brasil não tem outra saída
– a não ser o porto ou o aeroporto. Com certeza, este é o caminho mais sofrido.
A lição já sabemos de cor, só nos
resta fazer. Temos muitas forças (cérebros) dispersas. Aos poucos, acontece uma
aglutinação. O momento é de um grande “CONCLAVE PELO BRASIL”. O momento exige
união e alinhamento de propostas. Não se pode perder a janela de oportunidade
aberta por um País hoje mobilizado no combate à corrupção – que não é causa,
mas sim conseqüência do modelo estatal a ser mudado.
Até agora, os postulantes a uma
candidatura presidencial não assumiram um compromisso concreto com a mudança
institucional. Na verdade, é o segmento esclarecido e mobilizado do povo quem
tem a missão de colocar o “bode na sala”. Temos de submeter a proposta da Nova
Constituição ao amplo e livre debate, levando-a aos políticos que sonham com o
Palácio do Planalto. Eles devem ser provocados, naturalmente, a definir de que
lado estão: a favor das mudanças estruturais ou da mesmice institucional há
muito dominada pelo Crime.
Não podemos nos iludir com a eleição
sob regras viciadas. Não podemos desviar a atenção para a discurseira
eleitoreira – que muito promete e pouco se compromete. A nova Constituição
Federal é o foco prioritário. Não temos o direito de perder tempo com furos
imediatos que não podem ser tapados sem uma profunda transformação estrutural.
Em resumo: temos de fazer a pressão
na direção e sentido corretos. O fla-flu eleitoreiro é um engodo para entorpecer
a galera. Por isso, os indivíduos esclarecidos, que desejam mudanças
estruturais, não têm o direito de perder a fé e a esperança no trabalho a ser
feito. A guerra cultural é intensa para deixar tudo do mesmo jeito. Temos de
lutar muitas batalhas, perdendo algumas e vencendo a maioria delas, para garantir
a hegemonia do processo de Intervenção Institucional já em andamento, porém
ainda não amadurecido.
Vamos trabalhar corretamente para
viabilizar as pré-condições históricas e culturais para a mudança do modelo
estatal no Brasil.
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