Após o ministro Gilmar Mendes suspender a transferência do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), Deltan Dallagnol, coordenador e procurador da Força-tarefa da Operação Lava Jato, se mostrou muito irritado com a decisão do ministro.
O ministro Mendes minimizou a suposta ameaça feita contra o juiz Bretas durante a audiência e a denúncia de que Sérgio Cabral estava usufruindo de regalias dentro da prisão. Deltan Dallagnol criticou a decisão do ministro e disse que a decisão foi “Justiça desmoralizando Justiça”.
Dallagnol prestou solidariedade para o juiz Marcelo Bretas e o parabenizou por enfrentar os corruptos mais poderosos do país de forma encorajadora.
O procurador afirmou ainda que está a disposição do juiz Bretas para apoiá-lo em suas decisões judiciais.
Suspensão da transferência do ex-governador Sérgio Cabral
Nesta terça-feira (31), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), gilmar mendes, suspendeu a decisão tomada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro.
A Justiça do Rio determinou a transferência do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS).A decisão é provisória e terminará assim que o caso for julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
O ministro Gilmar Mendes encaminhou a decisão para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e agora o Ministério Público (MP) tem dois dias para se manifestar sobre o caso.
O pedido de transferência foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), após Cabral fazer comentários durante uma audiência que aconteceu na semana passada sobre as atividades empresariais da família do juiz Marcelo Bretas.
Bretas é responsável pelas investigações da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
Após ter sido contestado de forma irônica durante o interrogatório sobre a compra de joias com dinheiro público usado pelo ex-governador Sergio Cabral, Bretas determinou a transferência de Cabral para a prisão do sul-mato-grossense. Cabral disse durante o seu depoimento que o juiz Marcelo Bretas tinha muito conhecimento sobre o assunto, pois pessoas que fazem parte da família do juiz atuavam no ramo de joias.
Logo após a declaração do ex-governador Cabral, Bretas alegou que se sentiu muito ameaçado. Segundo o ministro Gilmar Mendes, a decisão foi suspensa por não haver uma justificativa suficiente para que Cabral fosse transferido.
Gilmar Mendes disse que a informação sobre ter alguém da família do juiz Bretas no ramo da bijuteria já tinha vindo a público através da imprensa, e por isso não representaria uma ameaça ao juiz. DO NEWS ATUAL
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