Pedro Ladeira/Folhapress | |
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do STF afirmou que "que saiba morrer quem viver não soube.
Janot devolveu a provocação, depois de falar sobre os ataques que sofreu: "Mas tudo isso já encontra-se no passado. Os mortos, então, deixai-os a seus próprios cuidados".
Mendes não estava no plenário do tribunal para testemunhar o discurso final do desafeto.
"As páginas da história certamente hão de contar com isenção e verdade o lado que cada um escolheu para travar sua batalha pessoal nesse processo", disse.
CONVULSÃO
Janot afirmou que o Brasil "convulsiona no processo curativo do combate à corrupção".
"O Brasil, tal qual paciente submetido a gravoso tratamento, convulsiona no processo curativo do combate à corrupção", disse Janot, que afirmou que a "imagem que se revelou da nossa organização política é pungente".
Ele também afirmou ter sofrido ataques durante sua trajetória no comando do Ministério Público ("que não poucas vezes pareceu inglória") que os considerava esperados. "Saberia que haveria um custo por enfrentar o modelo político corrupto e produtor de corrupção cimentado por anos de impunidade."
Com tom de despedida, Janot afirmou que o STF tem "desempenhado papel de esteio da estabilidade institucional e democrática" durante a crise política.
Pouco antes da fala, ele enviou ao tribunal a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Os delatores da JBS Joesley Batista e Ricardo Saud também foram denunciados, bem como os peemedebistas Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves, Eliseu Padilha e Moreira Franco.
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