Felipe Picciani foi preso na manhã desta terça-feira. Os dois são alvos da Operação 'Cadeia Velha', desdobramento da Lava Jato no Rio
"Mostra-se
necessária e urgente a decretação de ordem judicial para determinar o
bloqueio dos ativos em nomes dos representados, incluindo pessoas
jurídicas vinculadas diretamente envolvidas nos atos de corrupção e as
que se relacionam com a lavagem de ativos, conforme já explicitado na
medida cautelar de afastamento do sigilo bancário e fiscal e reconhecido
ante o deferimento do pedido", requereu a Procuradoria da República ao
desembargador Abel Gomes. O Ministério Público Federal quer que o
bloqueio atinja ainda as empresas da família Picciani.
A Cadeia Velha investiga os também deputados estaduais Paulo
Melo (PMDB) e Edson Albertassi (PMDB) e outros dez suspeitos por
corrupção e outros crimes envolvendo a Assembleia Legislativa. A
Procuradoria da República pediu o bloqueio de R$ 108,61 milhões de Paulo
Melo, de R$ 7,68 milhões de Edson Albertassi.
A pedido do Núcleo
Criminal de Combate à Corrupção (NCCC) da Procuradoria da República na
2ª Região, o desembargador federal Abel Gomes, relator dos processos da
força-tarefa da Lava Jato no Rio, no âmbito da Corte Federal, ordenou as
conduções coercitivas dos parlamentares, seis prisões preventivas e
quatro temporárias e buscas e apreensões nos endereços de 14 pessoas
físicas e sete pessoas jurídicas. A condução coercitiva dos deputados
foi ordenada como alternativa inicial à prisão deles.Os investigadores apuram o uso da presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O Ministério Público Federal sustentou ao Tribunal que são inafiançáveis os crimes dos deputados, que seguem em flagrante delito, sobretudo de associação criminosa e lavagem de ativos, e que não é preciso a Alerj avaliar suas prisões.
As investigações apontaram que o presidente da Alerj, Jorge
Picciani, seu antecessor, Paulo Melo, e o segundo vice-presidente,
Edson Albertassi, formam uma organização integrada ainda pelo
ex-governador Sérgio Cabral e que vem se estruturando de forma
ininterrupta desde a década de 1990.
DefesasA reportagem está tentando contato com todos os citados. O espaço está aberto para manifestações. A defesa de Jacob Barata Filho não teve acesso ao teor da decisão que originou a operação de hoje da Policia Federal e, por isso, não tem condições de se manifestar a respeito. A defesa pedirá o restabelecimento das medidas que foram ordenadas pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que já decidiu que a prisão preventiva do empresário é descabida e pode ser substituída por medidas cautelares, que vêm sendo fielmente cumpridas desde então. DO O DIA-RJ
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