Ajuste fiscal já ficou para o próximo presidente
Josias de Souza
O
ministro Henrique Meirelles reafirmou que a crise econômica acabou no
Brasil. Se você não quiser fazer o papel de bobo, desconfie desse tipo
de afirmação. O Estado brasileiro está quebrado. E o ajuste fiscal que
Michel Temer havia prometido já foi transferido para o próximo
presidente da República, a ser empossado em 2019. No momento, Meirelles e
Temer se esforçam para aprovar no Congresso medidas que evitem o
aumento da cratera nas contas públicas. É improvável que consigam.
Quando assumiu a Presidência, nas pegadas do impeachment de Dilma, Temer priorizou a aprovação de um teto de gastos para a União. Obteve na Câmara 367 votos, 59 além do que precisava. Hoje, a base de apoio do governo é composta de 251 deputados, 57 a menos do que seria necessário para aprovar a reforma da Previdência. Temer terá sorte se conseguir aprovar algum remendo fiscal.
O governo havia prometido austeridade. Mas o que segura os gastos é a decisão de não gastar. E Temer, para derrubar as denúncias que a Procuradoria atravessou no seu caminho, não fez senão gastar e abrir mão de arrecadação. Os poucos avanços obtidos na economia estão sob risco. A um ano e dois meses do final, a gestão de Temer tornou-se caótica. Temer corre o risco de chegar ao final de 2018 furando o teto de gastos que ele próprio criou.
Quando assumiu a Presidência, nas pegadas do impeachment de Dilma, Temer priorizou a aprovação de um teto de gastos para a União. Obteve na Câmara 367 votos, 59 além do que precisava. Hoje, a base de apoio do governo é composta de 251 deputados, 57 a menos do que seria necessário para aprovar a reforma da Previdência. Temer terá sorte se conseguir aprovar algum remendo fiscal.
O governo havia prometido austeridade. Mas o que segura os gastos é a decisão de não gastar. E Temer, para derrubar as denúncias que a Procuradoria atravessou no seu caminho, não fez senão gastar e abrir mão de arrecadação. Os poucos avanços obtidos na economia estão sob risco. A um ano e dois meses do final, a gestão de Temer tornou-se caótica. Temer corre o risco de chegar ao final de 2018 furando o teto de gastos que ele próprio criou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário