A confirmação veio do próprio Roberto Jeferson, em entrevista ao Estadão durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Após explicar que as estatais servem de financiamento aos partidos mais corruptos e, por isso, mereciam ser privatizadas, o ex-deputado detalhou o envolvimento do PTB no esquema que viria a ser conhecido como Mensalão. Foi o próprio presidente Lula quem teria oferecido ao partido um diretoria de Furnas, onde estava Dimas Toledo, mas o plano sairia errado pois já havia um esquema de financiamento em curso.
Dimas conseguia arrancar um total de R$ 3 milhões por mês. Dois terços ficavam com o PT (o mineiro e o nacional), uma comissão de R$ 400 mil ficava com a própria diretoria, e os R$ 600 mil eram divididos em mensalinhos de R$ 50 mil para doze deputados do PSDB votarem com o governo Lula quando necessário:
“Eu soube disso quando indicamos doutor Francisco Spirandel para ocupar o lugar do Dimas. Recebi contato do Zé Dirceu para que eu fosse conversar com ele na Casa Civil. Ele disse ‘em vez de trocar o Dimas, por que a gente não faz um acordo, você mantém o Dimas e ele passa a ajudar o PTB?’ Eu disse ‘da minha parte, sem problema’. Dimas foi à minha casa conversar, foi quando conheci o Dimas. Dimas disse ‘minha diretoria rende de apoio R$ 3 milhões por mês, mas eu tenho comprometidos R$ 1 milhão com o PT de Minas, R$ 1 milhão com o PT Nacional, dou R$ 600 mil a 12 deputados do PSDB, R$ 50 mil a cada um, eles apoiam de vez em quando o Governo Federal. E R$ 400 mil para a diretoria.'”Não se quebra um país como o PT quebrou o Brasil sem a conivência dos fiscais, em especial, a oposição e a imprensa. E conivência não vem de graça.
O depoimento de Roberto Jefferson ajudou a esclarecer a conivência da oposição. Sim, ela foi paga, ainda que por uma ninharia diante do que o petismo consumiria dos cofres públicos. Mas isso não ameniza em nada o papel do PSDB. Pelo contrário, até piora. DO IMPLICANTE
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